Publicado dia 4/8/2020 11:35:28 AM em Almas Gêmeas
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Quando idealizamos um relacionamento, nem sempre temos maturidade o suficiente para compreender que qualquer convivência - especialmente uma tão íntima quanto um encontro amoroso - gera conflitos, sentimentos difíceis e capacidade de superação.
Sabiamente disse Sartre: "O inferno é o outro". Afinal, é a existência do outro e tudo o que ele é quem nos coloca diante da frustração, da decepção e da sensação de fracasso.
E se é assim, então por que desejamos tanto nos relacionar? Porque para além do arsenal de aprendizados possibilitados pela dor, é também no encontro com o outro que podemos vivenciar as mais indescritíveis, maravilhosas e prazerosas experiências.
O exercício do amor nos conduz à plenitude de ser. A capacidade de conexão engrandece nossa existência e dá sentido ao que racionalmente não conseguimos decifrar.
Mas para que a evolução de fato aconteça, será preciso não só descobrirmos como, principalmente, praticarmos 3 preciosos segredos da arte de compartilhar vida.
1- Ceder
Amor é doação. Mas não um doar desrespeitoso e desencontrado. Há de haver compasso no sagrado ato de ceder, de deixar o outro conduzir o ritmo e segui-lo com confiança e doçura. Portanto, ceder é sempre via de mão dupla. Não contabilizado com calculadora e nem medido com régua, mas feito sabedoria amorosa que sente e reconhece o coração que bate ao seu lado. Ceder é abraçar o humano no outro e ser feliz com a felicidade dele. É ser em si ao mesmo tempo em que se é no outro. É entrelaçamento de almas que se nutrem no delicado movimento de amar.
2- Flexibilizar
No encontro com a singularidade do outro, fica em evidência também a nossa própria. E isso inclui todos os nossos potenciais, mas também tudo o que permanece em nós de modo infantil e inconsciente. E o que é imaturo e desconhecido causa medo. E o medo nos faz enrijecer, tensionar e endurecer. Perdemos a suavidade diante de nossa própria escuridão. E nesse contexto o amor não encontra espaço para florescer. É preciso aconchego e acolhimento para que o exercício divino de amar não nos cause ferimentos excessivos a ponto de nos incapacitar para a vida.
3- Negociar
E para quando não houver consciência para flexibilizar e nem sabedoria para ceder, que prevaleça a honra e a justiça. Ainda que pareça descabida diante da sutileza do amor, a arte da negociação resgata os desencontros, abrevia o abismo das mágoas e viabiliza o recomeço - tão essencial em alguns momentos de uma relação. Negociar é expor seus argumentos sem desconsiderar os do outro. É ajustar as arestas sem cortar o que realmente importa para cada um. É fazer combinados que acalmam ânimos e apaziguam as diferenças.
E se você conseguir praticar esses segredos, ora cedendo, ora flexibilizando, ora negociando, eu não tenho como prever se esse encontro será para sempre, mas posso garantir que em qualquer tempo você estará fertilizando seu universo amoroso e conquistando o raro celeiro de afetos para toda a vida!
>> Siga a autora no Instagram: @braga_rosana
por Rosana Braga
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Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
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Publicado dia 4/8/2020 11:35:28 AM em Almas Gêmeas
