Nesse período tão difícil enquanto o mundo enfrenta essa pandemia de um novo Coronavirus, tenho tirado muitas vezes o mesmo Arcano do Tarot: O Julgamento. Quem me segue no meu canal do Youtube - onde publico as Previsões semanais e os Conselhos do Tarot - deve ter reparado que alguns Arcanos retornam mais frequentemente. Os baralhos do Tarot como o conhecemos atualmente tiveram sua origem nas cortes italianas do Renascimento. Os 22 Arcanos Maiores do Tarot arquétipos, ou seja, modelos de manifestação que são comuns a todas as civilizações humanas desde a antiguidade. Os 'caminhos' representam energias em movimento e ligam entre si as Sefirah (ou Esferas) que são modelos de organização biológica de pura energia manifestada. Através das imagens dos Arcanos Maiores e da compreensão de seus símbolos, é possível compreender os estados de transição ou os momentos energéticos que estamos atravessando num determinado período de nossa vida e podemos encontrar os meios para atuar em determinadas situações de forma prática. Se pensarmos no Livre Arbítrio, deduzimos que a tiragem de um determinado Arcano no lugar de outro pode ser simplesmente um conselho, uma indicação, e não uma obrigação! Por essa razão, a tiragem de uma simples lâmina num momento de dúvida, pode ser muito útil para nos aconselhar numa determinada direção e não em outra. Portanto, esse método pode acompanhar uma terapia de aconselhamento nos períodos mais difíceis que enfrentamos na vida, por exemplo.
E o aconselhamento astrológico, pode ter a mesma função? Temos Livre arbítrio no caso de uma Previsão Astrológica? Essa questão volta constantemente nas conversas com meus clientes. De fato, quando interpreto um Mapa Natal ou mais ainda quando faço a interpretação das Previsões Astrológicas, o cliente me questiona sobre o determinismo.
Geralmente, costumo responder com uma frase conhecida: "Os astros inclinam, mas não obrigam". Mas a questão deve ser examinada com mais cuidado. Na minha experiência como astróloga, e ao longo de mais de 30 anos de estudo e prática de atendimentos, compreendi uma coisa: o nosso Livre Arbítrio é muito pequeno! Naturalmente, os acontecimentos que são previstos no nosso Tema Natal dependem de nossas escolhas, e essas dependem de nossa forma de pensar e, portanto, de nosso condicionamento social e cultural. No que diz respeito às Previsões Anuais, podemos ter um pouco mais de livre escolha, pois o conhecimento prévio de um acontecimento eventual pode nos ajudar a contornar os momentos mais difíceis. Acredito que na medida em que nos conhecemos e vivenciamos as possibilidades de nosso Mapa, e com o aprendizado adquirido ao longo do caminho da vida, podemos sentir mais liberdade de ação. A Mandala Astrológica é como uma Roda da Vida, e não deve ser vivenciada sempre no mesmo plano pois a percorremos em espiral, 'sutilizando' o efeito dos fatos descritos desde o plano físico até os planos cada vez mais sutis e mais espiritualizados.
Carl G. Jung, o famoso psicólogo, costumava dizer que "Livre Arbítrio é fazer bem feito o que somos obrigados a fazer"! Para compreender essa frase, precisamos partir do princípio que para acreditarmos na veracidade dos fatos sugeridos pelos aspectos planetários em sua linguagem simbólica, precisamos acreditar que existe uma reencarnação do nosso espírito num corpo físico e material e que essa reencarnação é destinada à nossa evolução espiritual. Por essa razão, não faz sentido acharmos que o fato de nascermos num determinado momento cósmico seja simplesmente um mero acaso! Não existe coincidência no universo, mas somente sincronicidade. Precisamos partir do pressuposto que escolhemos o momento exato de nosso nascimento, em relação com a tarefa que teremos que cumprir durante nossa jornada na Terra. Para cumprir de forma adequada nossa missão evolutiva, nos é oferecido um veículo/corpo e nos são oferecidos os meios para evoluir. O veículo/corpo, com suas características, imprime uma personalidade única. O meio ambiente onde teremos que desempenhar nossas funções, (família, meio social, cultural) representam os desafios. As ferramentas representam os meios intelectuais e caracterológicos que nos são oferecidos em cada encarnação. Nosso Livre arbítrio depende de tudo isso.
Todos nós chegamos a este mundo com uma bagagem cheia de ferramentas. Temos uma maleta cheia de coisas boas e também de coisas ruins. O nosso padrão de identificação espiritual, representado pelo signo solar em nosso mapa, nos indicará de que forma o espirito (Sol) usará o veículo (corpo) para percorrer o caminho da vida com a ajuda da Lua (condicionamento familiar e heranças ancestrais), e isso irá determinar de que forma ele, o Sol, irá usar os instrumentos contidos em sua bagagem. Gosto de usar a lâmina do Arcano VII do Tarô como metáfora: O Carro. Nessa lâmina, vemos representada uma carruagem, puxada por dois (ou quatro) cavalos ou esfinges (os quatro elementos da natureza) e conduzida por um homem. Em minha opinião, a carruagem representa o corpo (ou seja o veículo) ou seja, o Ascendente da pessoa, os cavalos representam a parte anímica e emocional de personalidade, conduzidos pelo Ego/Lua que guia os cavalos: Mercúrio para o aprendizado e a comunicação, Vênus para o prazer e satisfação física, Marte para a ação e impulso básico de sobrevivência e Júpiter para a expansão e para a conexão com a consciência cósmica. Nesse caso, Saturno representa os desafios, os percalços as dificuldades da matéria encarnada. O homem que conduz o veículo representa o nosso Sol, ou seja, o padrão de identificação solar e portanto o condutor real do veículo, o Eu Interior. É simples: se o condutor se deixa levar pelas emoções e pelas paixões e pelas necessidades físicas lunares e sub-lunares, não cumprirá a sua missão e não chegará ao seu destino. Serão então as emoções, as necessidades físicas e as satisfações materiais, ou seja, os cavalos, que conduzirão seu veículo pela vida afora. Portanto, a única forma de chegarmos de ao nosso destino evoluindo espiritualmente precisamos do autoconhecimento, precisamos conhecer o que nos foi dado como possibilidade nessa encarnação. Seja o Tarot que a Astrologia possuem os meios para ajudar você nesse autoconhecimento.
Portanto, se voltamos a pensar em Livre Arbítrio podemos nos perguntar: os fatos marcados no Mapa Natal ou nas Previsões Astrológicas irão acontecer? Eu acredito que ao tomarmos consciência de um determinado aspecto que provocará um determinado acontecimento, e ao assimilarmos a lição contida naquele símbolo, poderemos (em tese) evitar o desencadeamento de um fator físico. Esse é um conceito hermético que nos ensina que podemos transmutar uma energia mudando o seu estado de vibração. Mas esse é outro assunto. Leiam As Sete Leis Herméticas no meu site, clicando no ícone no fundo da página!
Por hora, vamos parar por aqui, pois o assunto é muito extenso e levaria muito tempo para ser discutido. Voltaremos a conversar sobre Livre Arbítrio, Destino coletivo e Destino individual em outros artigos.
Conhecer profundamente o seu próprio Mapa Natal, ajudará você a desenvolver todo o seu potencial. Quer compartilhar comigo suas reflexões e sua experiência? Me escreva ou envie um Whatsapp! Leiam também os artigos já publicados para saber mais sobre astrologia. Uma boa semana a todos e todas!
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