Nesta semana senti necessidade de dar prosseguimento ao tema da imaturidade emocional. Isto porque é impressionante o número de mulheres que se queixam do quanto os homens se mostram imaturos quando se trata do amor.
Entregar o coração sem qualquer tipo de reserva parece ser, para um grande número deles, uma ameaça assustadora. Por isso, fogem ao primeiro sinal de que isto possa acontecer.
A vulnerabilidade que o amor provoca faz com que seja no campo dos relacionamentos que o ser humano se mostre mais temeroso do sofrimento.
E uma das estratégias de defesa mais comuns para fugir disso é envolver-se de modo superficial, tendo como base apenas o sexo, sem que nenhum tipo de aprofundamento dos sentimentos aconteça.
O Don Juan, aquele que coleciona relações e seduz um grande número de mulheres, é o exemplo mais característico da imaturidade emocional masculina. Mas ela não é exclusiva dos homens.
Muitas mulheres incorporam este comportamento, utilizando o sexo como fuga para suprir suas inseguranças e uma profunda carência afetiva.
Entregar-se ao amor exige uma grande coragem, já que há realmente o risco de que a decepção, a rejeição ou a perda aconteçam. Mas, neste processo de fuga, perde-se a oportunidade valiosa de vivenciar a mais sublime das experiências que o ser humano tem a chance de experimentar.
"O amor é possível. Se a sociedade for mais saudável e menos pervertida, o amor é possível. Em uma sociedade saudável, o amor poderia ser natural.
Em uma sociedade pervertida - a sociedade na qual nós vivemos e todo mundo vive - o amor tem se tornado impossível, somente o sexo tem permanecido possível. Mas a compaixão se tornará possível, somente se você fizer todos os esforços para tornar-se meditativo, de outro modo não". Osho - A disciplina da transcendência.