A queixa da paciente.
O problema que gostaria de resolver, Pesquisador d’Almas, é o seguinte:
Na noite de 25 para 26 de Fevereiro, vi uma figura escura ao meu lado. Durmo de luz acesa (fraca) e estava vendo o meu quarto só que eu não estava, digamos, “acordada”. Senti que lutávamos os dois e disse-lhe (mentalmente) que voltasse para o lugar de onde viera. Dias depois, ao amanhecer, percebi uma figura com as mesmas características. Desta vez, perguntei-lhe quem era e como se chamava. Mas não consegui captar o que dizia.
Tenho dificuldade em relatar-lhe isto tudo, porque parece maluquice...
Acontece que tive algumas experiências perturbadoras e percebo isso acontecer quando estou mais pra baixo, deprimida, assustada, ansiosa. Mas sublinho que só acontece à noite, durante o período em que deveria estar dormindo.
Em 2002, visualizei um ser “cinzentinho” desses agarrado a mim. Disse-lhe que me deixasse, mas a criatura respondeu que queria Luz. Respondi que ela tinha a sua própria Luz e ouvi a resposta: “Não tenho, porque sou das trevas”.
Não sei se é sempre o mesmo “cinzentinho” ou não...
Lembro que quando a minha irmã nasceu passei a ficar sozinha no meu novo quarto, porque o bebê ficava com os meus pais.
Eu chorava muito no meio da noite, todos os dias. Numa dessas noites chorei mais do que habitual e, segundo a minha mãe, parecia cheia de medo.
No dia seguinte, viram que tinha sangue numa de minhas orelhas e na parede do quarto. A minha avó achou que eram “bruxas” e colocou uma série de objetos religiosos debaixo do colchão. E acabou-se o problema porque deixei de chorar no meio da noite.
Se não me conhecesse podia pensar que tenho algum surto de loucura. Na verdade, o que aconteceu recentemente fez com que quisesse resolver esta questão, se for possível, com a sua ajuda. Se não, compreenderei, pois é uma história um bocado “cinzenta”.
Gostaria de saber o que me acontece e o porquê.
Não sei se o “cinzentinho” é uma projeção minha ou algo que desconheço. Espero que, seja o que for, possa se iluminar...
Relatório da captação de Helena Luisa
Para realizar a captação - projetado conscientemente - sou guiado para um lugar muito escuro e tenebroso que parece uma mina de carvão. Passo por seres que tentam me assustar como se tivesse num daqueles circos dos horrores que existem nos parques de diversões. Cheguei no fundo e tenho que andar com dificuldade, pois minhas pernas atolam até os joelhos. Vejo-me num enorme lago formado por um lodo onde tem muitas almas atoladas até o pescoço pedindo ajuda com fortes lamentos.
Peço para ser envolvido numa luz dourada com nuances de rubi e lilás, para caminhar por entre eles sem que consigam me tocar.
Tenho que procurar por alguma alma que tenha conexão com a Helena.
Agora já sei que me encontro num dos umbrais terrenos.
Vasculho em todos os cantos e como não consigo encontrar nada, acabo mergulhando nesse lamaçal onde encontro um poço submerso e nele vou mais para as profundezas para ver onde vai dar.
Chego num lugar enorme, parece um salão dos horrores de forma ovalada e está lotado de almas em estado deplorável, precisando serem resgatadas.
Avanço por esse local onde tenho de lutar arduamente com essa lama - que não é física - olhando nos olhos dessas almas para tentar achá-la.
Finalmente, consigo encontrá-la; é a alma de uma menina totalmente assustada e minha presença a assusta mais ainda.
Explico que sou um médico de almas e que estou ali para libertá-la desse local, mas para isso preciso saber o que aconteceu de tão grave para uma criança indefesa ter ido parar no fundo do fundo de um umbral.
Envolvo-a com a minha luz e digo que vamos viajar para encontrar a raiz do problema. Somos em seguida projetados para um local onde um castelo sombrio se destaca no alto de um morro. Andamos até chegar aos portões de madeira trancados com grossas correntes.
Tentamos passar através desse portão, porém algo nos impede. Mas não desisto. Volto, peço perdão aos habitantes do castelo e convoco Montanha e seus companheiros que são os exus que normalmente me ajudam nessas tarefas mais complicadas.
Desta forma, lá estamos nós dois dentro desse castelo que é bem parecido com o umbral de onde acabamos de vir.
