Charuto na mão, ombros erguidos, nariz empinado. Viva o macho, do alto de sua auto-suficiência gerada no seio da malta! Tão fortes, seguros, agressivos... Nutridos por seus iguais tornam-se deuses e senhores de todas as coisas. Apiedam-se dos devaneios e emoções confusas de suas parceiras, reservando-se o direito de interpretarem, avaliarem e julgarem os sentimentos alheios como se fossem mestres em psicologia humana e na alma feminina.
Grandes homens que diante das próprias dificuldades emocionais, correm tal qual garotos aos braços daquelas que, frágeis e instáveis, são agora seu porto mais que seguro. Com olhinhos de meninos assustados, encontram nas “despóticas” mentes femininas, o apoio, o aconchego e o espaço sereno para que suas angústias se desvaneçam.
Pobres mulheres que amam esses homens! Esperam demais, querem demais, exigem demais e decepcionam-se demais. Amam homens nobres, mas convivem com meninos egoístas. Abrem suas almas a uma pessoa e são expostas a tantas outras que nem sequer imaginam.
Entretanto as relações continuam...
Afinal, também são elas carentes, passionais e possessivas. Querem dedicação irrestrita, juras de amor e fidelidade. Buscam nos braços fortes o aconchego que as faça sentirem-se as mais belas, importantes e amadas criaturas sobre a face da Terra. E ai do homem que não cumprir essa missão!
“Tortura” emocional altamente elaborada com o uso das meias palavras, o dito pelo não dito, as livre interpretações, o silêncio e o derradeiro ar de menina ferida, são armas poderosas para se conseguir – da pior maneira possível – aquilo que se quer: ser o centro da vida dele e a razão de suas vidas. Quanta presunção!
Pobres homens que amam essas mulheres! Esperam demais, querem demais, exigem demais e decepcionam-se demais. Apaixonam-se por anjos e sonham com princesas, mas encontram meninas inseguras. Esforçam-se por dizer as coisas certas, porém quase sempre é tarde demais.
Triste vida onde os falsos encontros e os inúmeros desencontros – quer para os homens, quer para as mulheres – dificultam, atrapalham, impedem ou simplesmente adiam o melhor final e o único aspecto real em toda essa história: saber, sentir, viver e dizer AMO VOCÊ!
por Thais Delboni
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Sobre o autor
Thais Delboni é Psicóloga, trabalha há 16 anos com Crescimento Pessoal e Organizacional, atuando como consultora, psicoterapeuta, professora, terapeuta floral e escritora. Clique aqui e faça o interativo de florais.