O tema acima proposto vem a calhar com o momento atual da nossa civilização, que retrata uma característica de intolerância, falta de paciência, egoísmo, vinganças, ódio, ou seja, falta de AMOR. Tal situação é característica de uma civilização no auge de seu declínio e no inicio de um novo ciclo.
Todo final de ciclo traz a quebra de sistemas e a mudança de valores e paradigmas, e como não poderia ser diferente, novamente carecemos de uma mudança radical se não quisermos cair junto com o velho mundo.
Nas ultimas civilizações o homem vem adotando um sistema de pensamento cartesiano em relação à natureza, à sociedade e a si próprio, desconsiderando a existência do Ser Humano como parte do ecossistema. Desta forma, o homem manipula as propriedades naturais do planeta e de seus “semelhantes” desrespeitando a tudo e a todos, começando por ele mesmo.
O sistema social de regras de comportamento “injetado” diariamente em nossas mentes, realmente lava nosso cérebro e nos transforma em verdadeiros robôs. Somos programados para fazer performances e coreografias do “Tchan”, usar uniformes como roupas pretas combinando com cintos e sapatos caramelo, e sempre estarmos atualizados sobre o que acontece no Show Business para não ficar sem “assunto”.
Tais detalhes do nosso cotidiano são muito sérios, pois fazem com que percamos nossa individualidade e esqueçamos que somos diferentes, e que possuímos gostos e vontades peculiares ao tipo de crescimento e formação de cada um.
Claro que todos temos o conhecimento de quem somos, mas quem realmente manifesta o que realmente é perante à sociedade ou aos diversos grupos dos quais fazemos parte?
O que acontece é que quando tentamos vivenciar nossa existência da forma mais verdadeira e essencial, esses grupos dos quais fazemos parte, não permitem que se saia do “padrão social adequado”.
Isto acontece quando aparecem as diferenças. Mas o grande problema não são as diferenças e sim o entendimento que se tem das mesmas.
Para entendermos um pouco mais sobre isto, devemos analisar onde somos iguais e onde entram as diferenças.
A igualdade existe na origem de cada um, e até o presente momento do desenvolvimento humano sabe-se que todos são originados de DEUS, o Big Bang, o Grande Pensamento, o Onipotente e Onisciente, e outras diferentes denominações de nossa Origem.
Sabemos também que para chegarmos até aqui, na condição de ser humano, passamos pelas mais diversas e numerosas experiências evolutivas, em diferentes locais, em diferentes tempos e situações, interagindo com e como diferentes Seres da natureza.
Considerando todo este caminho percorrido, o resultado, como não poderia ser diferente, somos nós. Seres Humanos com personalidades, características e valores exclusivos e inéditos.
Cada um de nos é único em todos os sentidos. Não existe ninguém nem nada igual a cada um de nós.
É natural que desta forma, não devamos esperar que nosso semelhante, suas idéias e manifestações sejam iguais ou "padronizáveis".
Creio que é neste ponto que se encontra a maravilha da Diversidade da Vida.
Se todos fossemos iguais em nossas experiências e em nossos resultados, existiria apenas um mundo estático e monótono sem o movimento dinâmico das trocas de nossas diferenças, e por conseqüência, sem evolução.
Por isso não ha como lutarmos contra nossas diferenças, tentando fazer com que o outro seja ou creia naquilo em que nós cremos, de acordo com nossas experiências.
As diferenças existem para serem trocadas e não rechaçadas. Mas para que isto aconteça devemos aprender a respeitar e valorizar as diferenças do outro, levando em consideração a riqueza de cada diferença e sua importância dentro do mais profundo sentido da Biodiversidade.
Sem a diferença, não ha troca;
Sem a troca, não ha movimento;
Sem o movimento não ha evolução,
E como já diz o ditado popular:
"Água parada dá dengue!"