Publicado por Elisabeth Cavalcante
em Almas Gêmeas
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Questões emocionais não resolvidas influenciam de modo determinante o comportamento humano. Em geral, elas estão relacionadas a acontecimentos passados, com os quais a pessoa não conseguiu lidar de forma madura e, por essa razão, criaram uma memória negativa inconsciente, que determina muitas das atitudes atuais.
Quando se vê enredado em alguma situação sobre a qual ele teme não ter controle, o doente emocional se defende através da racionalização, ou seja, de uma negação do sentimento através do isolamento, de uma aparente frieza e outras artimanhas que o ego cria. Através desta prática, ele destrói qualquer possibilidade de construção de relações saudáveis, espontâneas e naturais.
Visto que a vivência emocional é parte essencial da experiência humana, no que diz respeito ao crescimento e evolução espiritual, enquanto não alcançam um estágio maduro de desenvolvimento, muitos sentem as emoções como uma ameaça.
A busca de superação através de processos terapêuticos, é essencial para evitar que, em sua fragilidade, o doente emocional cause danos a outros.
Pela dificuldade em encarar sua deficiência de frente, ele acaba por evitar o aprofundamento das relações, permanecendo arredio e distante, quando percebe a mínima possibilidade de um envolvimento emocional profundo.
Em minha prática terapêutica, recebo inúmeros casos de pessoas que, ao entrar em contato com um doente emocional, relatam uma enorme dificuldade em compreender a incoerência do comportamento e das atitudes dele.
A falta de preocupação pelo sentimento alheio que o doente emocional apresenta, tem sua raiz num verdadeiro pânico de ser ferido em seus sentimentos e ter suas expectativas frustradas.
A cura desta doença só pode acontecer se houver um empenho sincero no crescimento da consciência e na compreensão de que o enfrentamento corajoso das próprias limitações, é o único caminho para que o ser humano desenvolva a capacidade de viver em total sintonia com seu Ser interior.