Parte do próprio nome contém a definição: ciência.
Sim, paciência é uma ciência, ou seja, uma forma de aplicar o conhecimento, a consciência, a sabedoria.
Sabemos que de nada adianta a pressa. A ansiedade nos devora com sua fome que jamais poderemos saciar.
Nesta aflição de querermos escapar dos processos para obtermos resultados rápidos, acabamos descobrindo que tudo na vida precisa passar pelo crivo do tempo.
E por mais que a freqüência da terra tenha disparado nos últimos tempos (segundo o físico alemão, W. O. Schumann (ressonância Schumann) a rede eletromagnética que cobre a terra deixou de pulsar na freqüência de 7.38 Hertz e passou a pulsar na freqüência de 11 Hz e já vai para os 13 Hz o que nos dá a impressão de que mal acordamos já estamos de volta para a cama para dormir outra vez – e não é só isso); precisamos mais do que nunca manter a calma e a desaceleração dos nossos pensamentos clamando para aquilo que dentro de nós sabe o que é ser paciente, o saber esperar, tirando a pilha dos nossos pensamentos, que não param de girar.
E esta parte de nós que tudo sabe e tudo vê é nosso Ser Superior, nossa Alma, nosso Espírito, nossa parcela Divina que nunca nos abandona e que está constantemente nos pedindo calma, menos pressão, mais tranqüilidade e desaceleração.
Se, segundo Schumann, há uma aceleração desta rede magnética que tem a mesma pulsação da terra e seus habitantes; não é preciso ser nenhum cientista para sentir que devemos permanecer alerta, com nossa consciência totalmente aberta, desacelerando este pulsar disparado do Universo para não sermos tragados pelos maremotos de dentro e de fora de cada um de nós.
Quando eu era menina, lá no interior do Estado de São Paulo, conseguia ficar horas e horas sentada na beira do rio, conversando com as águas que passavam por sobre as pedras que cobriam o leito, e, no final do dia, lembro-me que ia até a nascente de onde vertia uma generosa cachoeira e lavava lá os meus cabelos com uma barra de sabão de coco que levava na minha cesta de pic-nic.
Eu sabia as horas olhando para o céu. Sabia que em mais 15 minutos iria escurecer e eu precisaria me apressar para não ter que cortar a mata no escuro. Eu nunca me perdi na natureza.
Recentemente voltei ao Brasil, depois de 2 meses trabalhando em Lisboa e dei por mim completamente aflita, com medo de perder o avião, quando do hotel ao aeroporto de Lisboa não precisava mais do que 15 minutos para chegar. O aeroporto é dentro da cidade.
E foi olhando para meu relógio e sentindo o descompasso do meu coração, que tomei uma decisão, dentro do carro. Tirei o meu relógio do pulso e até este momento não tornei a vesti-lo novamente.
Estou tentando reaprender a ver as horas olhando para o céu, escutando o meu corpo, intuindo pelos ventos que sopram. Tirei, literalmente, a pilha do meu relógio interno desconfiado, que muitas vezes teima em não acreditar na minha intuição.
Tudo isso para dizer: com paciência podemos voltar a intuir a sensação de sermos calmos e pacíficos, a ciência de sentir o pulsar dos processos emocionais, dos tempos que o coração pede para se refazer, da pausa que as feridas precisam para cicatrizar.
Porque, como diz o título tão bonito de um livro, que fala sobre isso tudo:
Não apresse o rio, ele corre sozinho!
Se você estiver sentindo que está muito impaciente, ansioso, com medo do futuro, tente fazer este exercício com imagens mentais. Ele está publicado no meu mais novo livro - O livro das Transformações (Editora Agora). Neste livro, a lâmina que ilustra este sentimento tem exatamente uma mulher sobre um relógio olhando para uma parede cheia de diferentes relógios, marcando diferentes tempos!
Sentado, olhos fechados, respire três vezes calmamente e leve sua atenção para a clara intenção deste exercício que se chama:
Exercício para reconectar
E veja, sinta, perceba, imagine, ouça ou faça de conta que está dentro de um relógio sendo dominado(a) pelo ritmo frenético do tempo. Respire uma vez e procure dentro deste relógio onde está a pilha. Retire a pilha, pule fora do relógio e volte a respirar no seu compasso saudável e natural!
Faça por 21 dias sempre ao acordar e antes de deitar.
(Dia 08 de Abril - sexta - das 19 às 22 horas começo meus grupos com imagens mentais que são feitos com vivências dos exercícios. O primeiro tem como tema a Auto-estima e será em São Paulo, na Rua Panopoi 144, Campo Belo. Informações com Luiz Velloza no telefone (11) 5535.1701) INFORMAÇÃO IMPORTANTE PARA OS MAIS INTERESSADOS EM IMAGENS MENTAIS(*)
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor