Publicado dia 4/8/2020 11:35:29 AM em Almas Gêmeas
Compartilhe
Outro dia, fiz essa pergunta para os meus seguidores do Insta e Face e dei 3 opções para que escolhessem o que cada um acreditava que eu faço quando estou com ciúmes.
As opções eram as seguintes:
Finjo que não estou nem aí!
Fico muito brava e vou tirar satisfação.
Falo o que estou sentindo e o que está me incomodando.
Confesso que o resultado foi surpreendente para mim. Porque por mais que eu saiba que as pessoas costumam idealizar umas às outras e, especialmente, alguém que é psicóloga especialista em relacionamento e autoestima, não imaginei que os percentuais seriam tão diferentes.
O fato é que 14,55% das pessoas acreditam que eu finjo que não estou nem aí quando estou com ciúme! Apenas 3,65% que eu fico brava e vou tirar satisfação! E 82%, que é um número bem alto, acreditam que eu falo o que estou sentindo e o que está me incomodando!
Claro que a atitude mais madura e eficiente é a de falar o que a gente está sentindo e o que está incomodando. Ou seja, o mais acertado é ter clareza na comunicação, assumir que os sentimentos são nossos e criar um vínculo e uma cumplicidade com o parceiro.
Mas dois pontos dessa questão chegaram a me preocupar.
O primeiro é que ainda existem pessoas que acreditam que fingir não estar sentindo nada é uma boa opção. Ou seja, vivem "de mentira", mascaradas, protegidas, não entregues, negando sua vulnerabilidade, fazendo "joguinho" na ilusão de que isso fará com que pareçam mais seguras e bem-resolvidas do que o outro.
Porém, realmente aposto (por tudo o que estudo e vivencio nas minhas sessões de psicoterapia com meus pacientes) que quando não podemos nos posicionar por inteiro, com toda a nossa força, mas também com toda a nossa fragilidade, torna-se impossível construir um relacionamento afetivo baseado em conexão e verdade.
Portanto, não, eu não finjo que não estou nem aí! Essa não é uma opção, até porque eu nem conseguiria. Ao longo desses 25 anos de processo de autoconhecimento, meu canal emocional felizmente está desobstruído. Sei que sempre terei ajustes a fazer, mas fingir não faz parte deles.
E o segundo ponto é que menos de 4% acreditam que eu fico brava. E eu fico. Várias vezes. Sim, mais vezes do que gostaria, mas fico e compreendo que esse comportamento faz parte da minha personalidade intensa, bem como da minha vulnerabilidade. Sem contar que considero humano e compreensível que nem sempre conseguimos demonstrar o que estamos sentindo de modo elegante, equilibrado e maduro.
E ainda que eu seja uma estudiosa do tema, também sou humana, mulher e tenho crenças a serem observadas e cuidadas para sempre, como todas as pessoas conscientes de sua história e de seu passado.
Enfim, a ideia desta reflexão é que eu, você e todos aqueles que estão empenhados em evolução afetiva e pessoal, consigam aceitar que não existe o ponto da perfeição ou a linha de chegada. O trabalho é para sempre. A vida é um constante movimento de erros e acertos, aprendizados e enganos, dores e prazeres.
Assim como a onda do mar que avança e recua, e assim como a lua que se torna plena para, em seguida, esvaziar-se, e assim como o dia ilumina e a noite escurece, fazemos parte de um ciclo sagrado cujo objetivo é ganhar em sensibilidade, percepção e amorosidade.
Que possamos cada vez mais sentir e, de bem com todos os sentimentos, tornar o mundo um lugar bem mais acolhedor!
por Rosana Braga
Consulte grátis
Avaliação: 5 | Votos: 139
Sobre o autor
Rosana Braga é Especialista em Relacionamento e Autoestima, Autora de 9 livros sobre o tema. Psicóloga e Coach. Busca através de seus artigos, ajudar pessoas a se sentirem verdadeiramente mais seguras e atraentes, além de mostrar que é possível viver relacionamentos maduros, saudáveis e prazerosos.
Acesse rosanabraga.com.br para mais conteúdos exclusivos! Email: [email protected] Visite o Site do Autor