Dia 21 de Junho é comemorado o Solstício de Inverno, o dia mais curto do ano. Na tradição Celta, e trazida até nós pelos Druidas na maneira como colocamos este ritual para dentro de nossas vidas, é um dos momentos mais importantes do Círculo do Ano.
Os Celtas comemoravam todas as mudanças das estações do ano em forma de Festivais, dos quais falaremos aqui aos poucos. É uma forma de reconexão com a Natureza, de estarmos sempre fluindo com ela, tudo num círculo muito harmônico, aonde todos os momentos são igualmente importantes.
Entendendo e praticando as estacões dentro de nós, amadureceremos em sabedoria, no nosso autoconhecimento, nos sintonizando com a Natureza e não nos separando dela.
Este dia é chamado Alban Arthuan (A Luz de Arthur), na tradição druida. É o tempo da morte e do renascimento. O Sol parece estar nos abandonando completamente, enquanto a noite mais longa chega até nós.
Ligando nossa jornada interior ao ciclo do ano, as palavras da cerimônia dos druidas advertem-nos : “Liberte-se, ó mulher/homem do que quer que esteja impedindo o aparecimento da Luz”. Na escuridão, atiramos ao chão os trapos que carregamos, que significam aquelas coisas que nos impediam de avançar.
Neste dia, olhemos com coragem a sombra que ainda existe em nós, trazendo para a luz de um novo dia, de novos recomeços. Porque nada é linear, começando com o nada e terminando no vazio. Os Celtas nos ensinaram a ver a vida em ciclos perfeitos, que nunca terminam.
O tempo agora é de hibernar, digerir experiências, deixar que idéias e situações fiquem aconchegadas no calor de um fogo interior para despertarem no momento certo.
As longas horas de escuridão nos fazem querer ver de novo o dia, mas ao mesmo tempo, nos ensinam a apreciarmos o silêncio da noite. Através dos momentos da Luz de Arthur, aprenderemos a arte da paciência e a alegria de descobrir novas forças interiores, enquanto esperamos que um novo crescimento se manifeste.