A famosa frase: "Diga com quem andas, que te direi quem és", tem seu fundamento. Porém prefiro acreditar que a forma com que você se relaciona com os outros demonstra exatamente o modo como você se trata e se relaciona com você mesmo.
Existem pessoas que parecem ser as vítimas do mundo. Não se relacionam bem com vizinhos, parentes, filhos, colegas de trabalho e assim por diante.
Quando você avalia o relacionamento com você e muda a forma de se apoiar, automaticamente, as pessoas ao seu redor, também te tratarão de forma mais amorosa e educada.
Quantas mães batem em seus filhos com uma agressividade que é reflexo de raiva interna dela própria pois, muitas vezes, o motivo de bater nos filhos nem foi tão grave assim. Ela externaliza sua frustração de forma inconsciente, já que ela está se agredindo internamente e acaba gerando relacionamentos agressivos.
Pessoas que se sentem vítimas da vida, arrumam carrascos para se relacionar. Pais que vivem a vida de seus filhos, tornam o relacionamento insustentável pois estão fugindo de viver a própria vida.
Estes exemplos citados acima, são apenas alguns dos reflexos da nossa constante falta de apoio próprio, da nossa agressão conosco, da cobrança que exercemos diariamente em sermos perfeccionistas para sermos aprovados pelos outros.
Colocamos nossa máscara, achando que assim seremos aceitos pela sociedade na qual convivemos e não percebemos o quanto estamos nos violentando, mostrando ser o que, na realidade, não somos.
Você já percebeu que quando a pessoa é espontânea ela fica mais simpática, gostosa de conversar e agradável? Você já notou que essas pessoas são aceitas no meio em que vivem, de acordo com o que elas realmente são?
Se relacionar é se autoconhecer. É perceber que cada atitude sua ou cada resposta num bate-papo acrescenta na sua evolução, pois você está inteiro e íntegro. A vida fica mais real e mais construtiva.
Agora, quando nos fechamos aos relacionamento com medo de o outro nos enxergar como somos, existem duas coisas a serem analisadas: auto-estima, auto-aceitação e orgulho.
Pessoas com auto-estima baixa não se aceitam do jeito que são, pois vivem uma briga interna de acharem que deveriam ser de um jeito e são de outro. Não se aceitam, porque não aceitam o fato de que somos todos diferentes e querem se colocar no padrão da maioria. Ainda bem que não somos iguais e VIVA aqueles que assumem esta postura, pois são pessoas ricas que acrescentam muito para a Humanidade.
Existem também as pessoas orgulhosas que, para demonstrarem sempre a perfeição, se relacionam superficialmente não deixando ninguém saber muito a respeito dela.
Como disse anteriormente, os relacionamentos demonstram a forma como você se relaciona com você mesmo. Portanto, é uma excelente ferramenta de análise. Perceba se os seus relacionamentos são superficiais, agressivos, por interesse ou possessivos e faça uma analogia com a sua forma de lidar com você.
Entenda que se relacionar é trocar carinho, informação, ajuda e, principalmente, é uma forma de você se sentir participante e contribuir para a evolução do mundo.
Ser submisso é ser ausente. Ser submisso é negar a responsabilidade que todos nós temos em discutir, no bom sentido, e revolucionar conceitos sempre no intuito de melhorar o ser humano.
Quem não se relaciona de forma íntegra, não troca, não muda e não acrescenta. Omissão é aceitação. Já dizia uma música: "Paz, sem voz, não é paz, é medo". Muitas vezes, dizemos estar em paz ou preferimos nos omitir, pois temos medo.
Não tenha medo de ser o que você é e, quanto mais você for verdadeiro com você mesmo, mais relacionamentos verdadeiros você irá atrair.
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