Curvar os joelhos e fechar os olhos não significa curvar o ego ao Divino.
Agora mesmo há fanáticos diversos curvando os joelhos e orando, mas há violência em seus corações.
Quem curva o ego e abre o coração, pode andar de cabeça erguida no mundo, pois a sua lucidez se amplia para além dos campos de sua antiga arrogância. E os seus olhos brilham mais.
Quem ergue o ego, curva o próprio espírito e rebaixa suas vibrações aos campos da arrogância e do egoísmo.
Curvar os joelhos e fechar os olhos são apenas movimentos do corpo físico...
Porém, curvar o ego e abrir os olhos para além do "próprio umbigo" é movimento do espírito.
Alguém pode ter os joelhos marcados, mas o seu ego pode estar intacto...
No entanto, quando a consciência desperta da inércia a qual se deixou submeter-se pelo condicionamento, é o seu ego que fica marcado pelas lutas contra as suas próprias tolices.
Então, o orgulho cede lugar para uma imensa vontade de aprender e de se abrir para novos horizontes.
As brumas da violência que habitavam as dobras secretas de seu coração se dissolvem sob nova luz, filha direta de seu despertar...
E o discernimento preenche a câmara secreta do coração, portando uma mensagem que não deixa dúvidas quanto à sua procedência: "Sem amor ninguém segue..."
P.S.: Música que eu estava ouvindo quando editei estes escritos: "Secret Sarai - Part 3", do multi-instrumentista austríaco Gandalf.
Paz e Luz!
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.