Você sente que está vivendo “de verdade”?
Existem momentos em que precisamos parar para apreciar o sabor da vida: sair do automático e sentir a nossa alma.
A parada proporciona a apreciação: aceitar como alimento nossas realizações. No entanto, quase todos os dias nos nutrimos de inúmeras informações que penetram nossa pele até o cérebro, percorrem todo o corpo e depois partem, deixando-o mais intoxicado e carregado. Desta forma, a vida torna-se cansativa e pesada. Vida sem significado é vida sem sabor.
O sabor da vida surge da sensação de gerarmos energia de crescimento dentro e fora de nós. Quando compreendemos o significado de nossa vida, temos prazer em estar vivos. Viver com significado nos faz sentir despertos, cheios de energia.
Refletir sobre nosso passado, de onde nós viemos, pode nos explicar e confortar no momento presente. Ter consciência de onde estamos nos dá a oportunidade de transformar o que for preciso. Mas é para onde vamos que dá o sentido, o significado para as nossas vidas.
Para onde estamos caminhando? O direcionamento evidencia o significado de nossa vida. Viver sem significado é como viajar num veleiro sem bússola. Não importa o lugar, mas sim a meta que queremos realizar. O lugar é a condição que precisamos para manifestar nossa meta.
Ter clareza sobre as virtudes e valores que queremos cultivar irá nos ajudar a definir nossa meta, pois são eles que norteiam nossas escolhas e prioridades. Eles organizam nosso mundo interior, alimentam o significado de nossa vida, fortalecem seu direcionamento. Os valores e virtudes são catalisadores de energia vital, pois quando agimos de acordo com eles passamos a responder à vida de forma vibracional. Eles nos dão poder de decisão, energia para agir. Só quando temos clareza de nosso plano interior é que colocamos, de fato, energia no mundo exterior para realizá-lo.
Precisamos nos reconectar diariamente com a motivação de estar vivos. Lembrar é renovar. Para sentir nossa vida como significativa, devemos estar dispostos a nos sentirmos vivos: aceitar o presente. Se nossos planos interiores não envolverem as aflições de nossa alma, serão apenas uma proposta mental e não terão o poder energético de ativar o significado de nossa vida.
No entanto, sentir a vida nos faz perceber nossa vulnerabilidade. Quando sentimos o que não contávamos que fôssemos sentir, nos percebemos vulneráveis: às vezes nem sabemos nomear o que estamos sentindo!
O sentimento de inadequação desperta o medo de sermos rejeitados, e antes que isso aconteça nos isolamos e nos recolhemos como uma concha. Mas são os sentimentos autênticos que dão significado à nossa vida! São eles que nos levam a sentir o sabor da existência. Assim como enfrentar a morte nos leva a pensar sobre o significado da vida. Se você perguntar a uma pessoa que está enfrentando a morte quais foram os momentos significativos da vida dela, verá que a sua resposta será energética. Viva.
Se você soubesse que iria viver só mais um ano, o que mudaria em sua vida? Considere a vida como finita e preciosa. Pegue revistas, tesoura, cola, papel e lápis de cera. Recorte, cole e pinte o que você quer atrair para sua vida, o que é significativo para você. Dedique-se hoje a sentir o sabor da sua vida.
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Sobre o autor
Bel Cesar é psicóloga, pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano desde 1990. Dedica-se ao tratamento do estresse traumático com os métodos de S.E.® - Somatic Experiencing (Experiência Somática) e de EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento através de Movimentos Oculares). Desde 1991, dedica-se ao acompanhamento daqueles que enfrentam a morte. É também autora dos livros `Viagem Interior ao Tibete´ e `Morrer não se improvisa´, `O livro das Emoções´, `Mania de Sofrer´, `O sutil desequilíbrio do estresse´ em parceria com o psiquiatra Dr. Sergio Klepacz e `O Grande Amor - um objetivo de vida´ em parceria com Lama Michel Rinpoche. Todos editados pela Editora Gaia. Email: [email protected] Visite o Site do Autor