Peço ao Meu Mestre mais luz para mim e minha pequena companheira que está a tremer como vara verde e não é de frio...
Pergunto-lhe porque tanto medo e ela responde que é o medo de encontrar a bruxa que mora ali. Fico contente, pois ela já está recobrando a memória dos fatos que devem ter acontecido ali.
Digo a ela que não vamos encontr a bruxa, mas sim assistir o que esta fez com ela e porventura com outras pessoas.
Ao que tudo indica, estamos diante de um ser com poderes extra-sensoriais utilizados para praticar o mal.
Dou um comando para assistir o que aconteceu com minha amiguinha.Estamos diante de uma cena digna da Divina Comédia. Vemos a Helena deitada numa grande lápide de mármore e a bruxa, usando um afiado punhal, faz um corte no seu pescoço e bebe todo seu sangue, pois acreditava que bebendo o sangue das crianças conseguiria vida e juventude eternas.
A morte provocada dessa maneira não é dolorida, pois aos poucos a criança vai perdendo a consciência, com a sensação de um sono profundo.
Este tipo de prática macabra fazia com que ela conseguisse aprisionar as almas das infelizes crianças vítimas de seus rituais.
O que precisava saber a respeito do que aconteceu com minha amiguinha já é suficiente; então parto para investigar como vai ser o fim dessa bruxa e vejo que morrerá muito velha. Sua alma é puxada por uma força incontrolável e é levada para aquele umbral onde estavam todas as almas aprisionadas por ela.
Uma vez percebido a raiz do problema, oriento a Helena a realizar os seguintes perdões:
(Peço perdão a essa bruxa por tudo que ela me causou nessa vida passada, também a perdôo por tudo e peço perdão por tudo que causei a ela nessa vida passada. Neste momento elimino todas as energias de medo, inconsciência, maldade, ignorância, falsas crenças entre eu e ela, para vivermos nossas vidas atuais onde estivermos com alegria, saúde, paz e muito amor. E neste momento trago de volta minha energia que está com ela. 1..... 2..... 3...... Jáaaa.) Perdão para essa bruxa do passado que aprisionou uma das minhas almas(*)
(Peço ao Mestre da Helena que venha fazer o resgate dessa sua alma nesse umbral, a fim de que ela retorne ao seu espírito, totalmente restaurada, sadia e consciente de que isso tudo acabou e não vai mais se repetir e também conscientizá-la que não existem nem algozes e nem vítimas; e que essa vida foi combinada entre elas para viverem uma nova experiência ou resgatar algo de um passado vivido entre elas) Solicitação do resgate dessa outra alma da Helena envolvida nesse evento(*)
Retornei para o umbral e orientei todas aquelas almas ainda presas a realizar a oração do perdão para essa bruxa, ou seja lá quem as tenha aprisionado. Solicitei aos Mestres de cada uma que viessem fazer o resgate num grande cone de Luz dourada com nuances de rubi e violeta, dando por encerrada minha tarefa.
Depoimento da Helena Luisa.
Meu caro amigo Eraldo, que bom que você existe!
Que história! Não é loucura! Tinha de haver uma razão para tudo isso.
Espero mesmo que nos encontremos para conversarmos sobre as nossas “loucuras”. Seria uma conversa e tanto! Era uma grande alegria para mim!
Relativamente aos fatos narrados, agora compreendo porque tinha, por vezes, durante a noite, esses contatos estranhos e, devo acrescentar, cheguei a ter sonhos com uma espécie de ritual de magia negra. Aliás, esses assuntos sempre me incomodaram muitíssimo.
Interrogava-me mesmo se andaria, por vezes, vagueando sem me lembrar muito bem por onde, em algum mundo escuro, durante o sono, onde habitavam almas penadas. E veja só, outra vez, o pescocinho é que sofreu...
A minha avó do coração é que tinha razão!
Agradeço-lhe, mais uma vez, pela ajuda. Que aventura a sua! Não deve ter sido fácil! Homem corajoso!!!
Um beijo e abraços com o Sol primaveril da ilha da Madeira!
Tudo de Bom!
Helena Luisa.
Funchal - Ilha da Madeira - Portugal [email protected]
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Sobre o autor
Eraldo Manfredi é ... O querido colaborador e amigo Eraldo Manfredi nos deixou no dia 16 de agosto 2006, após longa e corajosa luta contra doença.
A contribuição e a dedicação de Eraldo foram de inestimável valor para o stum e para muitos usuários e sua ausência - somente física - deixa em todos nós uma saudade imensa.
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