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Espiritualidade
Os animais têm alma? Por que me tornei vegetariana há 38 anos! (Parte I)
por Marcia Dario
A questão da alma dos animais é um tema que ressoa profundamente em diversas tradições espirituais e filosóficas ao redor do mundo. A ideia de que os animais possuem alma não é apenas uma crença consoladora, mas um reconhecimento do intrincado laço que une todos os seres vivos em uma tapeçaria espiritual universal. Ao explorar essa concepção, somos convidados a expandir nossa compreensão sobre a vida, a consciência e a interconexão entre todas as criaturas.
Historicamente, muitas culturas e religiões têm reconhecido a presença de uma essência espiritual nos animais. No espiritismo, por exemplo, acredita-se que todos os seres vivos possuem uma alma em diferentes estágios de evolução. Esta visão sugere que os animais não são apenas entidades biológicas, mas seres espirituais que compartilham uma jornada evolutiva com os humanos. A alma, nesse contexto, é vista como uma centelha divina, uma força vital que anima e guia cada ser em seu caminho de desenvolvimento e aprendizado.
Do ponto de vista espiritual, reconhecer que os animais têm alma implica em uma profunda responsabilidade ética e moral. Significa reconhecer suas emoções, suas dores e alegrias, e respeitar seu direito à vida e à dignidade. Isso nos convoca a um relacionamento mais compassivo e harmonioso com o mundo natural, onde os animais são vistos como companheiros de jornada, cada um contribuindo para o equilíbrio e a beleza do planeta.
A professora Dra. Irvênia Prada, conhecida por suas contribuições ao estudo da
espiritualidade dos animais, defende a ideia de que os animais possuem alma. Em suas obras e palestras, ela explora a relação entre os animais e a espiritualidade, baseando-se em conceitos filosóficos e espirituais e que todos os seres vivos possuem uma alma. Dra. Irvênia, que é professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP), argumenta que os animais têm uma essência espiritual, o que lhes confere sentimentos e uma forma de consciência. Sua perspectiva é de que os animais são seres sensíveis e que sua alma é parte de um processo evolutivo espiritual.
Em suas explorações sobre a neurociência e a espiritualidade, discute o conceito de cérebro triádico, que é uma adaptação do modelo de cérebro triúnico proposto por Paul D. MacLean. Esse modelo sugere que o cérebro humano é composto por três partes distintas, cada uma representando um estágio evolutivo diferente. Vamos explorar cada uma dessas partes:
Cérebro Reptiliano: Esta é a parte mais antiga do cérebro em termos evolutivos. É responsável por funções básicas de sobrevivência, como controle dos batimentos cardíacos, respiração, equilíbrio e
comportamentos instintivos. O cérebro reptiliano é associado a
comportamentos automáticos e repetitivos.
Sistema Límbico: Também conhecido como cérebro emocional, o sistema límbico é responsável pelas emoções e pela memória. Ele regula respostas emocionais e é crucial para a formação de memórias. Esta parte do cérebro está envolvida em
comportamentos sociais e emocionais, como o apego e a resposta ao estresse.
Neocórtex: A parte mais recente em termos evolutivos, o neocórtex é responsável por funções cognitivas superiores, como raciocínio, linguagem, planejamento e pensamento abstrato. É o que nos permite realizar tarefas complexas e é associado à consciência e à capacidade de refletir sobre nossas ações.
A Dra. Irvênia Prada utiliza esse modelo para explicar como diferentes aspectos do
comportamento animal e humano podem ser entendidos a partir dessas estruturas cerebrais. Ela argumenta que, ao reconhecermos essas camadas evolutivas, podemos compreender melhor as capacidades emocionais e cognitivas dos animais, bem como a complexidade do
comportamento humano. Além disso, a ideia de que os animais têm alma nos desafia a reconsiderar nossa posição no mundo. Ela nos lembra que a inteligência e a sensibilidade não são exclusividades humanas, mas qualidades compartilhadas que se manifestam de maneiras diversas em diferentes formas de vida. Ao abraçar essa visão, somos incentivados a cultivar uma maior humildade e reverência pelo mistério e pela diversidade da criação.
Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de preservar e respeitar todas as formas de vida, a noção de que os animais possuem alma serve como um chamado à ação. É uma lembrança de que, ao proteger e amar os animais, estamos também nutrindo nossa própria alma, promovendo um ciclo de
amor e cuidado que beneficia a todos os seres. Assim, a crença na alma dos animais não é apenas uma afirmação espiritual, mas um convite a viver com mais empatia, conexão e propósito.
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Abraços carinhosos,
Márcia Dario
Texto Revisado
Autor: Marcia Dario
Márcia Dario é Mestre em Comunicação e Cinesiologista por Testes Musculares. É mentora realizando sessões individuais, em jogos, game e desativação de stress emocional, medo de falar em público, ansiedade, pânico. Promove através do trabalho: autocomunicação, autoconhecimento e autodesenvolvimento.
E-mail: [email protected]
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Atualizado em 10/29/2024
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