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Seu casamento está em crise? Quer resolver? Comece por você!

Seu casamento está em crise? Quer resolver? Comece por você!
Publicado dia 4/8/2020 11:35:22 AM em Psicologia

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Como está o relacionamento com seu parceiro? E como está sua relação consigo mesma? O que um tem a ver com outro? Tudo! Enquanto você não aprender a identificar suas necessidades emocionais que não foram supridas nos primeiros anos de vida, tenderá a buscar isso no relacionamento. Calma... isso acontece de forma inconsciente, mas precisa saber disso para começar a identificar.

Parece que quando amamos, nos deixamos de lado e só vemos o ser amado. Fazemos de tudo para agradá-lo e, ainda assim, parece que nunca conseguimos. Mas será que agir assim agrada a você? Provavelmente, não! Antes de agradar ao outro, tem que saber agradar a si mesma! Conhecer-se mais! Identificar suas necessidades emocionais! Conhecer suas crenças! Como fazer isso? O mais indicado é buscar um profissional de confiança e iniciar um processo de autoconhecimento.

Mas também pode começar sozinha. Pense por alguns minutos nas suas lembranças de infância. Quais são? Se encontrasse com sua criança agora, o que ela pediria?... Pense sobre isso e como suprir suas necessidades. O que tem feito por você? O que gosta de fazer? O que está impedindo de fazer mais por si mesma? É, muita coisa para pensar!

A falta de diálogo com o companheiro é uma das causas mais comuns de conflitos e o caminho mais certo para uma separação. Em geral, as pessoas não têm o hábito de conversar consigo mesmas, então, como irão conseguir se comunicar com o outro? Sim, converse muito consigo mesma, pode ser escrevendo tudo que sente e refletir depois. Vai ajudar muito a organizar sua mente e se conhecer melhor.

Outro fator que pode interferir muito no relacionamento e também tem a ver com os primeiros anos de vida são as repetições de padrões. O inconsciente tende a repetir tudo que viveu, ainda que sejam maus-tratos. E sendo assim, você pode estar vivendo exatamente aquilo que nunca mais queria viver. Pense como era seu ambiente na infância. O que prevalecia? Tinha diálogo ou violência? Paz ou brigas constantes? Você sofreu algum tipo de abuso? O que você sentia? Será isso que está vivendo/sentindo no relacionamento atual?

Ainda temos as crenças, que podem limitar e também são aprendidas nos primeiros anos de vida. Se você ouvia constantemente: "casamento é para sempre ou em nossa família nunca teremos divórcio", poderá ter muita dificuldade em se separar pela crença aprendida muito cedo e que ficou gravada em seu inconsciente, e que como já sabe agora, ele tenderá a repetir como verdade absoluta. Quais eram as frases que ouvia e que podem estar lhe impedindo de agir como deseja? Crenças precisam, e devem, ser atualizadas. Quais são as suas?

Como pode perceber, uma crise no relacionamento pode ter várias causas, que podem ter origem na sua história de vida. Para identificá-las é preciso muita coragem para olhar para o que tem lhe machucado e por medo do que pode ser identificado, você ignora como se nada estivesse acontecendo. Resultado: foge da verdade trabalhando mais, comendo mais, dormindo mais, envolvendo-se em relações passageiras sem vínculos. Ou seja, fará de tudo para evitar pensar e principalmente sentir. E se continuar a ignorar o que sente, os conflitos começam a se acumular, a crise se instala e poderão surgir sintomas físicos. Assim, vai se machucando, acumulando mágoas e ressentimentos, sentindo como se não fosse digno de ser amada. Mas será que tem que ser sempre assim? Não, com certeza, não!

Lembre-se: "Há três possibilidades de mudança na relação: o eu, o outro, a relação. A única que depende exclusivamente de você é o eu! O outro depende dele. E a relação, dos dois".


por Rosemeire Zago

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Sobre o autor
zago
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores.
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