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Conhecer-se

Publicado por Elisabeth Cavalcante em Espiritualidade

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A palavra conhecimento é, regra geral, entendida como a aquisição de informações que visam algum aprendizado intelectual. Entretanto, existe uma dimensão do conhecimento que não depende de qualquer exercício da mente.

Pressupõe, ao contrário, que deixemos de lado o permanente fluxo de pensamentos que nos domina, para adquirir um conhecimento que nada traz do exterior, mas resulta de um mergulho em nossa própria interioridade.

A princípio, pode parecer absurda a afirmação de alguém desconheça a si mesmo. Entretanto, se analisarmos em profundidade a forma como a maioria dos seres humanos se comporta, atraindo situações e circunstâncias que geram angústia e sofrimento, podemos verificar que, na maior parte do tempo, eles agem de modo totalmente inconsciente.

Ser inconsciente significa viver movido pelos impulsos emocionais, seguir crenças baseadas em valores impostos pelo mundo exterior e fazer delas uma diretriz que, muitas vezes, é contrária a tudo o que se é, em essência.

Renegar a verdadeira realidade do nosso ser tem, ao longo do tempo, conseqüências desastrosas. É isto que, infelizmente, testemunhamos cada vez mais nos dias atuais.

Aqueles que acreditam ser possível criar uma nova realidade no mundo, precisam, com urgência, expandir a sua própria luz pois, ao fazê-lo, estarão ajudando a transmutar o padrão de consciência de toda a humanidade.

Para isto torna-se imprescindível deixar de lado a mentalidade de rebanho e descobrir formas de sair do turbilhão em que o mundo os coloca o tempo todo. Agindo assim, entrarão finalmente em contato com a sua verdade. Ao guiar-se por ela, milagrosamente atrairão para si a alegria, a paz e o êxtase com que tanto sonham.

...Esta é a ansiedade básica. Você existe, mas você é um desconhecido para si mesmo. Esta falta de conhecimento da pessoa sobre ela mesma é a ignorância, e esta ignorância não pode ser destruída por nenhum conhecimento que os outros possam lhe dar. Eles podem lhe dizer que você não é este nome, que você não é esta forma, que você é uma "alma eterna", mas isso também está sendo dado pelos outros, isso também não é próximo.

A menos que você chegue até si mesmo diretamente, você permanecerá na ignorância. E a ignorância cria ansiedade. Você não tem somente medo dos outros, você tem medo de si mesmo - porque você não sabe quem você é e o que está escondido dentro de você. O que será possível, o que irromperá de você no momento seguinte, você não sabe. Você permanece apreensivo e a vida se torna uma ansiedade.

Há muitos problemas que criam ansiedade, mas esses problemas são secundários. Se você penetrar profundamente, então, cada problema no final revelará que a ansiedade básica, a angústia básica, é que você é ignorante de si mesmo - da fonte de onde você vem, do fim para o qual você está se movendo, do ser que você é exatamente agora.

...Como descobrir o essencial? Buda saiu em silêncio durante seis anos. Jesus também foi para o ermo. Seus seguidores, os apóstolos, queriam ir com ele. Eles o seguiram e a certo momento, num certo ponto, ele disse: "Parem. Vocês não devem vir comigo. Agora, eu devo ficar sozinho com meu Deus". Ele entrou no deserto. Quando ele saiu de volta, ele era um homem totalmente diferente: ele tinha se defrontado consigo mesmo.

A solidão torna-se o espelho. A sociedade é o engano. Eis porque você tem medo de ficar sozinho - porque você terá de se conhecer na sua nudez, na sua ausência de ornatos. Você tem medo. Ficar sozinho é difícil. Sempre que você está sozinho, você imediatamente começa a fazer alguma coisa, de modo a não ficar sozinho.

Você pode começar a ler o jornal, ou talvez você ligue a TV, ou você pode ir a um clube para se encontrar com alguns amigos, ou talvez visitar alguém da família - mas você tem de fazer algo. Por quê? Porque no momento em que você está sozinho sua identidade se derrete, e tudo que você sabe sobre si mesmo fica falso e tudo o que é real começa a vir à tona.

Todas as religiões dizem que o homem tem de entrar em retiro para conhecer a si mesmo. A pessoa não precisa ficar lá para sempre, isso é inútil; mas a pessoa tem de ficar em solitude por um tempo, por um período.
E a extensão do período dependerá de cada indivíduo. Maomé ficou em solitude durante alguns meses; Jesus por somente alguns dias; Mahavir durante doze anos e Buda durante seis anos. Depende. Mas, a menos que você chegue ao ponto onde você possa dizer "agora conheci o essencial", é imperativo ficar sozinho".
Osho, The Book of The Secrets.

NOS DIA 27 E 28 DE JULHO ESTAREI NO RIO DE JANEIRO, REALIZANDO ATENDIMENTOS DE ASTROLOGIA, TARÔ E TERAPIA FLORAL. PARA MAIS INFORMAÇÕES, ESCREVAM PARA O MEU E-MAIL.


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Sobre o autor
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Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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