Loucura é sofrer e concluir que viver desta maneira é normal. Loucura também é estar parado no tempo se repetindo indefinidamente nos mesmos padrões. Loucura é ficar no conhecido “piloto automático” tendo um tipo de reatividade para cada demanda que a vida nos incita e sequer se dar conta de que não há qualquer autonomia sobre si mesmo, portanto, sobre a própria existência.
Num processo gradativo, a nossa percepção pouco a pouco acabou sendo minada. Passamos a achar normal uma vida medíocre sem grandes entendimentos sobre nós mesmos. Pensamos ser normal correr atrás de uma ganância desenfreada alimentada por uma competição atroz.
Pouco a pouco, perdemos a referência de quem somos e o pior é que passamos a achar que a baixa qualidade de prazer que temos na vida é normal. Não nos apropriamos de nós mesmos e, como conseqüência, deixamos de existir como consciências quânticas que somos, passando a funcionar num limiar muitíssimo baixo.
Através de uma comprometida busca pelo encontro com o que nos é pessoal, os nossos processos de lucidez e de emancipação do eu autogerador de um si mesmo consciente e, portanto, criativo, têm portas abertas para se inaugurar.
A preconização é de que estejamos lúcidos, atuantes, criativos e prazerosos em todos os nossos processos, que nada mais são do que as jornadas conscienciais do nosso dia-a-dia.
À medida que nos libertarmos de sistemas de crenças aprisionantes, bem como de tudo o que nos mantêm grudados numa tela de aparente movimento, estaremos exatamente no caminho da lucidez. Neste sentido, todo processo de crise existencial é bem-vindo como válvula propulsora de uma transformação pessoal.
Nesta etapa, pela experimentação consciente e totalmente vitalizados, estaremos na nota do prazer, em busca dos mais diversos tipos de conhecimento e em conseqüência, a cada nova descoberta teremos a oportunidade de nos renovarmos.
Levamos um enorme tempo nos alimentando por critérios morais impostos e auto-impostos, por noções de certo e errado e por tudo o mais deste orbe que costuma nos compor. Ocorre que todos nós, ao menos uma vez na vida, num determinado instante somos acometidos por uma espécie de “ataque de lucidez” onde passamos a ser e a pensar por nós mesmos questionando toda essa “engenhoca” na qual nos transformamos.
Quase sempre no início da idade adulta, quando já estamos identificados com tudo o que diz respeito a este plano, é que podemos começar a ter vislumbres de percepção de existirmos em nós mesmos. A seguir, costuma acontecer uma sensação de “descolamento”. É quando nos percebemos existindo independentes de qualquer sistema em que estejamos inseridos. Depois desta percepção, que dependendo da pessoa poderá acontecer com maior ou menor intensidade, é bastante comum seguir os mais diversos rumos de acordo com a ampliação da consciência que este eu percebido promove em cada um de nós.
Este momento também pode passar de modo obscuro para a grande maioria e para outros pode causar um enorme impacto na medida em que se tem um vislumbre da unidade que todos nós somos.
Mesmo que seja por apenas um instante, esta sensação/percepção do Um é extremamente delicada, posto que é neste ponto que a consciência, assolada pelo medo do desconhecido pode seguir o caminho que envolve uma possível paralisação existencial.
Através de profundas experiências individuais ocorre a possibilidade de transcender os limites impostos pelas crenças assimiladas como únicas verdades. É neste momento que começamos a ter consciência do que significa a existência em si.
Para falarmos deste estado de consciência de si mesmo e da sanidade, precisaremos entrar em contato com algumas das vertentes que norteiam a psique humana e observar a sua singularidade. Portanto, aqui cabe um foco de alta definição se você estiver neste tipo de busca de encontro consigo mesmo.
Esta jornada pela sua lucidez na certa vai impulsioná-lo a buscar parceiros que possam compartilhar desses seus momentos de transformação e de resgate de si mesmo.
A idéia é que de fato você busque parcerias adequadas e tome um cuidado especial para que não entre em algum outro tipo de sistema de crença camuflado que vende ilusões de idéias sensacionalistas sobre significados de como que se alcançar um suposto nirvana.
O nirvana está na capacidade da presença autoconsciente no agora. Isso mesmo, na lucidez que se tem a cada microssegundo de nossas vidas. No prazer que este status nos oferece e na mais absoluta certeza de que isso sim é que é estar plenamente sentindo-se vivo e, por conseqüência fora de qualquer espécie de insanidade.
Busque parcerias que possam estar na mesma senda que você, mas seja extremamente criterioso nessa busca. Evite escorregar em padrões conhecidos. Fique atento porque este lugar aqui proposto requer um esforço inicial para que uma mudança efetiva se inaugure em você. Se acaso se perceber muito mental ou só emocional, saiba que está caminhando na direção oposta do que procura.
A parceria pode ser por meio de yoga, terapia, meditação ou por algum assunto que o envolva em criatividade e elaboração. Sempre elaboração sobre o vivenciado e esta pode vir em forma de insights e pensamentos, mas invariavelmente deverá acontecer, para que o agora esteja efetivamente presente e dinamizado em todos os seus momentos.
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Sobre o autor
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
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Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos