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Você conhece a pessoa que ama?

Atualizado dia 2/15/2011 10:11:46 PM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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Em busca de necessidades latentes e inerentes ao ser humano, como o afeto, o prazer e a companhia, as experiências amorosas fazem do indivíduo um eterno perseguidor do amor ideal. Mas, será mesmo que conhecemos essas pessoas que passam pelas nossas vidas e as quais acreditamos amar?

No mundo dos relacionamentos afetivo-passionais, existem relações rápidas ou ocasionais que nos ensinam pouco sobre o amor. Existem outras, duradouras, que acrescentam mais lições. Mas aprendemos mesmo é com os relacionamentos intensos que duram muito ou pouco tempo. Na verdade, não existe uma fórmula pronta para que o amor reine absoluto entre dois seres que afirmam "amarem-se". A regra básica ou simples orientação natural, é a do conhecimento mútuo permanecer acima dos interesses egocêntricos da demanda individual.

No entanto, a expectativa que predomina a cada novo relacionamento, é ambos buscarem o suprimento de amor que lhes falta, ou seja, a compreensão, o afeto, a satisfação e a completude. Expectativa que, geralmente, provoca frustração em decorrência da imaturidade emocional de quem procura inconscientemente no outrem, somente "receber" e não "dar" o que este necessita.

Ora, não existindo uma troca entre o "dar e receber", o amor incompreendido por ambos,  transforma-se numa relação superficial, cujo principal objetivo é a satisfação de necessidades primárias.

Num relacionamento de proposta amorosa, se não houver a vontade -e a necessidade manifesta- de conhecer o outrem: seus medos, angústias, fraquezas, virtudes, entre outros, a relação torna-se superficial e inclinada ao fracasso por atender a demanda egocêntrica de cada um. Se não houver conhecimento mútuo, não há compreensão. Se não existir compreensão, inexistem valores que possam qualificar esssa relação e levar os envolvidos a um amor emocional e espiritualmente maduro.

A experiência tem demonstrado que muitos casais que vivem juntos passam a vida inteira como se fossem desconhecidos. Situação geradora de crises de relacionamento que se acumulam pela imposição de egos que não cedem à conquista, à compreensão e ao conhecimento do outrem. Tornam-se pela rigidez egocêntrica, egos resistentes a aprendizados que levam o indivíduo a uma visão mais profunda do amor nas relações afetivas.

O egocentrismo infantil, herança de um espírito ainda imaturo na compreensão do amor, e reforçado na relação empobrecida com os pais ou substitutos da vida atual, é responsável pela grande maioria das crises ou separações de casais. A necessidade da satisfação narcísica em detrimento do amadurecimento emocional e de conhecimento do outrem, faz das relações afetivo-passionais, uma interdependência afetiva de característica obsessiva ou uma simples convivência entre desconhecidos em que somente o processo de autoconhecimento - via psicoterapia individual ou terapia de casais - poderá ajudar.

Amar exige a intensidade dos amantes apaixonados, mas também exige a intensidade da descoberta do outro pelo conhecimento do que este representa na sua integridade psíquico-espiritual-emocional, porque as afinidades que levam os amantes ao amor que une e completa, passa pela libertação dos aspectos tirânicos do ego.

Por força da cultura ocidental, que hipervaloriza o sexo na relações amorosas, esquecemos que não é só de sexo e prazer que evolui um relacionamento. Além das conquistas materiais e satisfação sexual que são ingredientes importantes na receita da convivência saudável, as relações crescem com o desenvolvimento de valores que dizem respeito ao companheirismo e à espiritualidade do casal.

Não esqueçamos que o contexto "amar" representa uma gama de aprendizados que adquirimos não em uma única vida, mas em muitas vidas do ser imortal.

Portanto, acima de tudo, amar é receber e dar. É conhecer, compreender e aceitar. É abdicar dos exageros do ego em benefício do amor fortalecido pelo mútuo conhecimento e pelo desapego gradual do materialismo observado como uma verdade única e incontestável. O amor, na verdade, é o carro-chefe da felicidade, e para sermos felizes no amor é preciso conhecê-lo, porque conhecendo-o, despertamos para um sentimento profundo, verdadeiro e real.

www.flaviobastos.com



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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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