Ânima: (Em latim significa ALMA) O lado feminino, inconsciente, da personalidade de um homem. Ela se personifica, em sonhos, por imagens de mulheres, com conteúdos que variam: muito carregadas de erotismo, com sentido ou atitude maternal, simbolizando a guia espiritual (Sabedoria). Pode mostrar-se, geralmente, nos sonhos masculinos, como uma figura única de mulher. Para o homem ela é o princípio de EROS e o desenvolvimento das imagens de anima, na vida de um homem, representa o modo como ele se relaciona com o sexo oposto. No plano psicológico é o “elo criativo e inspiracional” do homem com o Inconsciente. Se a personalidade do homem se identifica com a Ânima ele apresentará inconstância de estados de espírito, humor caprichoso, efeminação e hipersensibilidade.
Ânimus: (Em latim significa ESPÍRITO) O lado masculino, inconsciente, na personalidade de uma mulher. Para a mulher ele é o princípio do LOGOS e o desenvolvimento das imagens de ânimus, na vida de uma mulher (como Pai, como esposo, como guia espiritual) representa seu estilo de relacionamento com o sexo oposto. Pode mostrar-se em sonhos, no geral, como múltiplas figuras masculinas. No plano psicológico é o “Homem interior” que atua como uma ponte entre o ego da mulher e os seus próprios recursos criativos no Inconsciente. Se a personalidade da mulher se IDENTICAR com o Ânimus ela apresentará um comportamento rígido, obstinado, opinativo e muito questionador.
Arquétipos: Irrepresentáveis em si mesmos, mas seus efeitos manifestam-se na consciência como as imagens e idéias arquetípicas. São padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo e constituem o conteúdo básico de religiões, mitologias, lendas e contos de fadas. Emergem nos indivíduos através de sonhos e visões.
Associação: Fluxo espontâneo de pensamentos e imagens interligados em torno de uma idéia específica, determinada por conexões inconscientes.
Complexo: Grupo emocionalmente carregado de idéias ou imagens. Ele constela em torno de si uma grande gama de comportamentos “coerentes” com ele mesmo. No centro de um “complexo” está um arquétipo ou imagem arquetípica.
Constelado: Sempre que existe uma forte reação emocional a uma pessoa ou situação, um complexo é constelado (ativado).
Ego: Este também é um “complexo” e é central no campo da consciência. Um ego forte pode relacionar-se objetivamente com os conteúdos ativados do inconsciente (isto é, com outros complexos) em vez de se identificar com eles, o que constituiria um estado de possessão (pelo complexo).
Função transcendente: O “terceiro” reconciliador que emerge do inconsciente (na forma de um símbolo ou de uma nova atitude) depois que os pares de opostos conflitantes foram conscientemente diferenciados e a tensão entre eles, mantida.
Individuação: A percepção consciente da realidade psicológica única de um indivíduo, incluindo alcances e limites dos potenciais individuais. Leva à experiência do Si-mesmo como centro regulador da psique.
Inflação: Estado em que o indivíduo tem um sentimento irrealisticamente alto ou baixo (deflação, ou inflação negativa) de identidade. Indica uma regressão da consciência para o inconsciente, o que tipicamente acontece quando o ego admite um excesso de conteúdos inconscientes e perde a faculdade de discriminação.
Intuição: Uma das quatro funções psíquicas. É a função irracional que nos indica as possibilidades inerentes no presente. Em contraste com a sensação (a função, igualmente irracional, que percebe a realidade imediata através dos sentidos físicos), a intuição percebe através do inconsciente; por exemplo, lampejos de insight de origem desconhecida e que se aplicam à situação vivida de um modo inesperado.
Pares de Opostos: Algo originalmente coeso (um processo de alternâncias e ciclos) aparece à consciência como dividido em pares de opostos destituídos de sua organicidade original, no mais das vezes parecendo conflitantes. Para a consciência parece ser uma solução (para sair do conflito) a opção pela identificação com apenas um deles, com a conseqüente rejeição ou repressão do outro componente. Naturalmente, depois da opção, parecerá à consciência que o primeiro é o “certo” e que este último é o “errado”. Podemos exemplificar com o quente/frio; vigília/sono; luz/sombra; união/separação; agressão/inibição e assim por diante. São essenciais aos processos vitais de todo tipo e perceptíveis em todo o mundo natural.
Persona: (latim: “máscara do ator”) O papel social do indivíduo, derivado das expectativas da sociedade e do treinamento desde os primeiros anos de vida e ao longo da vida inteira. Um ego forte relaciona-se com o mundo exterior através de uma persona flexível; a identificação do ego com uma persona específica (médico / intelectual acadêmico / artista etc.) inibe o desenvolvimento psicológico. Este termo também é usado aqui significando a identificação com um Personagem ou com um Eu-para-os-Outros.
Polaridade: Qualidade atribuída aos Pares de Opostos para qualificar uma diferenciação natural entre eles. Como exemplo: Polaridade Ativa atribuída ao que é Dinâmico e Polaridade Passiva ao que é Estático; comédia/tragédia; ataque/defesa etc.
Projeção: O processo pelo qual uma qualidade ou característica da própria pessoa é percebida como pertencendo ao mundo (situações, pessoas, objetos) e que acaba gerando respostas correspondentes. A projeção da Ânima ou do Ânimus (numa mulher ou num homem real) é vivenciada como se fosse uma paixão. As expectativas frustradas indicam a necessidade de retirar projeções (o que pode ser penoso) a fim de relacionar-se com a realidade de outras pessoas.
Sentimento: Uma das quatro funções psíquicas. É uma função racional que avalia o mérito (ou o sentido) das relações e das situações. A experiência do Sentimento deve distinguir-se da vivência da emoção, que é devida a um complexo ativado.
Símbolo: A melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. O pensamento simbólico é não linear, orientado pelo hemisfério cerebral alternativo; é complementar ao pensamento lógico/linear do hemisfério cerebral dominante.
Si-mesmo (Self): Arquétipo da totalidade e centro regulador da personalidade. É vivenciado como um poder transpessoal que transcende o ego; por exemplo, Deus.
Sombra: Uma parte inconsciente da personalidade caracterizada por traços e atitudes, tanto “positivos” quanto “negativos”, que o ego consciente tende a rejeitar, reprimir ou ignorar. É personificada em sonhos por pessoas do mesmo sexo da pessoa do sonhador. A assimilação (à consciência) da própria Sombra resulta usualmente num aumento de energia psíquica.
por Luís Vasconcellos
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Sobre o autor
Luís Vasconcellos é Psicólogo e atende
em seu consultório em São Paulo.
