Teórica e resumidamente, uma pessoa com boa autoestima é uma pessoa que gosta de si mesma, que se admira, tem autoconfiança e se sente segura para se autorizar a ser quem é.
Perfeita? De forma alguma! Ninguém é. Portanto, ter uma autoestima saudável nada tem a ver com jamais se enganar ou nunca sofrer. Nada tem a ver com estar sempre feliz. Isso não existe.
Partindo desse pressuposto, devo dizer que esse artigo nasce não exatamente de uma inspiração, mas sobretudo de um certo incômodo, de um tipo de tristeza alheia por ver tantas pessoas insatisfeitas consigo mesmas. Donas de uma autoestima em frangalhos!
A questão é que essas pessoas estão, quase sempre, voltadas para o que julgam não ter, não saber e não conseguir. Assim, terminam se jogando num limbo emocional que só corrobora ainda mais para que se sintam como que esburacadas, carentes de um sentido que faça seus dias valerem a pena.
Falta um olhar na direção certa. Na única direção que pode resgatá-las da escuridão de um coletivo desnutrido, equivocado e iludido para, enfim, conduzi-las à clareza de sua poderosa singularidade.
Falta tônus afetivo. Falta a força que só pode ser desenvolvida quando uma pessoa se propõe a, constante e conscientemente, exercitar o músculo que sustenta a tão essencial valorização de sua própria história e o tão necessário respeito pela trajetória percorrida até o momento presente.
É disso que se trata a minha proposta. É este o desafio que proponho a quem não aguenta mais viver desconectado de toda a alegria e toda a certeza de merecimento que poderia facilmente sentir por si mesmo.
Trata-se de um exercício fácil, rápido e altamente eficiente. Mas precisa ser feito. Todos os dias.
É o seguinte: muito se falou e ainda se tem falado (e com muita razão) sobre o poder da gratidão. Agradecer pelo que você já tem, por mais simples que seja, é um poderoso modo de se apropriar da riqueza que te cerca.
Agora, para aumentar significativamente a sua autoestima, você precisa acessar o poder do reconhecimento. Do autorreconhecimento. Ou seja, precisa praticar o exercício que vai desenvolver e fortalecer a sua percepção e a sua admiração por quem você já é!
Para tanto, sugiro que você providencie hoje mesmo ou o quanto antes o "Caderno do Autorreconhecimento". Um caderno mesmo, de verdade. E uma caneta. Deixe esse caderno ao lado de sua cama e, ao final de cada dia, você vai reservar alguns minutos para olhar para dentro.
Um momento de ser só seu. Só para você. Só para focar, enxergar e reconhecer o que você foi de bom durante esse dia. Desde por causa das pequenas ações até das mais expressivas.
Você deve fazer uma espécie de inventário de suas habilidades e qualidades. De seu potencial e seus recursos internos. De sua capacidade de co-criar um mundo melhor. De seu talento para transformar problemas em soluções. De sua criatividade e de seus dons.
Por exemplo, você talvez tenha sido gentil ao dar bom dia a um desconhecido no elevador. Talvez tenha parado o carro para um pedestre atravessar. Sorrido para uma criança. Ouvido um amigo. Ajudado um colega no trabalho. Incentivado alguém numa dificuldade. Contribuído com um cliente através do seu talento. Compartilhado um conhecimento. Ou apenas tenha ficado em silêncio quando o silêncio era tudo que alguém ou algum lugar precisava para ficar tudo bem.
Reflita. Seja amoroso consigo mesmo. Honre as atitudes que tornaram você fundamental para que esse dia fosse como deveria ser. Escreva. Reconheça pelo menos três ações. E termine com o seguinte mantra pessoal:
"Eu me admiro e me respeito por quem venho me tornando ao longo da minha vida, apesar de todas as minhas limitações e dificuldades. Eu me reconheço e me honro por quem eu sou".
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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