A primeira vez que li a profunda obra de Eckhart Tolle "Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência", fiquei realmente espantada com a forma com que ele descreveu e explicou essa necessidade que a gente tem de se alimentar - por incrível que pareça - com conteúdos nefastos, terríveis, catastróficos e negativos.
A esse corpo que se conecta tão rapidamente às desgraças mundanas, ele chama de "corpo de dor". Um corpo invisível, mas poderoso e, muitas vezes, controlador, que nos faz desacelerar diante de um acidente de trânsito, ainda que o socorro adequado já esteja sendo dado. Que nos faz nos aproximar de um corpo caído ao chão, mesmo que toda ajuda possível já tenha sido providenciada. Que nos faz contar para o maior número de pessoas possível sobre uma briga terrível que aconteceu no nosso ambiente de trabalho.
Enfim, um corpo que, tal qual um urubu, alimenta-se do que está em estado de putrefação. E, pior, ainda precisa vomitar depois esses dejetos sobre os outros.
E a reflexão fundamental, portanto, me parece que precisa ser "o que temos passado adiante?". O que temos compartilhado? Quais palavras, quais informações, quais sentimentos e pensamentos? Ou seja, quais energias?
De que forma temos alimentado a egrégora do mundo? Qual tem sido nossa contribuição?
Penso que a Mãe Natureza está profundamente dolorida. Por si e por todos os mau tratos e ingratidão que vem recebendo há séculos, mas também, e talvez sobretudo, pela dor dos seus filhos. Por saber que tantos sofrem neste momento com o medo e a incerteza que toma conta do Universo.
É hora de nos acolhermos e cuidarmos uns dos outros. De nos protegermos e de passar adiante o que somos de melhor. É hora de evoluir, aprender e ganhar consciência. É hora de reconhecer o belo, de estar presente para as pequenas dádivas e de buscar aquilo que nos inspira a reverberar amor.
Leia aquele livro que há tempos vem adiando por falta de tempo. Leia em voz alta para seus amores. Escreva aquilo que há tempos vem querendo escrever, mas não parava porque tinha outras prioridades. Desenhe, pinte, faça sua primeira mandala.
Crie seu mantra, repita toda vez que sentir medo. Ensine seus filhos a criarem os seus. Cozinhe. Faça um bolo bem gostoso. Enfeite a mesa. Acenda velas ou incensos. Abra as janelas, respire fundo. Faça um pão e dê de presente ao seu vizinho. Descubra seu dom.
É hora de se reinventar e acreditar, mais do que nunca, na sabedoria popular que diz que "há males que vêm para o bem".
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Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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