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Doutor, eu ouço vozes! - Parte 2

Publicado por Mauro Kwitko em Vidas Passadas

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Utilizo a Homeopatia, a Terapia Floral e a Terapia de Regressão no tratamento das depressões, ansiedade, medos, fobias, transtornos do pânico e também nas manifestações psicóticas, e conheço bem sua eficácia, e suas limitações. Muitos casos, encaminho para tratamento em Centro Espírita. Então, por minha vivência prática, observando os resultados, vejo que o uso dos medicamentos químicos deve ser apenas reservado para os casos que não respondem aos tratamentos energéticos e/ou espirituais, ou para os casos agudos, que trazem perigo para o doente ou seus familiares, em que não há tempo para aguardar o efeito mais lento dos medicamentos e procedimentos energéticos e espirituais.

A eleição dos medicamentos químicos, tóxicos, mal conhecidos, paliativos, como um procedimento de 1ª escolha ou único, é o reflexo de uma Medicina apenas orgânica, limitada e preconceituosa e uma pouca vontade dos médicos de estudarem as Medicinas Vibracionais, que buscam a origem das doenças em nosso Sistema Energético, sem nenhum efeito colateral, e os procedimentos espirituais de cura. Colocarei nesse livro alguns medicamentos homeopáticos e essências florais que tratam sintomas e desequilíbrios mentais e emocionais, e casos de regressão com cura de fobias, transtorno do pânico e depressão, sem o uso de medicamentos químicos. O fato de eu ser médico, formado por uma Faculdade de Medicina, mas atuar na área das terapias energéticas, faz com que conheça ambos os meios, o oficial e o alternativo.

Devo aqui dizer que percebo o mesmo preconceito, dos membros de um lado em relação ao outro e, enquanto a maior parte dos médicos considerados terapeutas vibracionais é vista como um bando de malucos, charlatões, místicos ou "religiosos", a maioria desses considera os médicos alopatas um bando de atrasados, preconceituosos, que praticam uma Medicina que não cura nada, é apenas paliativo. Quem pensa assim, de parte a parte, está errado, pois não é nada disso. É preciso entender que o fato de uma pessoa resolver estudar e dedicar-se ao cuidado de doentes, de necessitados, já demonstra uma grandeza, uma capacidade de amar e de doar-se. O que precisa ser corrigido é um afastamento entre o meio oficial e o alternativo que faz com que ambos não se conheçam e criem preconceitos equivocados.

O século 21 vem marcar o início da aproximação da Medicina orgânica, do corpo físico, com as Medicinas energéticas, dos corpos sutis, e a inclusão de questões que ainda vêm sendo consideradas religiosas, como a existência dos Espíritos e a veracidade da Reencarnação, podendo-se prever para as próximas décadas a construção de uma grande Medicina, que englobe todos esses conhecimentos. A Inquisição ocasionou essa fratura entre corpo e Espírito, com a negação do que não se vê, a necessidade de quem acreditava e lidava com essas coisas esconder-se, ocultar-se, mas agora que ela está quase finalizando, percebemos o retorno para a visão integral do ser humano, alicerçada nos seus aspectos mais intrínsecos, mais profundos, mais verdadeiros. O futuro, novamente, está batendo à porta. Por que os representantes do meio oficial sempre custam tanto a abri-la? Tenho dó dos pacientes que se tratam prioritariamente, e apenas, com esses medicamentos químicos, iludidos pelos nomes e pelo charme das embalagens, pois dificilmente serão curados, sofrerão efeitos negativos em vão, e serão internados algumas vezes, por serem considerados incuráveis, por uma Medicina que acredita que a origem das doenças mentais está no desequilíbrio dos neurotransmissores, e então só lida com eles. Mas também os pacientes e seus familiares devem libertar-se da ilusão de que só porque algo é considerado oficial, é o melhor e o certo. Devem abrir-se para as Medicinas Energéticas e o poder curativo dos tratamentos espirituais dos Centros Espíritas.

O futuro é a associação de todas essas maneiras de enxergar e tratar as pessoas, cada qual em sua área de atuação e no momento adequado. Como, hoje em dia, o meio oficial horroriza-se com a antiga prática da lobotomia, o meio oficial do futuro irá horrorizar-se com o uso dos medicamentos químicos para tratar pensamentos, sentimentos e influências espirituais negativas. Mas até lá, os pacientes continuarão sendo intoxicados, dopados.
Mas sempre foi assim, o futuro está por perto mas poucos o vêem.

Há muito tempo os psicoterapeutas e as pessoas que acreditam na reencarnação vêm questionando o enfoque tradicional da Psicologia oficial, sua limitação a essa vida apenas, sua visão de um "início" e um "fim", como se não existíssemos antes, e anseiam por uma nova maneira de ver e tratar os nossos problemas e conflitos emocionais e mentais, a partir dos princípios reencarnacionistas. Pois bem, agora já existe essa nova visão psicoterapêutica, não é uma nova linha da Psicologia, é uma nova Escola de Psicologia.

Em livro a ser brevemente publicado tratarei desta nova Psicologia, que estamos desenvolvendo, e que lida com a Reencarnação. Ela está alinhada às concepções reencarnatórias e eu a chamei de Psicoterapia Reencarnacionista. Ela não vem para combater a Psicologia tradicional ou para destruí-la, e sim para abrir suas fronteiras, do nascimento para trás, rumo ao nosso passado transpessoal, e do desencarne para frente, rumo às nossas encarnações futuras. É a expansão da Psicologia tradicional, dessa vida apenas, herdeira do Consciente Coletivo não reencarnacionista, originado nas concepções religiosas dominantes no ocidente. O porquê da Psicologia oficial não lidar com a Reencarnação deve-se à ação do Imperador Justiniano no ano 553 d.C. de conclamar o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os bispos do oriente (não-reencarnacionistas), e decretando que Reencarnação não existe, influenciado por sua esposa Teodora, ex-cortesã, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, que para libertar-se de seu passado mandou matar antigas colegas e para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Karma, empenhou-se em suprimir a magnífica Doutrina da Reencarnação.Esse Concílio não passou de um encontro que excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, seqüestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 anos por ter-se recusado a participar desse Concílio! Dos 165 bispos presentes, 159 eram da Igreja oriental, e tal fato garantiu a Justiniano os votos de que precisava para decretar que Reencarnação não existe. E assim a Igreja Católica tornou-se uma igreja não-reencarnacionista e, mais tarde, as suas dissidências também levaram consigo esse dogma. Com o predomínio, no ocidente, dessas igrejas não-reencarnacionistas, criou-se no Consciente Coletivo ocidental a idéia de que Reencarnação não existe, dentro do que formaram-se a Psicologia e a Psiquiatria, que também não lidam com a Reencarnação.
Outros motivos que levaram a Igreja Católica a decidir que a Reencarnação não existe, (de dominação, ameaças, evolução espiritual apenas possível passando pelos representantes de Deus, ganhos materiais, etc.), vou deixar a cargo dos leitores estudarem por si.
Isso representou um dos maiores atrasos da história da humanidade, que até hoje reflete-se, pois temos uma Psicologia e uma Psiquiatria que limitam-se apenas à vida atual, ignorando todo um material de estudo e análise, do nosso passado, escondido em nosso Inconsciente. E é aí que estamos entrando, seguindo a orientação do Dr. Freud. Entrando no Inconsciente das pessoas alcança-se a Reencarnação. Isso é religião? Não, isso é pesquisa científica, isso é a emergência de uma nova Psicologia e uma nova Psiquiatria.

A diferença fundamental entre a Psicoterapia Reencarnacionista e todas as anteriores é justamente que a Reencarnação é o seu elemento básico e a partir daí é que tudo estrutura-se. Os seus pilares são: a personalidade congênita e a busca da evolução espiritual. A finalidade e o aproveitamento de uma encarnação são suas diretrizes. Ela não deve ser confundida com a Regressão Terapêutica, que é uma técnica utilizada para desconectar as pessoas de situações traumáticas do seu passado que ainda estão acontecendo em seu Inconsciente, originando sintomas, principalmente os casos de fobias e síndrome do pânico, que podem ser, desse modo, curados rapidamente. Não devemos confundir a Psicoterapia Reencarnacionista com a Regressão Terapêutica: aquela é uma Escola de Psicologia, essa é uma técnica. Após muitos anos de exercício da Medicina homeopática, da Terapia com os Florais e de trabalho em Centros Espíritas e Espiritualistas, o meu ofício como médico foi-se moldando de modo a tratar os problemas emocionais e mentais dos doentes, e suas repercussões físicas, a partir da finalidade da existência, dos objetivos da Reencarnação, do por quê de a nossa Essência estar acoplada a um corpo físico, nessa dimensão, por um certo tempo. Atendendo cerca de 1.500 consultas anuais, com a duração média de uma hora cada, tal volume de conversações me deu substrato para elaborar algumas concepções a respeito das dificuldades das pessoas coma sua vida, eu incluído, é claro.

Tenho encontrado pouquíssimos pacientes que realmente têm uma idéia clara, ou mais ou menos clara, sobre o objetivo da vida e raríssimos têm a noção do que estão fazendo aqui. A maioria vive como se morasse em um labirinto, perdida numa névoa escura, rodeando o tempo todo, sem saber se vai por esse ou aquele lado, simplesmente porque não sabe quem realmente é, o que está fazendo aqui e para onde deve ir. Viver desse modo é como se você fosse a um supermercado sem saber o que quer comprar e, então, após algum tempo de perambulação pelos corredores, compraria qualquer coisa e ir-se-ia. Viver sem saber quem é e o que é isso que se chama "vida" é a mesma coisa: você perambula pelos corredores, sem comprar nada de que realmente precise e, no final, vai-se. Ou compra coisas que não precisa. Espero não estar passando a impressão de ser uma pessoa plena de certezas e convicções, que sabe ou descobriu tudo a respeito da vida, e que tem as respostas para todas as questões. E muito menos de ser um médico psicoterapeuta que cura todos os seus pacientes. O que mais me caracteriza são as dúvidas e desde criança me percebi questionando as grandes "verdades" e as "certezas" absolutas. Sou do signo de Escorpião e, então, o que me move é um ideal de crescimento, de transmutação, de evolução, e meu ascendente em Capricórnio faz com que eu tenha facilidade em aterrar essa vontade. Acredito que a maioria dos nossos males, a qualquer nível, tem origem na ignorância, em seu sentido lato, a respeito de nós mesmos. O que me motiva é o "Conhece-te a ti mesmo”!




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Sobre o autor
Mauro Kwitko é médico auto-licenciado do Conselho de Medicina para poder dedicar-se livremente ao seu trabalho como psicoterapeuta reencarnacionista. Em 1996, começou a elaborar e divulgar a Psicoterapia Reencarnacionista. É fundador e presidente da ABPR. Ministra Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica há muitos anos, tendo formado centenas de psicoterapeutas reencarnacionistas.
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