Quando começamos nossa jornada existencial, estamos ainda plenamente conectados com a Fonte original que nos criou. Entretanto, as exigências da vida na matéria vão, aos poucos, fazendo com que nos afastemos dessa conexão.
A mente, um mecanismo útil para que possamos dar conta dos afazeres necessários à nossa atuação no mundo, acaba por se tornar cada vez mais predominante, até que nos vemos totalmente dominados por ela, acreditando plenamente em tudo o que ela nos diz.
Ocorre que a mente é um acúmulo de experiências e conhecimentos que nada tem a ver com a dimensão divina do nosso ser. Ela é resultado das crenças e valores que nos foram introduzidos pelo mundo exterior.
Os medos, as memórias negativas e a falta de confiança em nosso valor, acabam por nos levar a uma visão negativa da existência, onde apenas os problemas e dificuldades assumem o primeiro plano.
Aos poucos, vamos entrando num estado de adormecimento e levando a vida de modo mecânico, automático, perdendo nossa sensibilidade para o que é belo e verdadeiro e, consequentemente, a capacidade de nos maravilharmos.
Resgatar nossa origem divina, silenciar para ser capaz de escutar a voz que se esconde em nosso interior, a Presença que criou tudo o que existe no Universo, é o nosso maior desafio. Se não o fizermos, perderemos a oportunidade de desfrutar a vida plenamente, usufruindo das inúmeras riquezas que ela tem para nos oferecer.