O tema relativo aos signos solares e sua influência nos relacionamentos, suscitou mais uma vez, a velha discussão sobre a importância e a dificuldade de aprendermos a conviver com as pessoas diferentes de nós.
Os relacionamentos são o principal desafio do ser humano e constituem grandes oportunidades de anulação ou ampliação de carmas. Uma das principais fontes de conflito nas relações humanas é a tendência em querer moldar o outro de acordo com a nossa visão de mundo.
Quando analisamos as diferentes formas de percepção da vida determinada pelos signos solares e outros aspectos do mapa natal, fica claro o quanto construir relações harmoniosas depende de empenho, vontade, paciência e, sobretudo, tolerância.
Segundo o terapeuta Roberto Shiniashiki em seu livro “Mistérios do Coração”, o amor sempre procura se realizar, assim como o rio corre para o mar. Não adianta viver acusando o outro pelos erros, quando se sabe que dentro de si mesmo existem medos e bloqueios não-resolvidos.
Equilibrar as diferenças não é fácil. Embora seja natural e desejável que busquemos evoluir, vencendo nossas principais limitações, não podemos simplesmente anular as características inatas determinadas por nosso mapa natal, pois elas são vivenciadas de forma instintiva e determinam de maneira muito forte como reagimos ao mundo.
O grande desafio é sermos capazes de compreender e aceitar o outro como é, do mesmo modo como queremos ser aceitos. É claro que se a maneira de ser de alguém nos prejudica ou tolhe nossa liberdade, temos todo o direito de questionar essa atitude e até mesmo deixarmos esse relacionamento.
Mas, muitas vezes, o desejo de mudar o outro ocorre simplesmente por influência do ego, que nos leva a impor nosso ponto de vista e nosso desejo de controlar as situações. As pessoas mais frágeis, com um senso de identidade que não se fortaleceu, são presas fáceis dessa situação.
Na ânsia de agradar o outro, agem de forma totalmente oposta à sua natureza essencial. No começo essa tática pode até funcionar, mas ninguém pode negar sua essência interior por muito tempo e o resultado se manifestará através de desequilíbrios que acabam resultando em doenças e infelicidade.
Somos seres imperfeitos lutando por crescimento e pela superação de nossas limitações. Por isso, precisamos tanto do outro para nos sentir aceitos e amados, apesar de nossas imperfeições. À medida em que aceitarmos que ele não muda não por teimosia ou para nos contrariar, mas simplesmente porque também está lutando para vencer suas dificuldades, talvez possamos aprender a difícil arte da convivência.
Apesar de todos os obstáculos e dos inúmeros desencontros, o amor é tão essencial para a nossa vida como o ar que respiramos e, por isso, o ser humano jamais abandona a busca por uma nova chance.
Em todos os nossos relacionamentos, sejam eles com nossos pais, irmãos, filhos, companheiros ou amigos, devemos esforçar-nos para encontrar um ponto de equilíbrio onde cada um veja respeitada sua essência e a relação se torne uma troca positiva, uma oportunidade de crescimento e aprendizagem para ambos.
Para finalizar, mais um trecho do livro de Shinyashiki, para nossa reflexão: “O ser humano tem uma capacidade de luz infinita, mas quando vive seus problemas, simplesmente repete o que a maioria das pessoas faz... Aliás, a neurose é justamente a perda da capacidade criativa; é não mais saber encontrar soluções novas para as situações que surgem e, principalmente, para problemas antigos.
Que cada um descubra a sua maneira de ser, de viver e de amar”.