Prendam seus bodes que nossas cabras foram soltas!
Publicado dia 4/8/2020 11:35:28 AM em Almas Gêmeas
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Ouvi a vida toda comentários e ditados machistas, colocando a mulher num lugar de não-escolha, de não-direito, especialmente no que se refere à sua sexualidade e ao seu prazer sem culpa ou julgamentos explícitos.
Mas esse ditado especificamente ("Prendam suas cabras que meu bode está solto") era absolutamente o que mais me indignava. Era o que evidenciava a animosidade da situação, o descontrole emocional e afetivo, a irracionalidade.
Sem contar que, modéstia à parte, sempre fui boa em matemática. Pelo menos matemática simples. E a equação por trás dessa ideia de que "os homens podem e até devem" e "as mulheres não devem e muito menos podem" fazer sexo com quem quiserem, nunca fez sentido.
Afinal, se eles podem e elas, não. com quem eles fariam? Somente com outros homens? Olha, sempre quis ver um machista de plantão explicar essa conta!
Mas eu sei. Não era isso. Nunca foi assim! A questão é que quem sustenta esse tipo de crença, em geral reprime e cerceia suas próprias cabras mas, ao contrário, por vezes até incentivam seus bodes a investirem sobre as cabras alheias, ou sobre as cabras que julgam indignas de "respeito".
Hipocrisia. Moralismo. Machismo. Patriarcalismo. Recalque. Controle. Religiosidade distorcida. Preconceito. Falta de informação. Medo de si. Ignorância sobre como lidar com seu próprio desejo. Incapacidade de reconhecer e lidar com seus sentimentos.?
Não sei. O que sei é que fico imaginando o que aconteceria se algumas culturas chegassem a esse ponto: o de achar que o melhor é prender seus bodes porque as cabras foram soltas.
Não que eu deseje isso, mas talvez fosse divertido se divertir com a situação. Ou melhor, eu já sei: não seria nada divertido. Seria tão patético e inaceitável quanto o oposto.
O que desejo mesmo é que cheguemos ao ponto em que bodes e cabras possam viver livremente, soltos, liberando seus feromônios e se aproximando e se enxergando de forma espontânea, em sintonia com a dinâmica sagrada, divina e maravilhosa da própria natureza!
E já que cabras e bodes aqui estão apenas representando o contexto de homens e mulheres, estou falando de humanidade. Nada a ver com de libertinagem, bacanal ou excessos. Tudo a ver com escolhas.
Estou falando de consciência, presença e respeito. Estou falando do direito que nos foi dado de exercer nossa sexualidade com inteligência e de forma saudável. Para tanto, não é de sexismo ou de repressão que precisamos. Mas de conhecimento, esclarecimento e liberdade de expressão.
Para que o exercício sexual possa, enfim, ser praticado com integridade, verdade, inteireza, inclusão, delicadeza e em absoluta harmonia com o coração de cada um.
Chega de exercermos sobre quem quer que seja, ou deixar que exerçam sobre nós, qualquer tipo de controle subversivo e cruel que inclua como arma o dinheiro, a comida ou o sexo.
Porque a vida e o amor só têm a ganhar quando a sexualidade é o que é - um intenso e delicado compartilhar de energias, sentimentos, sensações e, acima de tudo, amor por si mesmo. Autoestima. Noção de merecimento e de poder pessoal!
Escolha. Querer. Sempre podemos dizer sim ou dizer não. Para o que quer que seja.
E desejo que você queira ou não queira a partir do alinhamento que aprender a fazer entre o que pensa, sente, fala e faz. E que tudo isso esteja em sintonia com o que vai na singularidade de sua alma!
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por Rosana Braga
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Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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