Semana passada quando contei aqui a história em que me foi mostrada uma situação onde me via diante de uns bibelôs que eu sabia que deveria quebrar, mas, que acabei guardando... não podia imaginar que aquilo de alguma forma se manifestaria também na minha realidade... em situação que aparentemente não tinha nada a ver...
Vi-me diante de uma situação que ao invés de resolver de vez, preferi adiar... assim como algo que o incomoda e você deixa pra lá, para resolver depois... ou assim como guardamos no armário coisas que não servem, mas que nos mantêm conectados à esperança de poderem servir em um futuro... Fiz isso e na mesma hora cliquei na página do meu facebook e percebo que alguém acabara de postar uma imagem muito bonita de uma passagem redonda entre folhagens... Leio a mensagem e aquilo bate com tanta força como se alguém me sacudisse para me despertar para o que eu acabara de fazer...
A mensagem era: Não deixe portas entreabertas.
Escancare-as ou as bata de uma vez.
Porque por meias entradas entram meias felicidades.
Flora Figueiredo
Sei que tudo que deixamos em aberto rouba nossa energia de alguma forma e nos impede de estar no presente, porque, mesmo que conscientemente não nos lembremos daquilo, uma parte nossa fica presa em histórias que já passaram... presa por memórias e por crenças que foram criadas a partir de experiências que passamos em outras vidas e que nessa vida costumamos repetir, não a mesma história, mas lá no fundo, o mesmo padrão que se disfarça em muitas roupagens diferentes, para não ser identificado... até o dia em que a ficha cai, e percebemos que estamos de novo repetindo a mesma história...
Quando li a mensagem no facebook e identifiquei com a imagem que a Avó me mostrou... onde eu era uma mulher que, mesmo sabendo que deveria quebrar os bibelôs, resolve guardar... entendi como isso está me pedindo para resolver no aqui e agora o que se apresenta no aqui e agora, sem adiar coisas que chegam até nós, até como possibilidade de, fechando a porta aqui, que essa porta, que tem conexão com o passado, seja finalmente fechada para sempre. Ou então, que tenhamos coragem de abrir de vez, enfrentando os medos que muitas vezes nos impedem de mergulhar mais profundamente no que é o nosso destino.
Essa Avó tem me mostrado, às vezes por uma imagem, ou em sonhos, coisas que vão se desenrolando e me ensinando mais sobre como estar mais inteira e presente... Parece que a partir de uma imagem que ela me traz... como na cena dos bibelôs, serve para puxar um fio... dando início à liberação de algo... e, a partir daí, outras situações e mensagens chegam para clarear mais, até que as fichas vão caindo... e você não tem mais como não tomar consciência do que o estava prendendo... e tudo está tão acelerado que a cada dia mais e mais coisas vão se tornando claras...
Temos a mania de adiar muitas coisas nas nossas vidas deixando em aberto, pensando que assim elas não nos incomodam mais. No entanto, enquanto não forem resolvidas, elas vão voltar de uma forma ou de outra...
Parece que tudo que deixamos guardado no passado, e que não foi resolvido, está voltando para nos dar mais uma oportunidade de decidir de vez... e só conseguimos resolver de vez quando decidimos por inteiro... No caso do Bibelô, ao tomar a decisão de guardar, não foi uma decisão tomada por inteiro porque uma parte minha sabia que tinha que quebrar e, na verdade, eu escondi... Se a minha decisão fosse por inteiro ou eu quebrava, ou ficava com eles sem precisar esconder... e aquilo estava resolvido...
Só que na maior parte das vezes, tomamos decisões que só adiam e não resolvem os problemas, porque estamos divididos...
A mensagem que ficou para mim foi a importância de tomar decisões no presente, por inteiro... e de que agora essas decisões têm um peso muito grande na liberação do passado...