No artigo da semana passada, escrevi sobre como começar a construir sua auto-estima de gente grande, gente importante, gente única que você é. As duas primeiras etapas foram “CONHECER” e “RECONHECER”. Sugiro que se você não leu tal artigo, leia antes de continuar este, senão terá apenas a idéia parcial.
Depois de lerem o artigo, algumas pessoas já me escreveram nesta semana, contando sobre o quanto sofrem por não conseguirem gostar de si mesmas. Perguntaram que dica eu poderia lhes dar para que elas solucionassem este problema e se sentissem melhor consigo mesmas. Minha resposta são estes dois artigos, pois aqui proponho uma atitude prática e eficiente de como cada um pode começar a conhecer (lembrar de) suas qualidades e a conquistar-se justamente por reconhecê-las através de lembranças de experiências vividas.
Entretanto, percebo que as pessoas insistem em acreditar que auto-estima deve ser um botão escondido em algum lugar de seus corpos e que eu – ou qualquer outra pessoa que lhes pareça mais sabida do que elas mesmas – indique o local para que elas possam simplesmente apertá-lo e, como num passe de mágica, comecem a se sentir bem, felizes, satisfeitas e auto-amadas.
Sinto em informar-lhes que não é bem assim que a reconstrução da auto-estima acontece. Não existe botão nenhum. Analise comigo: é verdade que todos os órgãos de nosso corpo deveriam funcionar perfeitamente, dando-nos condições saudáveis de viver, todos os dias, não é? No entanto, algumas vezes, um desses órgãos adoece e funciona de forma insatisfatória. Quando percebemos isso, seja sentindo alguma dor ou qualquer outra reação incômoda, imediatamente marcamos uma consulta, passamos pelo médico, fazemos exames, tomamos remédio e, se for necessário, até nos submetemos a uma cirurgia. Assim, o órgão volta a funcionar adequadamente.
Não consigo entender porque muitas pessoas simplesmente se recusam a passar por um processo de recuperação de sua auto-estima quando percebem que, mesmo devendo amar-se naturalmente, esse amor não tem aflorado... Parece que quando se trata de sentimentos, a gente fica esperando que tudo se resolva por si só, sem que tenhamos de nos cuidar, repousar, mudar hábitos e até promover uma cirurgia interna subjetiva para que nossa capacidade de nos amar volte a nos provocar alegria e vontade de viver.
Novamente, convido você a seguir as cinco etapas que proponho nestes artigos. Se ainda assim você não conseguir se sentir satisfeito consigo mesmo, proponho que você procure ajuda. Seja fazendo terapia, tomando floral, praticando ioga, freqüentando uma igreja, investindo em sua fé, enfim, procure uma maneira de se curar, porque você pode. Aliás, só você pode!
As três últimas etapas:
3 - PLANEJAR MUDANÇAS: nas etapas anteriores, você primeiro desenvolveu sua auto-imagem. Em seguida, se conheceu e – espero! – se aceitou! Agora, diante de sua análise acerca de suas qualidades e limitações, é hora de planejar as mudanças que deseja promover em si mesmo. O que não está bom? Como você quer que fique? O que é necessário fazer para isso? De novo, pegue papel e caneta e escreva, tópico por tópico, o que você quer mudar em si mesmo.
Pode inclusive separar por áreas: físico, estilo, psíquico, conhecimento, espiritual, social, etc. Por exemplo, você pode desejar ficar em forma para realizar as tarefas cotidianas sem se sentir tão cansado. Para isso, terá de iniciar uma atividade física que lhe dê essa condição. No estilo, pode desejar ser mais elegante, mais clássico, mais despojado, mais esportivo, enfim, defina o que deseja e o que precisa fazer. Adquirir roupas novas, aprender novas combinações, olhar revistas, observar quem se veste da maneira que você gosta, etc.
No psíquico, pode desejar ser menos ansioso, menos ciumento ou menos tímido. Para tanto, pode fazer terapia, ler livros específicos, conversar com pessoas mais velhas e que podem lhe ensinar algo, etc.
Assim, vá planejando suas mudanças por escrito, para conseguir ter uma visão mais ampla e organizada do que precisa fazer para se transformar. Isto é ter respeito por si mesmo e suas características singulares e também autoconfiança, já que para realizar algo tão importante, você precisa acreditar que é capaz.
4 - TOMAR ATITUDES: sobre esta etapa, não tenho muito sobre o que escrever. Agora é com você! Atitudes, escolhas, decisões, mãos à obra! Minha principal dica é que você jogue fora, de uma vez por todas, aquelas desculpinhas esfarrapadas do tipo “não tenho dinheiro pra isso”, “não tenho tempo”, “não tenho companhia”. Adapte seus objetivos às suas condições. Não tem dinheiro pra academia, caminhe na rua ou em parques públicos. Não tem dinheiro pra comprar roupas novas, descubra uma nova maneira de usar as que você já tem. Tempo a gente arruma quando realmente quer, pode apostar!!! E companhia é absolutamente dispensável. Deixe pra pensar nisso quando for tomar um suco ou um chopinho e jogar conversa fora... Agora, é você consigo mesmo, a sua história, a sua vida, o seu auto-amor. Pare de vincular sua felicidade à dos outros. Vá à luta e eu tenho certeza absoluta de que você não vai se arrepender. Aqui, seu grande aprendizado é a autodisciplina, que também faz parte fundamental do amor-próprio.
5 - COLHER RESULTADOS: se você realmente seguiu as etapas anteriores, agora é hora de desfrutar dos resultados obtidos. Gratidão é a palavra-chave. Agradeça por tudo de bom que você tem, pela capacidade que possui de conquistar o que deseja, claro que dentro de suas possibilidades, porque é assim com todos nós. Este é um momento especial de reconhecer o seu merecimento. Você está no mundo como semelhante do Divino, do Amor Maior, não pode se conformar com a tristeza e a apatia. Precisa reconquistar o que perdeu ao longo do caminho. Voltar a ser inteiro, a ser pronto para as oportunidades que certamente a vida lhe traz.
Não pense que por ter reconquistado sua auto-estima nada mais precisa ser feito. Como qualquer outro tipo de amor, o que você sente por si mesmo também precisa ser alimentado diariamente para continuar pulsando. Portanto, anote aí do que é feito o amor por si mesmo e invista em cada um desses sentimentos:
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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