Amor Ativo

Autor: Vera Godoy

Quem ama ativamente aceita sem condições os defeitos, assim como as virtudes, da pessoa amada. Nem ele, nem ela adoram um ideal imaginário nem lamentam as expectativas goradas, porque a meta é o amor - nao a perfeição. Da mesma forma que Cole Porter, o amante ativo pode dizer com júbilo:
Com todos os teus defeitos, eu ainda te amo.

Mas, se bem que isso possa parecer um incômodo para a pessoa que exige perfeição, isto é, na verdade, uma fonte de profunda liberação. Ser capaz de amar incondicionalmente libera quem ama da servidão a coisa externas, de uma busca inevitavelmente sem esperanças por alguém que prencha seus requisitos.

Como seria fácil amar, se qualquer um por quem nos sentíssemos atraídos preenchesse todos os requisitos da litania de perfeição dos escoteiros, sendo digno de confiança, leal, prestativo e amistoso, - e assim por diante. Como seria simples achar amor se qualquer um de nós fosse perfeito. O fato de não sermos perfeitos nos compele a descobrir amor de outra maneira: não o achando, mas criando-o.

Esta é a meta do amor ativo.

Não estabelecendo nenhuma condição, o amor ativo afirma que o ser amado é único, reconhecendo suas necessidades - dele ou dela - e, outrossim, suas falhas. O simples ato de você se dar a alguém por quem você se importa sem nada pedir em troca, constitui a essência do amor.
O amar as pessoas como elas são exige uma grande dose de paciência, tolerância e calma - mais calma, infelizmene, do que muitos de nós somos capazes de ter.

Se você puder aprender a confiar naqueles que ama e evitar aproveitar-se deles, você descobrirá que o verdadeiro amor ( ea verdadeira felicidade) resultam de dar, não de obter. E é só amando ativamente, na verdade, que você terá uma felicidade que, como seu amor, mostrará ser realmente incondicional.

ARI KIEV ( trecho do livro O Poder de Amar)

Publicado em 28/02/2009

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