Entender os sete planos da existência ou os sete corpos do ser humano não é simples, já que é difícil usar palavras para descrever os níveis superiores ao material. A vida no plano terrestre nos leva a ver as coisas de modo automaticamente limitado, e com uma tendência a descrever cada plano como algo separado e distinto. Mas, precisamos vê-los tanto interpenetrando-se, quanto em torno uns dos outros.
O plano físico incorpora as partes de nosso corpo que podem ser vistas num microscópio, em equipamentos físicos, analisadas e testadas para saber do grau de saúde e equilíbrio. A bioenergia responsável pela conformação, estruturação e alimentação energéticas do corpo celular, é denominada corpo etérico ou vital.
O plano astral, descrito também como psíquico ou emocional inferior é o plano da consciência regido por nossa natureza inferior. A vida experimentada basicamente nesse plano é governada pelas emoções e pela gratificação exclusiva de desejos egoístas.
A polarização - a vida experimentada apenas nesse nível, pode levar uma pessoa a ser totalmente controlada e governada por suas paixões. Sentimentos negativos como a raiva, o ódio, o medo e o ciúme podem controlar a pessoa no lugar da emoção mais elevada do amor. Mas esse plano também tem o seu lado positivo, que é o astral superior. Sentimentos de um estado emocional mais elevado como o amor romântico, podem existir nessa esfera.
O plano mental pode ser chamado de mente concreta. Nesse plano da existência, todas as experiências são processadas pelas funções do lado esquerdo do cérebro. A pessoa pode ser cética ou apenas dependente de tudo o que pode ser visto, analisado e medido. É viciada em fatos e, portanto, visões, sonhos e conceitos têm pouco interesse para ela.
Para que a energia superior possa penetrar os planos inferiores e, desse modo, criar melhores condições de saúde, é necessária uma percepção consciente de estarmos assentados de forma adequada no corpo físico.
Os meios de elevação artificial como as drogas, as substâncias psicodélicas, ou o álcool, não trazem o equilíbrio necessário para a integração total. A prática da meditação é essencial na tentativa de estabelecer contato com os planos superiores da consciência. Quando a energia superior percorre todos os sistemas e veículos da consciência, fica mais fácil dirigir todos eles ao mesmo tempo e perceber a Unidade.
O plano intuitivo, ou quarto plano, é o primeiro a se relacionar com a consciência superior, isto é, a consciência de energias superiores que não podem ser medidas, tocadas, sentidas ou vistas. Esse plano é chamado de intuitivo ou mental superior. Aí se incluem os místicos e visionários, assim como artistas, músicos e pessoas muito criativas.
O quinto plano é o espiritual, um estado alcançado às vezes de forma inesperada, em momentos de verdadeiro êxtase espiritual. São aqueles momentos de sintonia com a centelha da energia divina e é nesse plano que a vontade espiritual começa a surgir, e a substituir a vontade inferior. O desenvolvimento consciente desse plano possibilita a fusão da consciência com o plano seguinte, que é o plano espiritual superior ou monádico.
No sexto plano, o monádico, a existência não implica obrigatoriamente a necessidade de um corpo físico. Alguns avatares, santos e sábios atingiram esse plano quando ainda estavam no corpo físico, mas são relativamente poucos. Esse estágio representa a vida experimentada em sintonia absoluta com a vontade divina.
O plano divino ou sétimo plano, também chamado de plano átmico, é indiferenciado, cósmico e fundido com a consciência monádica. É impossível dizer muita coisa sobre esse estágio da consciência, a menos que se tenha chegado à experiência desse plano, pois nele as palavras são inexistentes, já que tudo se encontra fundido e em unidade.
Pessoas muito evoluídas operam em muitos planos ao mesmo tempo. A vida é uma luta constante para integrar e equilibrar a expressão dos muitos planos da existência. A meditação é o caminho supremo para energizar cada plano da consciência e construir pontes ao longo do caminho.