Todos os mestres espirituais, ao longo do tempo, têm insistido na importância de vivermos no presente, livres de qualquer influência do passado ou de ânsia pelo futuro.
Mas, para quem ainda vive na dimensão da mente e do ego, direcionado pelo turbilhão de pensamentos e pelas emoções, este é um desafio e tanto.
Estar no presente significa manter-se permanentemente alerta para que as experiências já vivenciadas sirvam de aprendizado, e apenas isso. O que normalmente ocorre é que elas se tornam um padrão a direcionar as escolhas atuais.
Isto se expressa de dois modos: evitando-se repetir situações já experimentadas e que resultaram em algum insucesso, pela certeza de que o fracasso se repetirá, ou apegando-se obsessivamente ao desejo de ter de volta o que se viveu de bom, mas terminou.
Enquanto gastamos energia nestes jogos, o presente vai passando inexoravelmente e sendo desperdiçado como oportunidade de usufruirmos plenamente de cada instante, que uma vez terminado, jamais se repetirá.
Enquanto não adquirirmos a consciência de que qualquer conquista que imaginarmos para nosso futuro só tem alguma chance de ser alcançada, a partir de nossas ações no presente, a vida continuará sendo uma sucessão de dias iguais, onde nos colocaremos apenas como meros sobreviventes.
"Buda dizia:
Se você quer conhecer sua vida anterior, olhe o que você é agora, porque o que você é agora é o resultado de todo o seu passado. Se você quiser conhecer sua vida futura, olhe o que você é agora e trabalhe sobre o momento presente, porque o momento presente é a causa do que você será!'
E ele dizia:
'Não se preocupe com o que está atrás, não se preocupe com o que está à frente, mas trabalhe sobre o momento presente". Jean-Yves Leloup