Continuando nosso passeio pelo mundo holográfico, vamos aprofundar a questão levantada pelo funcionamento do cérebro, no texto anterior(ao final). E se não só o cérebro funcionasse como um holograma (armazenando as informações onipresentemente), mas também todo o Universo?
Em 1982, uma equipe de pesquisa liderada pelo físico Alain Aspect descobriu que, sob certas circunstâncias, partículas subatômicas como os elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar umas com as outras, a despeito da distância que as separe. Não importa se esta distância é de 10 metros ou de 10 bilhões de Km. De alguma forma uma partícula sempre sabe o que a outra está fazendo. O problema com esta descoberta é que isto viola a afirmação de Einstein que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
O físico quântico link David Bohm (que trabalhou com Einstein), por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect implicam que a realidade objetiva não existe, que - a despeito da aparente solidez - o universo está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. A natureza de "todo em cada parte" de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente nova de entender organização e ordem. Durante a maior parte de sua história a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um conceito de que a melhor maneira para entender um fenômeno físico, seja ele um sapo ou um átomo, é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas. Se formos usar essa abordagem com algo construído holograficamente não obteremos as peças da qual esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros (Esse conceito explica as grandes máximas do ensino esotérico, como as frases `Sois Deuses, sois todos filhos do Altíssimo´ (Salmo 82.6), `O que está em cima é como o que está embaixo´ (Hermes Trismegisto) e `Conhece a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses´ (Oráculo de Delphos), e explica como Malkuth é o reflexo de Kether.) menores(*).
Bohm acredita que a razão que habilita as sub partículas a permanecerem em contato umas com as outras (a despeito da distância que as separa) não é porque elas estejam enviando algum tipo de sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão. Ele sugere que em um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades individuais, mas são extensões da (Entramos aí no conceito hindu de Maya, palavra que, em sânscrito, significa ao mesmo tempo Ilusão e o poder divino de produzir formas. Enquanto estivermos submersos em Maya, acreditaremos estar desvinculados, separados um do outro, e o que nos dá essa certeza de separação são nossos sentidos. Vejam o verso 60 do Bhagavad Gita: `Os sentidos são tão fortes e impetuosos que arrebatam à força mesmo a mente de um homem de discriminação que se esforça por controlá-los. Aquele que restringe os sentidos, mantendo-os sob completo controle, e fixa sua consciência em Mim, é conhecido como homem de inteligência estável. Enquanto contempla os objetos dos sentidos, a pessoa desenvolve apego a eles, e de tal apego se desenvolve a luxúria, e da luxúria surge a ira. Da ira, surge completa ilusão, e da ilusão, a confusão da memória. Quando a memória está confusa, perde-se a inteligência, e ao perder a inteligência, cai-se de novo no poço material. Quem não está vinculado ao Supremo não pode ter inteligência transcendental nem mente estável, sem as quais não há possibilidade de paz. E como pode haver alguma felicidade sem paz?´) mesma coisa fundamental(*). Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte ilustração:
Imagine um aquário que contém um peixe. Imagine também que você não é capaz de ver este aquário diretamente e seu conhecimento deste aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma dirigida ao lado da frente e outra a parte lateral. Quando você fica observando atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe de cada uma das telas é uma entidade individual. Isto porque como as câmeras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será também ligeiramente diferente. Mas se você continua a olhar para os dois peixes, você acaba adquirindo a consciência de que há uma relação entre eles. Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando um se coloca de frente, para a frente, o outro se coloca de frente para o lado. Se você não sabe das angulações das câmeras e for levado somente pelos sentidos, você pode ser levado a concluir que os peixes estão se intercomunicando, apesar de claramente este não ser o caso.
Segundo Bohm, a aparente "ligação mais rápido que a luz" entre as partículas subatômicas está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário. E ele acrescenta, vemos objetos como estas partículas subatômicas como se estivessem separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas. Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.
Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como fundamentais. Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está verdadeiramente separado de nada, tempo e espaço tridimensional, como as imagens dos peixes nos monitores, também podem ser vistos como projeções de ordem mais profunda. Este tipo de realidade a nível mais profundo é um tipo de super holograma no qual o passado, o presente, o futuro existem simultaneamente. Seja o que for que o super holograma contenha, é ainda uma questão em aberto. Pode-se até admitir, por amor a argumentação, que o super holograma é a matriz que deu nascimento a tudo em nosso universo e, no mínimo, contém cada partícula subatômica que existe ou (Cada configuração da matéria e energia que é possível, de flocos de neve a quasars, de baleias azuis aos raios gama.) existirá(*): Um tipo de "depósito" de (YHVH, o nome sagrado de Deus - revelado a Moisés no arbusto em chamas - significa Eu sou o que Eu sou. Ser, do hebraico Hayah, significa não só o agora, mas o vir-a-ser e tudo o que EXISTE. Enfim, o Eterno.) Tudo que é(*).
Se a "concretividade" do mundo nada mais é do que uma realidade secundária, e o que "está lá" é um borrão de freqüências holográfico, e se o cérebro é também um holograma e apenas seleciona algumas das freqüências deste borrão e matematicamente transforma-as em percepções sensoriais, o que vem a ser a realidade objetiva?
Um outro aspecto do armazenamento de informações do holograma é a possibilidade de, ao mudar o ângulo no qual os dois lasers atingem um pedaço de filme fotográfico, ser possível gravar muitos registros diferentes na mesma superfície. Tem sido demonstrado que um centímetro cúbico pode estocar mais que 10 bilhões de bits de informação. Ora, se o universo possui esta característica holográfica, o que seriam os planos astrais e o "mundo dos mortos" senão um outro "ângulo de registro"? Acontece que nem todo mundo possui o "laser de leitura" pra poder acessar esta informação, enquanto os médiuns possuem, instintivamente, esta "chave". Onde um médium vê uma Aura, outro pode ver os Chakras, outro os Nadis, e provavelmente um não verá o que o outro vê, porque seus "lasers de leitura" estão "calibrados" pra certo "ângulo". Certas pessoas ainda conseguem "navegar" por essas diversas camadas, mentalmente ou até (Casos de teleporte e aparições simultâneas são comuns nos relatos de yogues e estão documentados até mesmo pela Igreja Católica. Em seu livro Gifts of Unknown Things, o biologista Lyall Watson descreve seu encontro com uma mulher Xamã indonésia que, realizando uma dança ritual, foi capaz de fazer um ramo inteiro de uma árvore desaparecer no ar. Watson relata que ele e outro atônito expectador continuaram a olhar para a mulher, e ela fez o ramo reaparecer, desaparecer novamente e assim por várias vezes.) fisicamente(*).
Não seria difícil supor que, com base nesses fatos, a idéia de que algo "está lá" ou "não está lá" é mera convenção/consenso, porque o que chamamos de realidade é formulado e ratificado a nível de inconsciência humana, a qual todas as mentes estão interligadas (o equivalente ao inconsciente coletivo, de Jung). Sendo assim, o que somos hoje é um reflexo do que projetamos (consciente e inconscientemente) pra nós mesmos: a aparente estrutura física do corpo nada mais é do que a projeção holográfica da (E não só a física, como a extrafísica, porque a consciência não se desfaz com a morte (ela não está fisicamente dentro do cérebro) e continuará a existir como EU/Unidade por um novo ângulo.) consciência(*). Se levarmos isso pro patamar da cura, veremos a chave para alguns "milagres" de Jesus, em que ele sempre dizia: link - foi tua fé que te curou.
Na ciência tudo é discutível, não existem dogmas nem verdades absolutas. Pode ser que outra teoria explique melhor essa comunicação instantânea entre as partículas subatômicasmas, no mínimo, como observou Basil Hiley (um físico do Birbeck College de Londres), os achados de Aspect "indicam que devemos estar preparados para considerar radicalmente novos pontos de vista da realidade".
Já era tempo...
Fonte: link - Universo holográfico (texto maior); link - Laboratório Holográfico
Acid é uma pessoa legal e escreve o Blog www.saindodamatrix.com.br "Não sou tão careta quanto pareço. Nem tão culto. Não acredite em nada do que eu escrever. Acredite em você mesmo e no seu coração." Email: Visite o Site do Autor