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Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 7: A Evolução Espiritual

Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 7: A Evolução Espiritual
Publicado dia 1/21/2005 1:16:23 PM em Vidas Passadas

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Partindo do princípio que a nossa Missão encarnatória é apenas a busca da auto-evolução a partir do aprendizado de lições que ainda não aprendemos, nos purificando em termos de sentimentos e pensamentos - sendo o corpo físico apenas o veículo que oportunizará a realização disso - fica fácil perceber que esse corpo é um veículo dirigido e comandado pelos dois corpos mais imediatos: o emocional e o mental.

O físico é como o automóvel, que vai aonde o motorista (pensamentos e sentimentos) o leva. A finalidade das encarnações é irmos "limpando" o nosso corpo emocional das imperfeições que ainda apresenta, como raiva, ódio, tristeza, mágoa, ressentimento, etc., e o nosso corpo mental das idéias que criam e mantêm esses sentimentos negativos. Percebe-se então a importância de sabermos quem realmente somos e o que estamos fazendo aqui, o que se obtém pela noção exata dos aspectos temporários e os aspectos eternos da nossa realidade.

Se convirmos que um dos aspectos que nos diferencia dos Espíritos superiores é o fato de nós ainda necessitarmos de passagens por esse plano terreno, e eles não, devemos então entender por que é assim. Se ainda estamos passando por vivências nesse plano material como encarnados e eles não, isso se deve ao fato de ainda não termos aprendido as lições pertinentes a este plano, o que implica na necessidade de mais "limpeza" dos nossos corpos emocional e mental referida acima. Então, se reencarnamos, por exemplo, para "limparmos" nossos corpos sutis de raiva, de ódio e de agressividade, certamente iremos passar por situações e experiências que todos passam, mas às quais reagiremos com raiva, com ódio e com agressividade, pois é disso que viemos “contaminados". E é o que teremos que trabalhar em nós, e se o conseguirmos, isso propiciará nossa auto-evolução. Outra pessoa reagirá com tristeza e com mágoa, pois é o que traz consigo, e é o que deverá trabalhar em si, para a sua auto-evolução. Uma outra pessoa reagirá com submissão e dependência e é o que deverá trabalhar em si, e assim por diante. Todos nós passamos por situações conflitantes, “negativas”, mas reagimos à nossa maneira, que é congênita, característica de cada um, que trouxemos ao reencarnar.

E então percebemos que evolução consiste em melhorar nossas características inferiores congênitas. E podemos facilmente saber o que viemos melhorar, ou eliminar, em nós, pela constatação da maneira imperfeita como reagimos às situações e às experiências da vida. Por isso, não devemos culpar a quem faz aflorar em nós sentimentos dos quais não gostamos, essas pessoas (que geralmente são o pai, a mãe, o marido, a esposa, um filho, etc.) são agentes do nosso destino que, embora aparentemente estejam nos fazendo mal, estão nos fazendo bem, pois nos mostram o que temos de melhorar em nós.

O psicoterapeuta reencarnacionista deve ajudar seu paciente a perceber que essas vivências aparentemente desagradáveis são necessárias e benéficas para o seu propósito pré-reencarnatório de evolução, por mostrar o que ainda existe de inferior em si, e a promover uma mudança interna no modo inferior de reagir a elas. Ou seja, quem reencarnou com sentimentos e pensamentos de raiva e ódio irá passando pela vida por situações cotidianas, que todos passam, mas que nele desencadearão raiva e ódio, pois é o que trouxe, até o dia em que perceba que deve curar-se disso e passará a reagir com paciência, tolerância e compreensão às mesmas situações às quais antes reagia com raiva e ódio. O karma (retorno) proporciona essas situações e se a lição está sendo aprendida, essa pessoa poderá dizer que está evoluindo espiritualmente. E isso lhe possibilitará aumentar sua capacidade de amar, que é a verdadeira evolução. O mesmo raciocínio aplica-se a quem reencarnou com uma tendência, por exemplo, de reagir com sentimentos de rejeição e abandono. Essa pessoa irá reagir às situações desse modo, ou seja, com rejeição e abandono e a sua lição é aprender a mudar esse antigo modo de sentir, não magoando-se, vitimizando-se e culpando os outros. Isso possibilitará a essa pessoa a mesma evolução daquela do exemplo anterior, que precisava curar a raiva.

A maneira pessoal, de cada um de nós, de reagir às situações desagradáveis da vida é uma tendência congênita, de séculos, que já nasce conosco. De uma encarnação para outra muda apenas o corpo físico e então para sabermos como devemos evoluir basta detectarmos nossos defeitos congênitos e irmos corrigindo-os. O mais freqüente - culpar os outros - é pura perda de tempo, pois desvia o foco da verdadeira questão, que é a nossa tendência a reagir de modo inadequado às situações karmáticas, que é o que devemos curar em nós, ou seja, é a nossa Missão reencarnatória. Nós não teremos mais necessidade de reencarnar quando eliminarmos completamente todas nossas inferioridades e aí, então, seremos um Espírito superior. E o que acontecerá então? A evolução continuará! O fato de não mais necessitarmos passar por experiências no nível terreno não significa que viramos "santos", apenas aprendemos as lições pertinentes a esse Plano, mas continuaremos passando por vivências evolutivas em outros Planos, um após o outro.

Muitas pessoas acreditam ao morrerem, irão para um lugar melhor e que "Lá sim que é bom”... Na verdade, somos nós que estamos aqui e lá, a diferença está na freqüência vibratória da crosta terrestre com relação ao Plano Astral. O simples fato de desencarnar não implica numa melhora imediata dos sentimentos inferiores, apenas pode acontecer, pela perda do corpo terreno, uma mudança na visão da realidade, ou seja, pode ser corrigido o enfoque distorcido pelas ilusões de percepção da personalidade passageira. Mas muitas vezes isso não acontece, e a personalidade desencarnada permanece com a mesma visão distorcida de quando encarnada e continuam os mesmos raciocínios e as mesmas emoções equivocadas. Isso se observa nos chamados espíritos obsessores que ficam por aqui e nos que são atraídos vibratoriamente para o Umbral.

Mas naqueles que, após a morte física, dirigem-se, ou são conduzidos, para os Postos de Socorro, Colônias ou Cidades do Plano Astral, como o Campo da Paz, Nosso Lar, etc., vai ocorrendo gradativamente uma correção das distorções da visão, ou seja, a libertação das ilusões e das armadilhas, através de um trabalho interno próprio e com a orientação de Coordenadores, Instrutores, etc.
Nada muda, obrigatoriamente, pelo ato do desencarne, devido ao simples fato de que o corpo material não sente e nem pensa, ele apenas obedece ao comando dos corpos emocional e mental, que permanecem como são após a morte do físico, no nível em que estavam, no grau de evolução que atingiram. Para os corpos sutis nada muda com o fato de estarmos encarnados ou desencarnados, a meta é a evolução e essa deve ocorrer aqui ou em qualquer outro plano. Por isso que os medicamentos psiquiátricos, endereçados ao cérebro, não curam nada, pois não atingem os pensamentos e os sentimentos. Os medicamentos que possuem essa ação são as essências florais, mais do que os remédios homeopáticos.

Um fato óbvio, mas que merece ser comentado e que percebe-se claramente durante as regressões, quando os pacientes descrevem suas vivências no período interencarnações, é que a persona da última encarnação permanece durante todo esse período e só muda com a nova encarnação. Ou seja, qualquer um de nós, após "morrer", permanecerá com seu nome, sua personalidade, seu aspecto físico (mas mais remoçado pela elevada freqüência do local), etc., até a sucessiva encarnação, quando, aí sim, assumirá um novo aspecto, materializado de acordo com suas necessidades kármicas (lições a aprender). Mas é evidente que no Plano Astral teremos oportunidade de irmos corrigindo nossa distorcida visão e nossas ilusões terrenas e entendendo melhor as experiências pelas quais passamos nessa última encarnação. Nos livros de André Luiz constata-se que a grande maioria dos desencarnados que lá chegam, sente-se fracassada quanto às metas almejadas antes de reencarnar e apenas uma minoria retorna como vencedora. E por quê? Devido às ilusões de percepção das personalidades passageiras no enfrentamento das questões pertinentes ao Plano Terreno, ou seja, as armadilhas.

Por isso, a Psicoterapia Reencarnacionista pretende difundir a aplicação aqui, durante a encarnação, do mesmo tipo de Terapia que é aplicado no período interencarnações. Se podemos, durante a jornada terrestre, descobrir em que estamos errando, por que deixar para depois a correção, ou a intenção de correção, se a podemos decidir já? A correção da visão feita aqui poupa bastante tempo e sofrimentos! A correção da visão lá, leva o problema para a próxima "vida". Tenho estudado a obra de André Luiz, sinto que a Psicoterapia Reencarnacionista, bem aplicada, com consciência e responsabilidade, pode ajudar as pessoas a evoluírem bem mais rápido do que estão evoluindo, pela possibilidade de libertarem-se das ilusões terrenas, aprendendo a lidar com as armadilhas e compreendendo com mais clareza as suas questões kármicas, vistas como injustas ou cruéis, mas necessárias para a própria evolução, e portanto benéficas do ponto de vista da Essência.

