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Por que ainda precisamos de experiências amargas?

Atualizado dia 02/10/2008 16:58:45 em Vidas Passadas
por Maria Silvia Orlovas


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Amigo leitor, antes de começar esse texto quero deixar claro que não faço nenhuma apologia ao sofrimento, nem desejo dizer neste escrito que sofrer nos qualifica para alguma coisa.
Como há muitos anos me dedico a estudar as filosofias orientais, posso dizer que já fiz as pazes com teorias diferentes do nosso desejo ocidentalizado de felicidade a qualquer preço. Enfim, aceito que a felicidade é mesmo um intervalo entre duas tristezas, pois estamos num mundo cheio de desafios, sendo que o maior deles é a autodescoberta de nossos poderes.
Quando um homem aceita o seu poder pessoal é certo que terá mais força, lucidez e entendimento para enfrentar qualquer prova em sua vida.

Conheci Helenice quando lancei meu segundo livro. Ela veio para uma sessão de Vidas Passadas e acabou convivendo comigo ao longo desses anos. De tempos em tempos ela fazia mais uma sessão e entendeu muito da sua personalidade. Mas entender não basta, senão pessoas lógicas como engenheiros e cientistas seriam ícones de felicidade. A razão é apenas parte complementar do nosso ser. Somos corpo, mente e espírito e somente uma sintonia equilibrada nos trará harmonia.

Helenice sempre apresentou um comportamento de querer ser boazinha a qualquer custo, muito reprimida não sabia dizer “não” nem colocar limites nos seus relacionamentos, inclusive profissionais. Casada e mãe de dois filhos, passava por cima das traições do marido, sempre fechando os olhos para aquilo que a magoava no desejo de manipular a situação e fazer de conta que não sofria...
Muitos de nós pensamos que manipulação é algo terrível, mas não percebemos que todos nós um dia ou outro já tentamos manipular as coisas da vida para garantir uma conquista ou um estado de felicidade.

Ao logo desse tempo de convivência, esta moça que não conseguia assumir um rendimento financeiro bom, mesmo sendo médica, e tendo se dedicado à profissão, acabou conquistando consideráveis vitórias quando percebeu que boicotava suas realizações tentando se manter dependente do marido e assim atrair sua atenção.

É surpreendente observar quantos jogos de poder e sedução uma pessoa amorosa e boa como ela estava praticando. Será que muitas vezes você já não fez o mesmo?

O fato é que o marido desta minha amiga não acompanhou sua trajetória de evolução consciencial. Enquanto ela fazia retiros espirituais, praticava yoga e meditação, encarava corajosamente um processo terapêutico, ele permanecia preso ao seu mundo e aos seus conceitos. A situação antes, aparentemente em equilíbrio por conta da divergência dos interesses, tornou-se insuportável.
No nosso último encontro, ela teve coragem de verbalizar que não queria mas ter relações sexuais com ele. O que é muito sério, pois se entregar fisicamente a quem não amamos, fragiliza o nosso ser. Ela estava tão triste que travava constantemente as costas ficando com dores horríveis.
Como já tínhamos uma boa relação e a liberdade para falar francamente perguntei: “Por que você se obriga a continuar casada?”

Ela disse que não podia fazer mal a ele. Disse também que não se sentia no direito de desfazer o lar dos seus filhos. Na hora, nem comentei o fato dos filhos terem mais de vinte anos... Sei que numa separação a questão financeira pode se transformar numa máquina de tortura, mas o que verdadeiramente impedia Helenice de tomar uma atitude era o seu vício mental em querer ser boazinha e esperar que o outro tome uma atitude. Ela queria que ele saísse de casa. E sabe-se lá porque o homem mantinha o pé firme em sua propriedade. Ambos não cediam e continuavam se digladiando veladamente. Uma tristeza!

Helenice precisava desta experiência tortuosa para deixar de lado a máscara da falsa bondade porque se ela não assumisse o amor próprio, a vida, as pessoas iriam sempre continuar atacando, privando e desrespeitando sua pessoa. A vida estava sendo assim tão amarga com ela por conta de um apego criado - a idéia de um mundo perfeito - pois ela queria que as coisas fossem do seu jeito. Não aceitava mudar uma vírgula.

Assim, o milagre caído do céu não acontecia e quanto mais resistência essa moça criara mais dura ficava sua casca de proteção e mais agressiva se tornava a situação.
Ceder, neste caso, não significa sair de casa e perder seus direitos; ceder quer dizer assumir a situação, consultar um bom advogado e se adaptar ao novo momento de sua vida. Aceitar que o casamento acabou há bastante tempo e se sujeitar ao novo e incontrolável destino.

Percebo que às vezes as pessoas se sentem tão fragilizadas que aceitam condições terríveis para si mesmas. Deixam de acreditar que são filhas e filhos de Deus e que se aceitarmos as mudanças naturais da vida seremos muito mais felizes.
Quem sabe a dor e o sofrimento vêm para nos libertar? Afinal, não se fazem omeletes sem quebrar os ovos.

Confira os ensinamentos e meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus grupos.
Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas as quartas feiras no seu espaço em São Paulo. Venha ouvir pessoalmente as canalizações.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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