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Vivendo e aprendendo

Atualizado dia 03/04/2013 11:35:56 em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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Em alguns artigos que escrevo para o STUM, gosto de passar as minhas impressões da prática psicoterapêutica. Impressões que revelam pequenas verdades inseridas no contexto individual de cada indivíduo. Verdades que se assemelham ou se distinguem quando vislumbramos o coletivo dos casos que tratamos.

E cada história de vida é única e repleta de acontecimentos que marcam pela emoção ou pelo sentimento que se eterniza. Energias que geram tristeza e limitações ao indivíduo, ou alegria e estímulos renovadores que levam a realizações pessoais.

No entanto, existe uma parcela, ou seja, um grupo de indivíduos que se distingue pela forma de como conduzem as suas vidas, onde a intelectualização supera a praticidade do viver. São aquelas pessoas que elegem um ideal como algo capaz de nortear as suas vivências. Referência da qual não abrem mão porque apostam que o sucesso de suas convicções pode mudar o mundo e a humanidade.

Em muitos casos, observa-se a inabalável fé em formulas já utilizadas pelo homem ao longo da sua história, mas que não deram a resposta esperada na experiência social. Outros casos giram em torno da natureza transcendental do homem, como se fosse possível trocar a dimensão física, a qual estamos envolvidos por uma necessidade reencarnatória, pela dimensão espiritual.

Uns politizam, ideologizam, dogmatizam e materializam a vida, enquanto que outros espiritualizam o viver. São todos idealistas, isto é, idealizam o mundo em que vivem conforme o conjunto de crenças e valores que trazem internalizado, e que os acompanha há muitas vivências no plano físico. Não percebem que o tempo exige reciclagem de mentes e corações, que nada é estanque, imutável, e que nossas arraigadas convicções só servem para alimentar as fantasias e ilusões do ego, limitado em si mesmo.

São indivíduos que acreditam em formulas prontas sem questionar ou reciclar conhecimentos e novas experiências durante o viver. Permanecem obstinados, obsecados pelas teorias que defendem como verdade absoluta e inquestionável. Não percebem que a vida é sinônimo de movimento, expansão. Momento de alargarmos a visão além daquela bagagem de conhecimentos e de experiências que trazemos de outras vidas. Condicionamentos que tendem a se perpetuar enquanto não despertarmos para o fluxo vital como oportunidade de reciclar e renovar atitudes.

Neste sentido, a experiência humana sobre a face da Terra tem demonstrado que precisamos abdicar de um conjunto de crenças e de valores que pouco ou quase nada acrescentam para a nossa evolução. A Nova Era da humanidade clama por mentes e corações abertos e sensíveis às mudanças que começam a ocorrer nas sociedades mundiais.

A humanidade não é mais aquela que aceitava os "ismos" como verdades regionais incontestáveis. A própria experiência se encarregou de reparar o equívoco original, tanto na política quanto na religião. Vivemos numa aldeia global onde o interesse de um indivíduo aproxima-se do interesse do outro, e onde as guerras e as divisões encontram cada vez menos espaço entre os homens.

A intelectualização do existir exibe o seu descompasso quando o aspecto prático da aprendizagem vital é sufocado por teorias, formulismos e conceitos com prazos de validade vencidos pelo desgaste do tempo. É quando esquecemos que não existe nada mais naturalmente didático do que as experiências de vida de onde extraímos lições e aprendizados.

O médico ausculta o coração da pessoa, enquanto que o psicoterapeuta "ouve" os sinais do coração em uma outra sintonia. Esta sintonia é única, pessoal e intransferível. Não se encontra em nenhuma teoria, ideologia ou dogma, porque a mente e o coração falam através das palavras, da catarse e do silêncio que representam sentimentos, emoções e atitudes diante da vida.

Portanto, existem casos em que canalizamos a nossa raiva ou o nosso ódio para os "ismos". O mesmo fazemos com o amor quando nos doamos sem medir as consequências desta doação. Desta forma, transferimos as demandas de nível inconsciente sem tratarmos as feridas psíquicas que provocam dor e sofrimento via sentimentos, emoções e somatizações geradoras de desequilíbrios pelo organismo.

Não esqueçamos que, acima de tudo, o homem evolui no ritmo do "vivendo e aprendendo". Processo que propicia ao ser dotado de inteligência e livre-arbítrio, questionar, refletir, elaborar e processar mudanças de atitudes. Os processos obsessivos, como a fé cega e a rigidez nas convicções, alteram o fluxo natural da escola chamada VIDA.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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