Toda a duração de uma encarnação é uma oportunidade de aprendizado. Portanto, o que devemos evoluir em nós, o que devemos curar, através da vivência de situações que oportunizem isso, tem a possibilidade de ocorrer no início, no meio ou no fim da encarnação, ou seja, qualquer tempo é tempo de aprendizado e de correção. Claro que na primeira metade da encarnação o mais comum é que nós iremos repetir o padrão de comportamento da encarnação passada, devido às tendências que trazemos conosco e ao confronto dessas tendências com as situações da vida, que as farão aflorar. Geralmente os traumas e os dramas da infância fazem parte disso, e por isso é importante existir agora uma psicoterapia baseada na finalidade da encarnação, pois o que se observa é que esses traumas e dramas permanecem mal entendidos durante toda essa passagem terrena e por isso não atuam como deveriam atuar, oportunizando as mudanças e as correções necessárias, mas apenas fortalecendo ainda mais as características que viram para ser curadas!

O mais freqüente então é que as mudanças e os progressos, quando ocorrem, se processem na segunda metade da existência, na maturidade, mas também na chamada terceira idade, quando uma pessoa percebe que ainda precisa evoluir em certos aspectos e características que não considera mais apropriadas para si e para os outros. E o correto é que o faça. Até o último dia da encarnação é hora de mudar, mas grande parte das pessoas acredita que, após uma certa idade, não há nada mais a fazer, esquecidas de que a idade é a idade do corpo físico, ou seja, uma questão da encarnação e não da Essência.

O que não for obtido durante uma encarnação será tentado novamente na próxima, após um trabalho de conscientização no período interencarnações, mas não esqueçamos que reencarnaremos exatamente no mesmo nível em nossos corpos mental e emocional, ou seja, com as mesmas tendências e a mesma necessidade de passarmos por situações “negativas” que as façam aflorar, para serem trabalhadas e melhoradas. E assim vamos indo, encarnação após encarnação, até que nos purifiquemos, até que eliminemos as nossas inferioridades, até que estejamos aptos a prosseguir nossa evolução no Plano Astral, rumo ao núcleo do Universo, à Origem.

Uma reencarnação é um dia de aula em uma escola que chamamos erroneamente de "vida" e estamos aqui para estudar e aprender. As armadilhas nos distraem e nos prendem. Devemos conhecer a nossa estrutura energética e dos diversos Planos evolutivos, devemos estudar, pesquisar, e estarmos atentos ao que devemos curar em nós. Não devemos culpar nada e ninguém, pelo contrário, devemos agradecer a qualquer pessoa ou situação que nos possibilite perceber que ainda não estamos curados, que ainda não somos perfeitos. Não devemos esquecer que somos uma Consciência em aprimoramento e que estamos encarnados como um personagem que irá passando por experiências e vivências baseadas no que precisa curar, e o resultado disso dependerá basicamente do grau de correção da nossa visão durante essa permanência terrena.

A importância da Psicoterapia Reencarnacionista é abordar essas questões do ponto de vista psicoterapêutico, pois - embora sejam sobejamente conhecidas no meio espírita e espiritualista - geralmente na vida cotidiana são muitas vezes esquecidas. Como já vimos anteriormente, estamos colocando, em termos psicoterapêuticos, a reencarnação, que até hoje foi vista e considerada apenas como uma questão religiosa. Todos concordam que evoluir é sinônimo de aprender a amar, mas para isso precisamos curar em nós tudo o que impede isso, desde o orgulho, a vaidade, o egoísmo, etc., até a tristeza, a mágoa, os medos, a baixa auto-estima, etc...
Tudo que for negativo, obstaculiza o positivo.

por Mauro Kwitko

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Sobre o autor
Mauro Kwitko é médico auto-licenciado do Conselho de Medicina para poder dedicar-se livremente ao seu trabalho como psicoterapeuta reencarnacionista. Em 1996, começou a elaborar e divulgar a Psicoterapia Reencarnacionista. É fundador e presidente da ABPR. Ministra Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica há muitos anos, tendo formado centenas de psicoterapeutas reencarnacionistas.
Email: [email protected]
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