Um dos principais bloqueios à realização pessoal do ser humano é o medo do fracasso.
Este medo, que geralmente tem origem na infância e numa história de vida onde existiu muita cobrança e exigência e pouco ou nenhum incentivo à criança, está por trás de muito sentimento de frustração e infelicidade.
Todos nós desejamos alcançar sucesso e realização. Mas se não existir em nós a confiança necessária e a certeza de que possuímos os recursos internos para realizar seja o que for que desejemos, nada poderá ser obtido.
Enquanto persistir o medo do erro e do fracasso, permaneceremos paralisados e deixaremos escapar qualquer chance de felicidade que a vida nos proporcione.
O fracasso é um elemento natural da vida. O problema é que, pessoas que não tiveram sua auto-confiança desenvolvida desde muito cedo, passam a exigir de si mesmas uma perfeição impossível de ser alcançada
De modo geral, para essas pessoas um fracasso se torna uma marca indelével na mente, que apaga qualquer memória de êxito que elas possam ter alcançado.
A aventura de viver inclui, tanto realizar nossos projetos, como falhar em algumas tentativas. Pessoas que se gabam de jamais ter conhecido um fracasso ou cometido um erro na vida, são inconscientes ou necessitam de auto-afirmação.
E, muito provavelmente, escondem por trás dessa atitude um sentimento de insegurança que tentam disfarçar através do auto-engrandecimento.
Decepções amorosas e relações que terminaram mal costumam deixar marcas profundas na maioria das pessoas, que passam a “temer” um novo relacionamento por acreditar que não conseguirão suportar um novo fracasso.
Para quebrar este ciclo de medo e paralisia, devemos alimentar nossa autoconfiança e auto-estima, refletindo seriamente acerca de nossas qualidades e trazendo à memória as experiências bem-sucedidas, mesmo que elas tenham terminado. Sempre é possível re-editar os sucessos em novas tentativas.
“Ouça o seu coração.
...Ouça com muita atenção, com muita consciência e você nunca errará. E, ouvindo o seu coração, você começará a seguir na direção certa, sem mesmo pensar no que é certo ou errado.
E segui-lo, onde quer que ele o leve. Sim, algumas vezes ele o deixará frente a frente com alguns perigos – mas, lembre-se, esses perigos são necessários para que você amadureça. Outras vezes, ele o fará se extraviar – mas, lembre-se mais uma vez, errar o caminho faz parte do crescimento. Muitas vezes você cairá – torne a levantar-se, porque é assim que se reúnem forças, caindo e levantando-se novamente. É assim que se fica integrado....
....Mas não siga regras impostas pelo mundo exterior.
Nunca imite, seja sempre original. Não vire uma cópia em papel carbono. Mas é isso o que está acontecendo no mundo todo – cópias e cópias em papel carbono.
Buda é Buda, Krishna é Krishna, e você é você. E você não é, de maneira nenhuma, menos do que ninguém. Respeite-se, respeite sua voz interior e siga-a.
E lembre-se, não estou garantindo a você que essa voz sempre o levará ao lugar certo. Muitas vezes ela o levará ao lugar errado, pois para encontrar a porta certa, é preciso bater primeiro em muitas portas erradas.
É assim que as coisas são. Se você topar de repente com a porta certa, não será capaz de reconhecer se ela é a certa. Portanto, lembre-se de que, no final das contas, nenhum esforço é jamais desperdiçado; todos os esforços contribuem para o apogeu do seu crescimento.
Portanto, não hesite, não fique tão preocupado quando cometer um erro. Isso é um problema: ensinam às pessoas a nunca fazer nada errado, e então elas hesitam; ficam tão receosas, tão apavoradas com a possibilidade de fazer alguma coisa errada, que ficam empacadas. Não conseguem sair do lugar, alguma coisa pode dar errado. Então ficam como pedras, perdem todos os movimentos.
Cometa tantos erros quanto possível, lembre-se apenas de não cometer o mesmo erro duas vezes. É você estará crescendo.
OSHO