ONDE VIVEMOS VERDADEIRAMENTE? - Blog Autoconhecimento
 


ONDE VIVEMOS VERDADEIRAMENTE?

Autor: Vera Godoy
“ É possível julgar a verdadeira condição de um homem, o estado em que se acha seu ser interior, por sua conduta externa, por sua interação com o ambiente? Não, completamente. Pode ser possível ao observador ler o estado interior consciência de uma pessoa por seu comportamento externo, mas não podemos julgar a realidade por sinais exteriores apenas. A outra lição que a história seguinte nos ensina, é que é sábio viver no verdadeiro estado de consciência durante todas as horas, pois, nunca sabemos qual é nossa última hora”Havia duas aldeias nos dois lados de um rio. Vir e Jeevan pertencentes às duas aldeias opostas,   bons amigos, embora se encontrassem de vez em quando. Jeevan estava atravessando  o rio em uma balsa, para ir  à aldeia do Senhorio. Vir também estava cruzando o rio, mas,  para chegar no Templo de Rama. As duas balsas encontraram-se no meio do rio. “Alô, Jeevan, para onde está indo?, perguntou Vir excitado ao localizar Jeevan na outra balsa, quando elas se aproximaram.  “Interessante que nos encontremos aqui! Bem, estou me dirigindo a vila do Senhorio. Vai haver danças e cantos, seguidos de jantar. Há uma cantora da cidade e uma talentosa dançarina, uma conhecida cortesã com seu grupo. Vai ser uma grande noite. Venha para minha balsa. Tenho permissão cordial de meu anfitrião para levar comigo um ou dois amigos. Na verdade estava indo chamá-lo, disse Jeevan.  Meu querido amigo, não é possível. Preferiria que você pulasse para minha balsa. Estou indo para o Templo de Rama. Virá um cantor, uma pessoa célebre  Bhajan. Ele cantará e também dirigirá a congregação no canto do santo nome. Faremos oferendas.Mas, nenhum dos amigos estava querendo mudar de idéia. Horas mais tarde, os dois amigos estavam cruzando o rio outra vez, de volta de seus passeios. O céu encoberto por pesadas nuvens anunciava uma tempestade. A escuridão era densa. Os barqueiros tentavam apressar-se; as duas balsas estavam se aproximando, cada uma de direções opostas, quando um ciclone rebentou. As balsas viraram e os dois amigos morreram. Encontraram-se como espíritos, e estavam para se falar nesta nova forma, quando, de repente, o espírito de Vir, foi apanhado por dois oficiais sobrenaturais do inferno: “Você tem que vir conosco – para o inferno é claro!” Dois oficiais do céu começaram a guiar o espírito de Jeevan para o céu. “ Por que deveria ir eu para o inferno e meu amigo para o céu?, indagou Vir. “Vocês devem ir para o céu e para o inferno de acordo com o estado de suas mentes total de cada um e,  durante os últimos instantes de suas vidas. Então, é feita uma avaliação do Karma  de cada um, e, seu futuro será decidido”, explicaram os oficiais. Muito obrigado, mas perdoem-me, vocês estão cometendo um erro, disse Jeevan. “ Se um de nós está destinado para o céu, deve ser Vir. Seus últimos momentos foram passados na companhia de gente piedosa, entre cantos do santo nome. Eu fui infeliz. Não estava em boa companhia. “ Jeevan está certo. Deve haver algum erro. Os mensageiros do céu e do inferno sorriram: “ Erros de nossa parte não são possíveis, pois, somos guiados  por certas leis infalíveis.  Vir vagueava pelos salões de dança do Senhorio cheio de pesar por ter ignorado o convite de Jeevan para se juntar a ele. Todo o tempo, enquanto Vir estava no Templo,   sua mente dizia: “ Em que alegre companhia estava Jeevan neste momento? Que louco fui eu em desprezar seu convite, e vir passar a noite aqui com os tolos. Sem dúvida eles estão cantando o nome do Senhor, mas, eu poderia ter feito o mesmo em outra ocasião!”  Por outro lado, na casa do Senhorio, Jeevan amaldiçoava-se por não ter aceitado o convite de Vir: “ que momentos compensadores e cheios de paz meu amigo deve estar vivendo! Ó!, a ventura de cantar o nome do Senhor! Que sujeito estúpido sou para escolher passar meu tempo entre gente que busca prazeres vulgares. Estas eram as verdadeiras condições de vocês dois, explicou um dos mensageiros. Em outras palavras, seu verdadeiro templo deve ser dentro de si – não em algum lugar fora.  Jeevan viveu verdadeiramente no Templo, enquanto Vir estava mentalmente na casa de prazer, embora fisicamente estivesse no Templo. (do livro Histórias da Índia Antiga – Manoj Das)  

Publicado em 06/03/2009


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