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Tudo na palma da mão

Publicado por Paulo Sergio de Camargo em Psicologia

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Na linguagem corporal, muitas são as explicações para questões que permeiam o nosso cotidiano. Um aceno acompanhado de um sorriso agrada e satisfaz, enquanto um aceno com a musculatura dos lábios contraída pode apontar para um deboche ou desdém. Em contextos - que sempre devem ser analisados - a comunicação se torna mais eficiente quando os interlocutores estão atentos aos gestos. E é evidente que as mãos sempre tiveram a sua importância.

Sabe-se que logo quando o homem deixou de utilizar as mãos como apoio para andar e passou a utiliza-las para a manipulação de objetos, a evolução foi intensa. Os polegares opositores ganham destaque. O famoso "joia" reforça essa vitória evolutiva: está tudo bem até aqui. Ufa!

Por falar em evolução, para os homens primitivos as mãos sempre foram valiosas dada a necessidade de tornar os gestos absolutamente visíveis aos outros: com as mãos escondidas posso carregar uma pedra, pau ou lança, e assim representar uma ameaça ao inimigo. Hoje, portanto, esconder as mãos em uma reunião de negócios pode despertar no outro a sensação de perigo. É instintivo. Expor as mãos é mostrar-se aberto e amigo. Alguns gestos podem até auxiliar nesse processo: mantenha as mãos na frente do corpo, na altura do estômago, e faça movimentos leves enquanto fala, imaginando que está manipulando uma bola de basquete. Note que o polegar deve estar apontado para cima, indicando o quão líder você é.

Sua liderança também aparecerá nas mãos quando, em uma reunião, preservá-la em cima da mesa. Em momentos de reflexão você pode até aproximar e tocar suavemente as pontas dos dedos de uma mão na outra (lembra do Mister Burns? Bem assim), você irá mostrar-se atento e empenhado naquela conversa - esse gesto se chama "campanário".

Evite, claro, gesticular demais, esse excesso aponta para uma tensão e pode confundir o interlocutor. Evite, também, colocar as mãos no bolso - você não quer perder uma venda porque instintivamente o amiguinho acha que você carrega uma pedra, certo?

Cruzar os braços pode também colocá-lo em uma cilada: gesto permitido apenas em dias frios, combinado? Não queremos nenhuma barreira nas nossas relações sociais.

Reflita sobre a doçura de um afago, sobre a austeridade do dedo indicador em riste, bem como sobre a grosseria do dedo médio quando faltam as palavras para uma briga mais enfática. São as mãos que, em suas nuances do cotidiano, auxiliam nos nossos processos expressivos. Finalizamos, claro, com um aperto de mãos - firme.

Marluci Longarez Professora e consultora de redação. Grafóloga e Especialista em Linguagem Corporal. @marluci.longarez

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Sobre o autor
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Paulo Sergio de Camargo é Escritor, grafólogo, especialista em Linguagem não verbal e RH, consultor de empresas nacionais e multinacionais. Palestrante internacional. Membro de Honra da "Agrupación Grafoanalistas Consultivos en Espanã" (Barcelona) e da SOBRAG, Sociedade Brasileira de Grafologia. Membro de Honra da Sociedade Espanhola de Grafologia e da Sociedade Mexicana de Grafologia Científica.
Email: [email protected]
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