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Magia Judaica - Parte 3

Magia Judaica - Parte 3
Publicado dia 4/8/2020 11:35:19 AM em Autoconhecimento

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Os ritos de proteção de áreas familiares e profissionais dos judeus incluem orações e cerimônias especiais, mas no passado, acima de tudo, nós víamos de forma muito presente os amuletos e objetos apotropaicos nestes locais.

Nós podemos encontrá-los ainda hoje, em lares judeus, com algumas variações locais, mas utilizando fórmulas comuns e tradicionais. Eles são colocados ou pendurados em lugares específicos da habitação, e o mais conhecido é a Mezuzah; Ela é uma caixinha/ envelope, que pode ser de metal ou madeira, que contém dentro de si uma oração (os 2 primeiros parágrafos do Shemá Israel, contidos em Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21), e deve ser fixada no umbral direito da porta (a moldura/batente de madeira que segura a porta). Esse é um mandamento bíblico, contido em Deuteronômio (Parashat Vaetchananv) 6:9: "e as escreverás nos umbrais (Mezuzot) de tua casa e nas tuas portas".

No verso do pergaminho, estão escritas as letras hebraicas Shin, Dalet e Yud, que formam o acróstico das palavras Shomer Daltot Israel ("Guardião das casas de Israel"). Uma abertura na caixinha mostra parte do pergaminho, simbolizando assim que a Palavra Shaddai/Divina deva ser vista.


Aqui vemos duas Mezuzahs, à esquerda uma de madeira, do séc 17 ou 18, e à direita uma de prata, ainda com o pergaminho dentro, provinda da Algéria (séc 19)



A declaração final chega a ser engraçada, quando olhamos toda a cultura judaica de amuletos em retrospecto.


Num passado não muito distante, além da Mezuzah havia, na entrada das casas ou do seu limiar, outros amuletos em papel para evitar o acesso aos demônios e epidemias, assim como ratos, cobras e escorpiões. Além dos amuletos personalizados, realizados por peritos de práticas de Cabala, certas fórmulas e imagens serviram como modelos para a produção de amuletos genéricos, difundidos em grandes quantidades graças à criação da imprensa.



Interessante observar esse desenho, pois ele traz dois pássaros como que espelhados. Tenho absoluta certeza de que o designer tentou reproduzir esse símbolo:


Candelabro de uma sinagoga alemã do séc. 15


Essa é uma Águia de duas cabeças, que apareceu primeiramente nas sinagogas da área dos judeus Askhenazis (Alemanha e leste da Europa, Ucrânia incluso). É um símbolo que está identificado com a realeza (foi usado como brasão pela Rússia e pelo Império Romano) mas também com o afastamento de maus espíritos.

por Acid

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Sobre o autor
acid
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