Uma das técnicas mais importantes para um caminhante espiritual é fazer seu Mapa astral e Numerológico, ferramentas maravilhosas para termos consciência de nossa frequência espiritual, desafios e tendências. Muitas pessoas fazem os Mapas e não se conformam que a realidade delas não seja a que está descrita no Mapa. Para outras, o mapa é perfeito. O que muda de uma pessoa para outra? O que isso significa? Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar, conseguiu tornar visível e prático a forma de enxergarmos nossos vínculos grupais e principalmente nossos vínculos de sangue, nossos emaranhamentos familiares. Nossos vínculos familiares são tão fortes que, muitas vezes, nossas experiências individuais passam em branco. Vivemos presos a essa alma coletiva sem nenhuma consciência.
Constelei uma pessoa, no começo do ano, que veio com seu Mapa astral e sua Revolução Solar em mãos. Esse Mapa mostrava toda sua força, liderança e prosperidade profissional, mas, na vida prática, ele não conseguia deslanchar em nada, ganhava e perdia dinheiro e nem tinha se encontrado profissionalmente, com quase 67 anos. Fizemos um trabalho de Constelação e o que foi mostrado é que sua família inteira só olhava para as perdas. Perdas de pessoas, perdas de relacionamentos e perdas financeiras. Também foi mostrado que isso vinha de uma bisavó, matriarca que tinha muito dinheiro ganho com terras, plantações e fazendas. Ela teve um amante, foi traída por ele e seu filho mais velho, que tomara as dores da mãe, foi assassinado pelo amante dela. Depois disso, todos só olhavam para este fato, como se o tempo e a vida de todas as gerações estivessem, de alma, ainda aprisionadas nessas dores. Todos da família eram separados, viviam com medo de traição, ainda que nunca tivessem sido traídos.
Essa pessoa não se lembrava dessas histórias, mas, quando começou a constelação, ele disse que ultimamente muitos da família, inclusive no último natal, começaram a falar a respeito disso.
Para a espiritualidade, não há tempo. Para a espiritualidade, o problema de um, é problema de todos do grupo. Existe uma memória coletiva que atua em todos e, enquanto isso não for olhado com consciência, sem julgamento, todos sentem e vivem parados sem olhar para a própria vida, para o próprio desenvolvimento.
Vou contar agora duas experiências de como o Coletivo Profissional atua em todos:
Eu estava viajando de avião para Salvador e um comissário da Cia Aérea me disse, como que do nada: "Na nossa Companhia, existe um lema que "se algo sai errado, todos sentem" e me contou que, num acidente aéreo ocorrido anos atrás, todos os funcionários que trabalhavam em terra e que embarcaram as pessoas daquele voo, que sofreu o acidente, ficaram doentes.
Anos atrás, também num voo da Itália para o Brasil, muitas pessoas passaram mal, desmaiaram, comissários brigaram, o Comandante veio dar bronca numa Comissária que começou a chorar e não conseguia mais trabalhar. Eu estava acordada e acabei ajudando com a única coisa que eu podia fazer no momento: o Reiki. Depois que tudo havia se acalmado, o Comandante me chamou na cabine e eu, achando que iria tomar uma bronca também, deparei-me com "outro" Comandante, ele falou: Obrigado por sua ajuda. Você não notou nada de diferente nesse voo? E, sem saber o que responder, eu disse: Não, acho que não. Ele me contou: "Esse voo já começou errado porque não havia tripulação suficiente e tivemos que pegar uma tripulação de um voo que havia chegado da Ásia, eles descansaram um pouco e depois trocamos o turno com eles. Quando algo começa errado, precisamos de muito esforço para corrigir essa energia que, aparentemente, de forma invisível, atua de forma tão real... que todos sentem, inclusive os passageiros".
Aprendi muito a enxergar como o trabalho de equipe não envolve somente a atividade em si, mas a responsabilidade de fazer o certo para todos é somente o espelho do que já acontece em nossa família. E isso também inclui casamento, sociedade e amizades.
Precisamos olhar para nossos vínculos, para nossa família de outra forma. Perceber quantas histórias se repetem há gerações; perguntar as histórias de nossos antepassados nos faz ter consciência que: somostodosum... e que por isso, através de nós, TUDO pode ser diferente. Está em nossas mãos agora esse serviço espiritual, para que as futuras gerações não fiquem com memórias inconscientes e traumas que nós não conseguimos transpor.
Obrigada, Sérgio! Realmente somos todos um!
por Simone Arrojo
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Sobre o autor
Simone Arrojo é apresentadora do programa Virando a Página, na Rádio Mundial, aborda assuntos relacionados a Constelação Familiar e Autoconhecimento.
Trabalha com Grupos todas às terças e quintas-feiras; Atendimentos Individuais com Constelação Familiar; Palestrante e Organizadora de Projetos de Qualidade de Vida e Constelação Sistêmica em Empresas; Dirige Grupos em Viagens a Lugares Sagrados em vários países para trabalhos terapêuticos. Email: [email protected] Visite o Site do Autor