Ontem, à noite, tive uma insônia profunda porque passei o dia todo estudando as ferramentas do meu novo computador.
Este, sim, um grande sonho.
Mudei o sistema antigo, aposentei meu velho PC e entrei na era Mac. A história pessoal do criador da Apple, Steve Jobs, me entusiasmou. Filho adotivo, nunca cursou o ensino que lhe foi imposto, procurando sempre uma via de interesse que o fascinasse e o desafiasse. E, por último, apaixonado confesso pela mulher e pela vida (que conquista a cada dia lutando contra um câncer). Um exemplo a ser seguido de criatividade, bravura, energia e esperança para os seres humanos!
Mas, voltando à noite de insônia (por ter acionado áreas novas do meu cérebro), resolvi que não ficaria fritando na cama. Ia fazer do limão uma limonada. Transformar uma noite de pouco sono numa noite de muita produção.
Peguei a escada e consegui atingir a última prateleira do armário e, de lá, tirar a grande caixa de papelão em cuja tampa externa estava escrito:
Desci cambaleando os degraus e joguei a caixa sobre minha cama. Coloquei meus óculos e abri a caixa, retirando o primeiro caderno de 1998. E fui lendo os sonhos até adormecer.
Respeito profundamente Gustav Jung. Admiro alguns profissionais de psicologia que seguem a linha junguiana pelo seu trabalho fantástico de interpretação dos sonhos.
Honro os xamãs de todas as eras que dão às imagens significados esclarecedores nos diagnósticos e curas. Procuro ler tudo sobre imaginação e sonhos e não posso deixar de lembrar com gratidão e saudades do Padre Ivo Storniolo, uma profunda marca em minha vida.
Pessoalmente, lido o dia todo com imagens da mente. Dedico todo meu tempo a penetrar no inconsciente dos meus pacientes e trabalhar com eles incansavelmente os conteúdos oníricos que capto.
Mas o que me causa ainda mais espanto é constatar o quanto os sonhos são reveladores e nos auxiliam a saber nosso caminho de vida com tanta nitidez que chega a ser óbvio.
Reforço minha crença folheando meus cadernos de sonhos e o quanto eles pautam a minha vida.
Morro de vontade de falar com pessoas como o Jobs. Perguntar se ele sonhou com a Apple antes de tê-la criado na vida real.
Posso apostar que sim.
Tenho visto, nas mentes de muitos pacientes, obras que eles ainda nem projetaram, mas que já estão nos seus arquivos de quinta dimensão.
Voltando à conversa para o caderno de sonhos, copio para você um trecho que encontrei num dos cadernos, retirado de uma palestra que assisti nos Estados Unidos e no qual, infelizmente, não marquei o nome da pessoa.
"O corpo físico é o favo. A imaginação o mel.
O que acontece no favo acontece no mel e vice-versa.
Não buscar as imagens deste paraíso é deixar de saborear o mel da nossa existência, as revelações guardadas para serem decifradas, os hieróglifos desenhados em nossa mente, que podem se revelar na nossa caminhada nesta vida".
Como vêem, existem certas noites que, mesmo sem o sono, podem nos trazer a sabedoria dos sonhos.
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Sobre o autor
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora. Visite meu Instagram. Email: Visite o Site do Autor