A auto-aceitação pode, a principio, parecer algo oposto à intenção de nos transformarmos interiormente. Entretanto, é uma atitude essencial no processo de desenvolvimento de nossa autoconfiança.
Como podemos desenvolver o amor e a estima por nós mesmos, se não formos capazes de nos aceitar exatamente como somos? Isto não significa que devemos nos tornar egocêntricos, negar nossos defeitos e nem tampouco abandonar a vontade de vencer nossos medos e limitações.
Mas a mudança é um processo que se desenvolve durante toda a vida e a motivação para a empreendê-la só surge se nos reconhecermos como seres valiosos e especiais, a quem o Criador dedicou seu amor e atenção, independente de nossas falhas.
Ao analisarmos a carta astrológica natal de um ser humano podemos perceber nitidamente dificuldades, testes e desafios que ele trouxe para a presente encarnação, mas também ficam ali evidentes seus pontos fortes, suas qualidades e talentos.
Compreender que nossa totalidade inclui essa maravilhosa complexidade, onde se mesclam qualidades e limitações é um passo fundamental para o desenvolvimento de nosso amor-próprio.
Mas, para isso, é preciso antes de tudo libertar-se da ansiedade de querer ser outra pessoa. Essa ansiedade é o estado de tensão que surge entre o que você é e o que deseja ser. Busque o auto-aperfeiçoamento sem, no entanto, esquecer que já possui muitas qualidades e talentos que só estão à espera de serem reconhecidos por você.
Quem não se ama, aceita humilhação, desrespeito, exploração e toda forma de violência que o mundo quiser lhe impor. Amar-se, aceitar-se e desejar a cada dia obter o melhor da vida, sem que tenha de abrir mão de sua própria verdade, é o caminho mais seguro para alcançar equilíbrio e serenidade.
“Desde o início da vida lhe disseram como você deveria ser. Ninguém nunca lhe disse que você é bom assim como é; eles sempre puseram programas na sua mente.
Aceite-se - essa é a oração. Aceite-se - essa é a gratidão. Relaxe internamente - é dessa maneira que Deus queria que você fosse. Ele não queria que você fosse de outro jeito do contrário teria feito você diferente. Ele fez você como você e como ninguém mais.
A vida não é sovina; a vida sempre dá em abundância - mas não podemos receber essa abundância porque não sentimos que merecemos recebê-la.
O amor começa com o amor por si mesmo. Não seja egoísta, mas satisfeito consigo mesmo - e essas são duas coisas diferentes. Não seja um Narciso, não seja obcecado por si mesmo - mas o amor por si mesmo é um dever, um fenômeno básico. Apenas quando parte desse pressuposto é que você pode amar alguém”. Osho.