Por que parece que só as mulheres precisam cuidar da relação?
Publicado dia 4/8/2020 11:35:28 AM em Almas Gêmeas
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Outro dia, uma aluna do meu curso VIVA O AMOR QUE VOCÊ MERECE, depois de terminar o primeiro módulo e se sentir bastante mexida (e até um pouco brava com o que descobriu sobre si mesma), me mandou um email com essa pergunta.
Eu respondi mais ou menos assim: "Em primeiro lugar, parabéns por ter se dado conta de que nós, mulheres, e - no caso - você precisa cuidar do seu relacionamento. Mas o fato é que não somente nós precisamos fazer isso...".
E continuei dentro do contexto da história dela. Mas, aqui, gostaria de responder a todas as mulheres que, num momento qualquer, já tenha se sentido incomodada com essa ideia de que somente nós, ou principalmente nós, temos esse foco de cuidar da área afetiva.
Isso não é de fato uma verdade e é importante ressaltar que, cada vez mais, os homens se importam e buscam conhecimento e formas de se tornarem mais preparados para cuidar de suas relações amorosas.
Inclusive, tem semanas em que atendo individualmente mais homens do que mulheres e ficam nítidos a vontade e o empenho deles no exercício de amar.
A questão, portanto, não me parece que seja ficarmos medindo quem cuida mais ou quem se interessa mais pelo assunto. Poderia justificar essa "tendência feminina" ao cuidado por diversas abordagens diferentes, mas será mesmo que isso pode (ou deva) parecer pejorativo de alguma forma?
Será que, muito pelo contrário, não deveríamos nos orgulhar dessa busca e desse desejo de construirmos encontros mais saudáveis e íntegros?
De que vale estar com alguém se não for com autenticidade e entrega, por mais arriscado que isso possa parecer - ou de fato ser?
De que vale compartilhar a vida com outra pessoa se não for para se sentir à vontade a ponto de conseguir expor seus sentimentos?
E isso inclui medos, fragilidades, percepções dos próprios erros, e tudo que aprendemos a vida toda que é perigoso demais mostrar, como ciúme, raiva, carência e talvez até um certo pavor de ser abandonado ou trocado?
Não estou defendendo que você transforme seu relacionamento num muro de lamentações e muito menos que acredite que o outro é responsável por resolver seus conflitos, tapar seus buracos internos ou curar suas feridas.
Mas estou propondo, sim, que você se permita estar por inteira nesse encontro. Que você busque crescimento, amadurecimento e autoconhecimento, sim, sempre, seja por meio de psicoterapia, cursos, leituras e várias outras formas existentes e muito eficientes.
E que, sobretudo, possa compartilhar toda essa lapidação do seu amor próprio - que tanto beneficia o encontro a dois e que é tão cheia de significados - exatamente com essa pessoa. A pessoa que você ama. Sua parceria para a vida.
Porque se não for com esse nível de interesse e dedicação, com esse nível de comprometimento e de atitude, ainda assim, ok, a sua relação vai ter uma função extremamente importante - que é sempre a de fazer você evoluir, em todos os sentidos.
Mas isso vai acontecer por meio de boa dose de sofrimento: conflitos, brigas, frustrações, agressões e até a lamentável destruição de sua autoestima e de sua integridade.
Agora, se você assumir esse nobre e gratificante olhar interessado para o seu encontro de amor, ah. então você poderá usufruir do indescritível prazer de experimentar sensações como conexão, reciprocidade, autenticidade e muito, muito amor de verdade.
Amor daqueles que valem a pena viver com todo o seu ser, toda a sua alma e todo o seu coração!
>> Para saber mais sobre o trabalho da Psicóloga e Escritora Rosana Braga, acesse ou siga pelo Instragram: @braga_rosana
por Rosana Braga
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Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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