Publicado dia 8/17/2023 10:12:21 AM em Almas Gêmeas
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Muitas vezes nos perguntamos: como suportar tanto sofrimento diante de algumas situações na vida? O que dói mais, a dor física ou emocional? Cada pessoa tem sua resposta de acordo com o histórico de vida e a experiência que se acumulou com o passar dos anos. E você, tem sofrido por quais motivos? Por um amor que se foi, por amar quem não o ama, pela falta de emprego, uma doença em família? Ou por motivos mais sutis, mas que no fundo estão lhe machucando muito? Você sofre por falta de reconhecimento, falta de atenção, decepção, e infinitos outros exemplos? Ou ainda, tem sofrido pelos outros? Quando a pessoa que amamos está sofrendo, parece que sofremos ainda mais.
O importante é que cada um olhe bem dentro de si e busque todos os motivos pelos quais têm sofrido, dos menores aos maiores. Afinal, o que é muito para mim pode ser pouco para você e vice-versa. Proponha-se a escrever sobre isso, pois muitas vezes ao colocar no papel podemos mudar nossa percepção e identificar o que nos faz sofrer. Para ajudá-lo na busca pelas perguntas, pois precisamos aprender a perguntar para que as respostas venham, coloco abaixo algumas queixas freqüentes que chegam a mim e que podem ajudá-lo a identificar os seus motivos, afinal, só podemos mudar aquilo que identificamos.
Ele não me ama.
Meu relacionamento afetivo acabou.
Não recebo atenção e carinho do meu companheiro.
Fui traído, abandonado.
Não suporto mais tantas brigas, mas também não consigo terminar.
Ele não quer mais manter o relacionamento e eu ainda o amo.
Não sou reconhecido no trabalho.
Minha mãe não percebe meu valor, não reconhece nada do que faço.
E muitas outras.
Como podemos perceber as queixas são muito mais relacionadas aos relacionamentos afetivos, afinal nossas emoções podem nos equilibrar ou desequilibrar. Mas será que esses são os verdadeiros motivos? Muitas vezes aquilo que acreditamos que nos faz sofrer é apenas a ponta do iceberg, pois os reais motivos, em geral, estão ocultos, submersos, inconscientes, e só conseguimos identificá-los com muita reflexão e análise.
Vamos explorar algumas possíveis causas do sofrimento:
- Pensamentos negativos tipo: "nada posso fazer, as coisas são assim mesmo..." Onde esse tipo de pensamento irá levá-lo? Claro que há momentos em que somos impotentes, mas até nestes momentos podemos escolher entre nada fazer e aceitar essa condição de impotência ou ficar sofrendo com lamentações. Há pessoas que são viciadas em pensamentos negativos mesmo que sua vida esteja bem. Os pensamentos simplesmente brotam, o que vai fazer a diferença é qual você irá alimentar, os negativos ou positivos. Sempre que vier um pensamento negativo, identifique sua origem e depois pense em algo positivo, uma situação alegre que viveu, isso irá ajudar a neutralizar os efeitos dos pensamentos negativos. Lembre que são nossos pensamentos que criam os sentimentos. Portanto, saiba que você pode escolher qual quer alimentar.
- Não ser ouvido: Queremos sim ser ouvidos, esperando ou impondo o momento para expressar nossos sentimentos, mas o quanto estamos dispostos a ouvir os problemas do nosso amigo, irmão, pai, esposa etc? Muitas vezes, a dificuldade em ouvir o outro é a mesma que sentimos em ouvir a nós mesmos. E você, já observou o quanto ouve a si mesmo? Talvez isso aconteça por não ter tido essa referência quando criança, onde ninguém o ouvia. Mas você pode começar a exercitar ouvindo mais a si mesmo, e depois aqueles que estão ao seu lado.
- Não aceitar. Algumas pessoas têm muita dificuldade em aceitar comportamentos diferentes daqueles que considera certo, principalmente, entre pais e filhos ou casais. Ser diferente não quer dizer ser errado. Mas o que é certo e errado? Por que não aceitamos a maneira do outro ser, sem querer ser o dono da verdade para mudar o outro? A aceitação faz parte do amar. Você não aceita o outro ou, na verdade, não aceita a si mesmo? Claro que a aceitação está diretamente relacionada às nossas crenças e valores, mas nem sempre percebemos ou atualizamos.
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores. Visite seu Site e minha Fan page no Facebook. Email: [email protected] Visite o Site do Autor