Menu

O jogo da sedução

O jogo da sedução
Publicado dia 10/28/2002 11:28:50 AM em Psicologia

Compartilhe

Facebook   E-mail   Whatsapp

A sedução é a expressão da sexualidade, através da sensualidade. Trata-se do assumir que é alguém que tem desejos e que é passível de ser desejado. Sedução implica em ousadia, auto conhecimento, confiança, segurança, desinibição. É um jogo relacional onde você dá sinais de que se interessa pelo outro e torna-se alvo de sua atenção. Todas as outras atitudes e comportamentos reforçam ou não o sinal de interesse. Se é correspondido pode avançar alguns passos e vice versa tudo depende de seu objetivo, preparo emocional e de sua capacidade para tolerar frustração.

Culturalmente a sedução masculina sempre foi mais explícita e a feminina mais escondida. Para os homens sedução era sinônimo de virilidade e para as mulheres de promiscuidade e desvalor.

Com as mulheres conquistando ativamente seu espaço na sociedade e no mercado de trabalho, consequentemente assumiram mais seu poder e com ele sua liberdade de ação e atuação de seus desejos, inclusive sexuais.

Hoje a mulher também escolhe, não é apenas escolhida, a relação de sedução é mais clara, ela não precisa ou não deseja ficar mais no papel de chapeuzinho vermelho ou da bela que dorme, enquanto seus desejos aguardam ser despertos. Hoje a mulher está mais para “Mulher Gato” (no filme I’m Batman) sensual, forte, intrigante e ágil. Aquela velha fórmula de mulher como sinônimo de atitudes passivas e homem de comportamentos ativos, a muito não reflete a realidade social.

O homem também mudou, não é apenas o príncipe encantado que tem que ser belo, rico, forte e “sarado” em seu cavalo branco, ele já aceita dividir a conta do restaurante ou ajudar nas tarefas domésticas, sem achar que está perdendo sua masculinidade.

E o medo? O que fazemos com ele? Como sustentar um olhar sem suar frio, como desmontar o mito - inconsciente, na maioria das vezes, mas algumas vezes consciente, fruto de preconceitos culturais - que paquerar não é sinônimo de promiscuidade, não é coisa de mulher que não presta, ou de homem que não vale nada?! É verdade!! Alguns homens também sofrem com isso.

O medo de se expor se correlaciona com o medo a crítica, a opinião e avaliação alheia. Algumas pessoas, geralmente as mais tímidas, carregam um equívoco importante, deduzem que ser o “bom moço” ou a “boa moça” significa não desejar nada, apenas esperar ser desejado ou escolhido, e consequentemente quem deseja estaria se oferecendo descaradamente.

Novamente caímos na idéia de bom e mau, mocinho e bandido. O ser humano é bom e mau, temos as duas coisas , nossa saúde vem da relação que estabelecemos com o bom e com o mau que existe dentro de nós. Esta relação é guiada ela noção de respeito que desenvolvemos por nós e pelos outros, e por nosso entendimento de nossos direitos e deveres como seres vivos e seres sociais.

Desejar é natural e humano, o entendimento que desejo é algo feio ou imoral advém de uma sociedade baseada nos contos de fada, na separação simplista de pureza e impureza, bom e mau, céu e inferno, que se afasta da realidade humana e pior, onde a sexualidade torna-se feia e suja. Obviamente quando me refiro a jogos de sedução, o estou considerando entre pessoas adultas e autônomas, e não quando a sedução é usada contra crianças ou pessoas indefesas, nestes casos, considero um ato absurdo e covarde.

Vamos desmistificar isso, paquerar como disse antes, significa mostrar interesse , certo? Este interesse primeiramente será de conhecer o outro, não necessariamente é um pedido “transe comigo”, e mesmo que seja, caberá a você decidir se quer ou não.
Torna-se mais fácil arriscar quando não se tem nada a perder e difícil quando não se sabe como reagirá a uma negativa, se você acredita em si e em sua capacidade de ser aceito, amar e ser amado, em seu “taco”, o medo torna-se menor.

Quando vemos um homem bonito flertando com alguém dizemos: “ele sabe que é bonito”... quando o homem não é tão bonito, mas age com segurança dizemos: bonito ele não é mais tem um “q” à mais... é um homem charmoso... e com as mulheres é a mesma coisa.

Algumas pessoas dizem “não sei paquerar” ou quando mais velhas...”passei dessa fase, não tenho coragem, seria ridículo”. O que realmente está em jogo nessas situações é o medo, medo de não agradar, medo de não ser aceito, de não ser interessante, não ser inteligente o suficiente, bonito o suficiente, magra ou suficiente. A diferença entre os “paqueradores” dos primeiros exemplos e estes é como você lida com seu medo, é claro que o bonitão ou o não tão bonito também têm medo, mas a diferença é que arriscam, ousam, tentam, usam sua autoestima como base.

Nossa autoestima é responsável por vários comportamentos que implicam em segurança pessoal, portanto, procurar cuidar de sua saúde emocional conhecer melhor suas características pessoais, tanto as boas como as más, será sempre o melhor caminho para seu desenvolvimento e para melhorar sua qualidade de vida.

O jogo da sedução pode ser algo lúdico e fortalecedor da auto estima quando utilizado de forma saudável, afinal de contas, quem não gosta de uma “massagem” no ego de vez em sempre!

por Sirley Bittú

Consulte grátis
Mapa Astral   Tarot   horoscopo



Gostou?   Sim   Não  
starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 2


Sobre o autor
Sirley Bittú é Psicóloga Especialista Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia
Psicodramatista Didata Supervisora
Terapeuta em EMDR pelo EMDR Institute/EUA
Consultório (11) 5083-9533
Email: [email protected]
Visite o Site do Autor



Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...

As opiniões expressas no artigo são de responsabilidade do autor. O Site não se responsabiliza por quaisquer prestações de serviços de terceiros.


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa