É fácil ajoelhar-se e reverenciar algum Ser admirável.
Difícil é seguir o seu exemplo e tornar-se admirável também.
A devoção cega leva à estagnação do discernimento.
No entanto, a admiração sadia leva ao crescimento consciencial.
Adoração cega não é Amor, é ilusão emocional.
Pois, o Amor real leva ao progresso e ao compartilhamento de atitudes sadias e desprovidas das presilhas psicológicas do apego.
Reverenciar o Alto para evoluir e ascender é ótimo.
Porém, fazer isso para rebaixar-se e somente encostar o próprio discernimento na exacerbação emocional densa é complicado.
Amar o Divino não significa deixar de discernir.
Gostar de algum Ser de Luz não significa "fechar pacote" com alguma doutrina criada pelos homens da Terra.
Amar o Divino, e não ao próximo, é inversão de valores.
Entretanto, amar o Divino percebendo-O no próximo, seja quem for, e também em si mesmo, é sempre motivo de intensa alegria.
P.S.:
Admirar, para crescer.
Amar, para compartilhar.
Saber, para ensinar.
Abrir a mente, para aprender.
Serenar o coração, para sintonizar a paz.
E reconhecer que mestre e discípulo, velho e criança, homem e mulher,
espírito e corpo, tudo é expressão do mesmo UM Imanente, Causa, Glória e
Vida de todos.
O Todo está em tudo!
Paz e Luz.
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
- Nota:
Enquanto eu editava essas linhas, rolava aqui no meu som a música "Atonement", do tecladista americano Kevin Wood. Então, posto, na sequência, o seu link no Youtube.