"Não posso provar a você que Deus existe, mas meu trabalho provou empiricamente que o "padrão de Deus" existe em cada homem, e que esse padrão é a maior energia transformadora de que a vida é capaz de dispor ao indivíduo. Encontre esse padrão em você mesmo e a vida será transformada." (Jung).
Não é difícil de imaginar o impacto destas palavras de Carl Gustav Jung, - psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, e discípulo de Freud no início de sua carreira, - no chamado "mundo da ciência".
Para Jung o desenvolvimento da consciência deveria abranger todas as formas não racionais de sabedoria, entre as quais se incluíam o tarô, a astrologia, o I ching, que à época eram vistos pelo mundo da racionalidade, como superstições e crendices.
O conceito de inconsciente coletivo que Jung trouxe à luz, dizia respeito aos processos emocionais inconscientes, comuns a todo ser humano, independente da cultura onde houvesse se desenvolvido.
Jung percebeu, através de suas experiências com o tarô, que as imagens das cartas podiam ativar processos psíquicos que lhe permitiam esclarecer coincidências que ele definiu como "sincronicidade".
A sincronicidade foi outro conceito junguiano extremamente importante, pois através dele se pode perceber que os acontecimentos estão em sintonia com o que pensamos e o que sentimos. Coincidências são, na verdade, indícios importantes que podem nos ajudar a tomar decisões na vida.
Os 22 Arcanos Maiores do Tarô representam a jornada da vida, repleta de experiências e desafios que são, na verdade, oportunidades para o crescimento interior, que Jung chamou de individuação.
Esses Arcanos são expressões da psique humana, e sua análise pode trazer à tona o universo psicológico desconhecido daquela consciência, revelando conteúdos essenciais para a compreensão de muitas situações de vida que ela experiencia .
Por essa razão, o tarô é um recurso terapêutico importante para quem deseja se aprofundar no autoconhecimento e na superação de questões emocionais.<