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Autoconhecimento
O papel do outro na nossa vida
por Rodrigo Durante
Há uma razão lógica e positiva para tudo o que existe no universo. Seja este universo o mundo pessoal de alguém, seja o espaço cósmico onde todos vivemos e buscamos conviver, cada participante tem uma razão de existir. Podemos compreender o universo como a soma de tudo o que há e, sendo assim, qualquer mudança em seus componentes afeta o todo.
Como seres encarnados no plano material e com a consciência individualizada, temos uma visão apenas relativa a respeito de nós mesmos e de tudo o que há. A visão e compreensão que o ser humano tem da vida se resume àquilo que cada um julga importante para si. É uma perspectiva ainda muito egoísta e limitada.
O ser humano passa a vida procurando suprir suas necessidades e tentando ser feliz o máximo que conseguir, porém na maioria das vezes sem se atentar a como está sendo a sua participação na vida do outro. Assim como nós, no entanto, existem muitos outros seres que participam deste mesmo universo, seja no plano material ou em outras dimensões, sejam seres com mais consciência ou com menos.
Com uma visão mais ampla e inclusiva, compreendemos que o outro, seja da origem e espécie que for, é apenas outro de nós mesmos. É mais uma parte importante da Criação que tenta sobreviver, aprender e ser bem-sucedido dentro do nível de consciência que tem. Sendo assim, enquanto cada um se preocupar apenas consigo sem considerar o equilíbrio com o todo, estaremos contribuindo com a inconsciência, a desarmonia e o sofrimento geral.
Todos os seres humanos têm que lidar com muitos desafios: as questões interiores que trazem de outras vidas, as questões da infância e adolescência, as feridas que ainda doem, as insatisfações, medos e inferioridades, ser o provedor do sustento para si e família, realizar seus sonhos. Assim, é somente cada um que sabe do fardo que carrega. Quanto ao outro, podemos ter uma certeza: ele carrega um fardo também.
Da maneira que o universo e toda a criação funciona, cada um depende do todo. Ainda que nos isolemos no alto de uma montanha ou em uma ilha deserta, vamos sempre depender da natureza para viver. A maneira que nos relacionamos com o ambiente, então, determinará se vamos sobreviver, se seremos felizes ou infelizes, se nossa participação no todo será negativa ou benéfica. Principalmente na dimensão material, não há como viver sozinho. Tudo o que chega a nós vem de fora ou do outro.
Quanto mais consciência temos, mais benéficas são as nossas relações e trocas com humanos e outras espécies. Nossa simples existência gera um impacto vibracional não só no ambiente onde estamos, mas em todo o universo. Assim, mais conscientes da importante participação de cada um no todo e atentos ao nosso mundo interior, lidar com o outro pode então ficar mais fácil.
Uma vez que assumimos a responsabilidade por nós mesmos, sabemos que o outro tem condições de fazer o mesmo por si também. Considerando o livre-arbítrio de todos, aceitamos as escolhas de cada um sobre seus caminhos e aprendizados. Tendo então compreendido o que é a nossa responsabilidade e a de cada um, podemos incluir a compaixão, a paz, a harmonia, a neutralidade e a consciência do todo em cada um dos nossos pensamentos, vontades e decisões, assim como em nossas relações.
Nós sempre trataremos o outro da mesma maneira que tratamos a nós mesmos. Assim, compreendendo ao invés de rotular, aceitando ao invés de comparar, vendo o positivo ao invés de reclamar, perdoando e cultivando o amor, a coragem e a confiança, certamente estaremos no bom caminho para vivermos cada vez melhor. Só então a participação do universo em nossas vidas se transformará!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Tratamos o outro como tratamos a nós mesmos. E é assim que o universo nos tratará!
Texto Revisado
Atualizado em 12/18/2023
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