No alto do zimbório, abre-se o portal espiritual...
No chão, as estrelas aparecem.
No coração dos presentes, o equilíbrio do Céu com a Terra.
Enquanto a Luz preenche a nave-sala
Os chacras de todos tornam-se sóis-flores.
Muitos espíritos vêm de longe, só para estar aqui nessa egrégora**.
Eles esperam juntar os pedaços de seus sonhos partidos.
Na atmosfera da pequena sala, a imensidão...
Na poeira do chão, o brilho das estrelas.
Muitos espíritos vêm para juntar os cacos da vida que deixaram...
Quando os sóis-flores irradiam o néctar espiritual, eles melhoram.
E, no bojo espiritual da nave-sala, eles são preenchidos pela Luz do Eterno.
É como uma Canção de Amor viajando por entre os planos...
E muitos mentores extrafísicos*** operam nessa assistência invisível.
Então, os sóis-flores aumentam o brilho nas ondas do Bem...
São como faróis na noite escura de muitos espíritos perdidos.
Quando as estrelas brilham no pó, muitos acham o caminho...
E os cacos se juntam, os sonhos renascem e os espíritos se reencontram.
No bojo da nave-sala, o Todo**** é o comandante!
P.S.:
Na música que vibra no ar...
Na alegria dos amigos que trabalham juntos...
Nos sóis-flores que brilham por Amor...
Na manifestação do Eterno no temporário...
Na Luz que a tudo permeia...
O mesmo Sopro Vital da Consciência Cósmica.
Ah, quando os corações são generosos, tudo muda para melhor.
E quando a nave-sala decola para o Céu, os espíritos voltam para casa...
Sim, voltam para a imensidão da vida, que pulsa em todos os planos.
E quem, de coração, compreende isso, sabe por onde segue...
(Dedicado aos meus parceiros de trabalhos de assistência da salinha do IPPB, que se reúnem comigo todas as quartas-feiras para irradiar energias a favor do Bem da humanidade. São amigos, físicos e extrafísicos, que se reúnem na sintonia dos mesmos propósitos sadios de verter o Bem sem olhar a quem.)
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
- Notas:
* Escrevi essas linhas durante um trabalho de assistência espiritual na salinha do IPPB (adjacente ao salão principal). E estou disponibilizando o texto aqui por um motivo: há muitos outros grupos espirituais, de várias linhas, espalhados por esse mundão de Deus... e eu sei que eles também são naves-salas onde o Amor e a Luz do Alto se manifestam. Então, tudo o que eu escrevi aqui é extensivo para os estudantes e trabalhadores desses lugares, pois somos parceiros interplanos dos mesmos propósitos conscienciais.
** Egrégora - do grego "Egregorein", que significa "velar", "cuidar" - é a atmosfera coletiva plasmada espiritualmente num certo ambiente, decorrente do somatório dos pensamentos, sentimentos e energias de um grupo de pessoas voltado para a produção de climas virtuosos no mundo.
É a atmosfera psíquica resultante da reunião de grupos voltados para trabalhos e estudos baseados na LUZ. Pode-se dizer que toda reunião de pessoas para a prática do Bem e da Virtude - independentemente de linha espiritual - forma uma egrégora específica, uma verdadeira entidade coletiva luminosa, à qual se agregam várias outras consciências extrafísicas alinhadas com aquela sintonia espiritual para um trabalho interconsciencial.
Provavelmente foi por isso que Jesus ensinou: "Onde houver dois ou mais em meu nome, aí eu estarei."
Muitos dizem que não se deve misturar egrégoras de trabalhos diferentes, porém, quando o Amor se manifesta, desaparece qualquer ideologia doutrinária, e só fica o que interessa: a LUZ.
No dia em que os homens despertarem para climas mais universalistas e cosmoéticos, com certeza esse mundo será melhor de viver.
Viva a LUZ, pouco importa o nome, o grupo ou a doutrina que fale dela. E viva os mentores espirituais que ajudam a todos, independentemente de credo, raça ou cultura esposada.
Obs.: Ver o texto "Consciência, Egrégora e Responsabilidade Espiritual", postado nesse: link
*** Mentores extrafísicos - entidades extrafísicas e positivas que ajudam na evolução de todos; amparadores extrafísicos; protetores astrais; auxiliares invisíveis; guias espirituais; benfeitores espirituais.
**** O Todo - expressão hermética para designar o Poder Absoluto que está em tudo. O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos
***** Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som a linda canção "Shining Star" - de uma das bandas americanas de rock progressivo que adoro, o Spock's Beard. Se alguém quiser ouvi-la, o seu link no Youtube é o seguinte:
(Mais dois links de lindas canções deles):
"Open Wide the Flood Gates" - link
"June" - link
Obs.: Deixo, na sequência, um lindo poema de Rabindranath Tagore, como um corolário de Luz ao final desses escritos.
A COLHEITA*
(Parte 25)
- Por Rabindranath Tagore -
O pássaro da manhã já está cantando. Quem é que lhe traz as notícias do dia antes que desponte o amanhecer, quando o dragão da noite ainda mantém o céu preso em suas escuras e frias espirais?
Pássaro da manhã, conta-me como foi que o mensageiro do Oriente encontrou o caminho para chegar ao teu sonho, em meio à dupla noite do céu e das folhas?
O mundo não acreditou quando gritaste: "A noite se foi! O sol está chegando!"
Desperta, ó tu que dormes!
Descobre tua fronte, esperando a primeira bênção da luz e, cheio de alegre fé, canta junto com o pássaro da manhã.
(Extraído do livro "Poesia Mística - Lírica Breve" - Editora Paulus).
- Nota:
* Rabindranath Tagore - escritor indiano, nasceu em Calcutá em 1861 e desencarnou em Bengala em 1941. Depois de educação tradicional na Índia, completou a formação na Inglaterra entre os anos de 1878 e 1880. Começou sua carreira poética com volumes de versos em língua bengali. Em 1913, recebeu o prêmio Nobel de literatura. Desde então, traduziu seus livros para o inglês, a fim de lhes garantir maior difusão.
Em suas poesias, Tagore oferece ao mundo uma mensagem humanitária e universalista. Seu mais famoso volume de poesias é Gitânjali (Oferenda poética).
Fundou, em 1901, uma escola de filosofia em Santiniketan, que, em 1921, foi transformada em universidade.