Para a Numerologia, cada ser é único no universo, e a sua maior responsabilidade é descobrir-se na sua originalidade e encontrar seu próprio eixo.
Embora viva em sociedade, cada pessoa tem uma trajetória e um aprendizado absolutamente pessoais (e que estão expressos no seu mapa numerológico), e só ela pode dar sentido aos eventos da sua vida (que, por sua vez, estão aí para que ela se realize neste aprendizado).
Buscar-se é um processo árduo e, na maior parte das vezes, confuso. E, no entanto, é só nesse encontro de si mesmo, que o homem pode achar o seu lugar e função no mundo.
O ponto de partida e de chegada é o Ser: como ele é? Quais são as suas necessidades mais profundas de realização? Quais são os seus talentos naturais? Qual é a sua vocação?
Novamente mostram-se eternas as palavras no portal do Templo de Apolo: “Homem: conhece-te a ti mesmo”!
A Educação é um dos sustentáculos mais importantes neste processo. Não utilizo aqui o seu sentido mais comum, que a vê como um processo de socialização, que prepara o ser humano para viver em grupo. Fortemente ligada à idéia de instrução e de aprendizado do conhecimento considerado relevante nas várias áreas, ela tem ainda a função de integrar o homem aos comportamentos, normas e leis sociais.
Refiro-me à Educação a partir de outro enfoque: como um processo que ajuda a criança/adolescente/homem a se tornar ELE MESMO.
Em meio a tantas informações que são trazidas pelos meios de comunicação de massa, com tantos “modelos desejáveis” e ainda as expectativas dos pais e amigos, é muitas vezes necessário um processo educativo que ajude a desvendar e “partejar o ser” (como na maiêutica* de Sócrates), para que se consiga deixar de lado algumas noções socialmente aceitas, e se traga à tona as suas próprias verdades.
Educar-se é, assim, ir na direção de si mesmo e desenvolver os seus potenciais naturais.
E educar o filho passa a ter o sentido de ajuda-lo a descobrir e a desenvolver os seus talentos e habilidades. Esta é uma das tarefas mais difíceis e importantes dos pais, uma vez que ela vai participar diretamente da construção de um adulto saudável e integrado ou infeliz e neurótico no futuro.
E é nesse sentido que a Numerologia pode auxiliar os pais. Mostrando desde cedo quais são as principais características e talentos da criança, e como desenvolve-las da melhor maneira possível. Deixando claro quais as dificuldades que devem ser trabalhadas desde o início, para que a criança ou adolescente possa tomar consciência e superá-las.
E, principalmente, dando indicações de como lidar com a criança, para que os pais, mesmo com a melhor intenção, não projetem sobre os filhos as suas próprias expectativas de como “eles deveriam ser”, esquecendo-se de que eles são seres diferenciados, com processos emocionais e mentais próprios.
Uma criança que tenha um Número 7 muito ressaltado no mapa, por exemplo, será sempre mais sensível e introspectiva, e por mais que os pais queiram torná-la um extrovertido “centro da festa”, isto será muito difícil para ela. No entanto, se os pais a matricularem num curso de desenho ou de música, descobrirão que toda essa sensibilidade terá um direcionamento adequado, já que ela tem ouvido musical e um talento natural para atividades que exijam atenção à detalhes e capacidade analítica.
Por outro lado, se os pais de uma criança que tenha forte o Número 5 quiserem que esta seja muito disciplinada e organizada (características do Número 6), descobrirão – muitas vezes a duras penas – que a sua atenção é multidirecionada, e ela precisa estar envolvida com muitas atividades diferentes ao mesmo tempo, para estar verdadeiramente motivada. Isso pode fazer com que ela se interesse por assuntos variados, e esteja sempre buscando experiências novas, cansando-se quando elas entram na rotina.
Muitas vezes é interessante fazer o mapa do pai ou da mãe, e compará-lo ao do filho, para verificar como se dá esta relação, e de que maneira ele precisa adequar a sua forma de agir à natureza da criança.
Uma mãe que tenha o 11 como Número predominante sempre buscará filhos de forte personalidade, uma vez que ela admira pessoas batalhadoras e guerreiras, e acha que elas terão maior capacidade de se realizar na vida.
E o que ela fará com uma filha que tenha muito definido o Número 2, trazendo grande sensibilidade emocional, necessidade de empatia e compreensão, e um tempo maior até conseguir partir para a ação?
Se não tiver esclarecimentos sobre as profundas diferenças entre a sua natureza e a de sua filha, essa mãe possivelmente agirá de maneira incisiva, procurando estimular a criança a ser “forte” e “decidida” como deseja, e acreditando que esta é a melhor maneira de educar a filha para a luta da vida - mas não terá sucesso, já que a criança precisa de delicadeza no trato para reagir favoravelmente, e sob intensa pressão, fica perdida e muito fragilizada.
Cada um é o que é, e pode funcionar de maneira ótima somente a partir de suas próprias referências. Hermann Hesse expressa essa idéia de maneira muito clara, quando diz:
“Quando um ser humano procura realizar-se
aproveitando os dons que lhe foram concedidos pela natureza
faz o que há de mais elevado
e de mais exclusivamente pleno de sentido
entre tudo quanto possa efetuar”.
* maiêutica: Processo dialético e pedagógico socrático, em que se multiplicam as perguntas a fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito geral do objeto em questão. (Aurelio)
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Sobre o autor
Sonia Weil é é professora de Comunicação Social e pesquisadora na área de Numerologia, onde atua com consultas, cursos e palestras desde 1986. Realiza também palestras e workshops sobre a Lei da Atração (do filme O Segredo) em empresas e institutos esotéricos.
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