Nesse mundo em constante evolução, onde as demandas emocionais e financeiras podem ser desafiadoras, a preparação abrangente se torna mais vital do que nunca. Por isso acredito que as conversas têm de ser constantes, como o esforço e o banho, diário, caprichado, chato, mas fazendo elas acreditarem que é importante sim!
A relação entre emoção e finanças em mulheres é um tópico complexo e até polêmico. As emoções desempenham um papel significativo nas decisões financeiras de todos, independentemente do gênero, mas existem algumas nuances que podem ser mais proeminentes na experiência financeira delas.
Muitas vezes, as mulheres são incentivadas a serem mais responsáveis financeiramente, o que pode levar a uma abordagem mais disciplinada em relação ao orçamento. No entanto, também pode haver momentos em que as emoções, como o estresse ou a impulsividade, levem a gastos excessivos ou decisões financeiras precipitadas.
O planejamento financeiro a longo prazo é crucial para a segurança financeira. As mulheres podem se destacar nesse aspecto, pois tendem a ser mais propensas a pensar no futuro e a considerar estratégias de economia e investimento para a aposentadoria. Suas emoções desempenham um papel fundamental na capacidade de tomar decisões financeiras independentes. Algumas mulheres podem sentir-se mais confiantes deixando esse assunto aos cuidados do parceiro ou profissionais financeiros, às vezes devido a inseguranças emocionais por maus exemplos de seus pais ou até a falta deles, em relação ao dinheiro.
Tenho como objetivo estimular minhas filhas, não apenas a conhecer várias áreas, mas também que possuam habilidades para gerenciar efetivamente suas emoções e finanças.
Abaixo alguns exemplos que considero importantes para criar um ambiente construtivo com minhas filhas, capacitando-as para os desafios emocional/financeiro que o futuro lhes reserva:
1. Liderando pelo exemplo comportamental para a educação
Tento transformar atividades cotidianas em oportunidades de aprendizado. Durante as compras no supermercado, gosto de envolvê-las na comparação de preços, na escolha de marcas mais econômicas e na evitação de compras impulsivas. Assim tento demonstrar decisões financeiras prudentes, que elas podem internalizar e "talvez" usar no seu futuro. Tento sempre lembrar a mim mesmo que isso é parte investimento e parte aposta de sucesso.
2. Diálogos abertos sobre dinheiro e emoções
Estimulo conversas regulares sobre dinheiro e emoções. Tento compartilhar experiências financeiras pessoais e discutir em como lidar com desafios emocionais relacionados ao dinheiro. Acredito que esse ambiente fica mais confortável para elas compartilharem suas preocupações.
3. Definindo metas financeiras em conjunto
Todo mês sentamos juntos para conversar sobre suas metas financeiras alcançáveis. Isso pode envolver economizar para um item desejado, como uma peça de roupa ou acessório. Insisto no processo de escolha entre um e outro acreditando num futuro de autodisciplina.
4. Aprendendo com erros financeiros
Errar faz parte e quando erro, faço questão de falar pra elas. Exponho minha frustração e comento sobre qual teria sido a melhor opção naquele caso, na esperança que elas aprendam com esse comportamento analítico.
5. Nutrindo a Inteligência Emocional e Financeira
Lembro sempre que as emoções como ansiedade ou entusiasmo podem influenciar decisões financeiras. Ao ensinar estratégias para fazer escolhas ponderadas em diferentes estados emocionais, espero que elas desenvolvam certa resiliência emocional.
Agora, vem o mais forte e pra mim o mais importante desde sempre:
6. Liberdade Financeira nas Relações
Um dos aspectos cruciais na educação das minhas filhas é ensiná-las sobre a importância da independência financeira, especialmente quando se trata de relacionamentos. Acredito que abordar esse tema vai prepará-las para a realidade das parcerias e a garantir que elas estejam capacitadas a tomar decisões informadas em relação ao dinheiro, seja com maridos ou namorados.
Eu ressalto a relevância de manter uma independência financeira saudável, mesmo em relacionamentos amorosos. Exploro a ideia de que, embora o compartilhamento de recursos seja comum em casais comprometidos, é vital que cada indivíduo mantenha uma base de recursos próprios. Isso não apenas proporciona segurança emocional, mas também garante que elas possam contribuir de maneira significativa para o relacionamento e tomar decisões alinhadas aos seus objetivos pessoais.
Além disso, discuto a importância de manter a transparência financeira dentro dos relacionamentos. Encorajo-as a conversar abertamente com seus parceiros sobre questões financeiras, definir objetivos conjuntos e estabelecer limites claros. Isso não apenas promove a confiança mútua, mas também ajuda a evitar desentendimentos e conflitos relacionados ao dinheiro.
Ensinar as meninas a cultivar sua liberdade financeira não se trata de evitar a colaboração ou o compartilhamento. Pelo contrário, trata-se de emponderá-las para que participem ativamente das decisões financeiras, compreendam o valor do dinheiro e sejam capazes de tomar decisões que respaldem suas aspirações, independentemente do relacionamento em que estejam envolvidas.
Ao adquirirem essa compreensão e habilidades, acredito que elas estarão preparadas para construir relacionamentos baseados em parceria, respeito e compreensão mútua, onde a independência financeira é valorizada e a tomada de decisões conjuntas é orientada por metas compartilhadas e individualidade.
Publicado dia 9/13/2023 4:09:55 PM em Autoconhecimento
